quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005

O «PRINCÍPIO DE PETER»
O «Princípio de Peter» foi primeiramente proposto por Laurence Johnston Peter (1919 – 1990). L. J. Peter, antigo professor na University of Southern California e na University of British Columbia, viria a tornar-se famoso com a edição de uma obra com o mesmo título, editada originalmente em 1969, e hoje considerada um clássico no campo da gestão.

De acordo com o autor, em organizações burocráticas hierarquicamente estruturadas os funcionários tendem a ser promovidos acima do seu "nível de incompetência". Passo a explicar: o autor, a partir de um conjunto de observações, mostra como os funcionários costumam começar em posições hierárquicas inferiores. Porém, quando se mostram competentes na tarefa que desempenham, normalmente, são promovidos para posições hierárquicas superiores. Esse processo mantém-se até atingirem uma posição onde já não são competentes. Isto é, uma posição onde as competências que despoletaram a sua ascensão já não são as necessárias para essa mesma posição. E, por isso, visto que a despromoção não é um mecanismo habitual, as pessoas mantém-se nessas posições prejudicando a organização onde se encontram. É isso que Peter designa por "nível de incompetência" – o grau a partir do qual as pessoas já não possuem competências para a posição que ocupam. Existe, inclusivamente, um aforismo tradicionalmente atribuído a Peter e utilizado para explicar este princípio. Diz assim: "In a hierarchy, every employee tends to rise to his level of incompetence”.

Porém, não posso deixar de pensar no autor sempre que me deparo com algumas situações que parecem enquadrar-se, perfeitamente, no "princípio de Peter". E, ultimamente, deparei-me com algumas.


O MÉDICO ESPERTINHO
Uma mulher leva o filho doente ao médico. O doutor faz o exame e a mãe logo pergunta:
— E aí, doutor, o que meu filho tem?
— Olhe, minha senhora, ele tem pneumonia, tétano, conjuntivite, hepatite...
— Nossa, doutor... E o que eu faço?
— Vá até aquela salinha ali e tire a roupa.
— Por que eu tenho que tirar a roupa, doutor? Se é meu filho que está doente...
— Por isso mesmo... Este já não tem mais chances, está na hora de fazer outro!

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