quarta-feira, 2 de março de 2005

Dois fragmentos do interessante artigo de opinião «As mulheres portuguesas são parvas», publicado no «Público» de hoje, da autoria de Maria Filomena Mónica, historiadora:

«Quando casei, o que de mim se esperava, além da procriação continuada, era que passasse o dia a arrumar a casa, a cozinhar pratos requintados e a vigiar a despensa. Hoje, a estas tarefas vieram juntar-se outras. As mulheres modernas são também supostas ser boas na cama, profissionais competentes e estrelas nos salões.
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É por isso que a luta tem de continuar. Não sei se sou "feminista", nem me interessa debater a questão terminológica. Sei que sou contra todas as injustiças e, entre elas, contra a ideologia que nos quer manter encerradas numa Casa de Bonecas. Ao longo dos anos, tenho ouvido de tudo, incluindo mulheres que dizem estar contra a emancipação feminina. Pensei então que não valia a pena perder tempo com tontas. Mais madura, considero hoje que o melhor é retirar-lhes o direito ao voto, o direito ao divórcio e a protecção legal contra a violência doméstica. Se gostam de ser escravas, que o sejam. Acabou-se o tempo das contemporizações. Quem luta, tem direitos; quem se resigna, fica de fora.».
O sublinhado é meu. Quantas vezes assim pensei durante a minha vida de sindicalista...

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