segunda-feira, 11 de setembro de 2006

EFEMÉRIDE - Antero Tarquínio de Quental, escritor, pensador, político e poeta português, faleceu nos Açores no dia 11 de Setembro de 1891. Nascera em Ponta Delgada, nos Açores, em 18 de Abril de 1842.
Em 1855 foi estudar para Coimbra, matriculando-se na Faculdade de Direito em 1858 e concluindo o curso em 1864.
Em 1865 envolveu-se na polémica conhecida por Questão Coimbrã, em que humilhou António Feliciano de Castilho, seu antigo professor e conhecido escritor e crítico literário. Castilho criticara o seu livro "Odes Modernas" referindo «o aventureirismo de um jovem tolo que escreve de forma assaz estranha e de gosto muito duvidoso». Antero respondeu com um opúsculo (Bom senso e Bom gosto), em que definia a sua literatura por oposição à instituída: «ao Ultra-Romantismo decadente, torpe, beato, estupidificante e moralmente degradado, oponho o Realismo, a exposição da vida tal como ela é, as chagas da sociedade, a pobreza, a exploração». Chegou a bater-se em duelo, realizado no Porto, com Ramalho Ortigão, que tomara o partido de Feliciano Castilho.
Antero defendia a poesia como Voz da Revolução, uma forma de alertar as consciências para as desigualdades sociais e para os problemas da humanidade.
Em 1866 foi viver para Lisboa, onde trabalhou como tipógrafo, profissão que exerceu também em Paris. Regressou a Lisboa, onde formou o Cenáculo, grupo literário de que fizeram parte, entre outros, Eça de Queirós e Teófilo Braga.
Em 1873 Antero herdou uma quantia considerável, por morte de sua mãe, o que lhe permitiu viver o resto dos seus dias de forma desafogada e independente.
Em 1874 adoeceu de psicose maníaco-depressiva, doença que o acompanharia até ao fim da vida. Em 1881 abandonou a vida pública e retirou-se em Vila do Conde.
Em Junho de 1891, embarcou para a sua terra natal e, três meses mais tarde, suicidou-se com dois tiros de revólver.

Obras principais:
Raios de Extinta Luz, Primaveras Românticas, Odes Modernas e Sonetos.

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