sábado, 10 de junho de 2006

EFEMÉRIDE - Luís Vaz de Camões morreu em 10 de Junho de 1580, provavelmente na miséria, sendo no entanto difícil distinguir aquilo que é realidade, daquilo que é mito e lenda.
Terá nascido em Lisboa, por volta de 1524, de uma família do Norte (Chaves), provavelmente de ascendência galega embora se tenha fixado em Portugal séculos antes
Viveu algum tempo em Coimbra onde terá frequentado aulas de Humanidades, embora não se conserve qualquer registo em arquivos. Regressou depois a Lisboa, levando aqui uma vida boémia.
Serviu como soldado em Ceuta, por volta de 1549-1551, aí perdendo um olho.
Em 1553, partiu para a Índia, fixando-se na cidade de Goa onde terá escrito grande parte da sua obra. Assinala-se também a sua passagem por Moçambique, Macau e mesmo China.
Regressou a Portugal em 1569, pobre e doente, conseguindo publicar em 1572 Os Lusíadas graças à influência de alguns amigos junto do rei D. Sebastião.
Foi autor ainda de Rimas, El-Rei Seleuco, Auto de Filodemo e Anfitriões, todas estas obras publicadas postumamente.
As informações sobre a sua biografia são relativamente escassas e pouco seguras, apoiando-se num número limitado de documentos e breves referências dos seus contemporâneos. A própria data do seu nascimento, assim como o local, é incerta.
Na sua poesia lírica avultam os poemas de temática amorosa, em que se tem procurado solução para as muitas lacunas em relação à vida e personalidade do poeta. É o caso da sua relação amorosa com Dinamene, uma jovem chinesa que surge em alguns dos seus poemas, nomeadamente no conhecido soneto «Alma minha gentil que te partiste».
Foi com Os Lusíadas que Camões alcançou a glória, embora só depois da sua morte. Trata-se de um poema épico, seguindo os modelos clássicos e renascentistas, que pretende fixar para a posteridade os grandes feitos dos portugueses no Oriente. Aproveitando a mitologia greco-romana e fundindo-a com elementos cristãos, o que na época e mesmo mais tarde, gerou alguma controvérsia, Camões relata a viagem de Vasco da Gama, tomando-a como pretexto para a narração da história de Portugal, intercalando episódios narrativos com outros de cariz mais lírico.
Amplamente traduzido e admirado, é considerado quase unanimemente a figura cimeira da língua e da literatura portuguesas.
O dia 10 de Junho é feriado em Portugal.

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