quinta-feira, 21 de setembro de 2006

EFEMÉRIDE - Henry Marie Joseph Frédéric Expedite Millon de Montherlant, romancista, ensaísta, dramaturgo e académico francês, morreu em Paris no dia 21 de Setembro de 1972. Nascera em 20 de Abril de 1895.
Provindo de uma família nobre, cedo decidiu dedicar-se à literatura, começando por escrever um diário íntimo, que nunca publicou e foi mesmo destruído no fim da sua vida.
Sua mãe deu-lhe a ler o livro Quo Vadis?, que marcará o seu futuro e lhe fornece os temas que vai abordar ao longo da sua obra (a amizade, os touros, Roma e o suicídio).
Admirador das civilizações da bacia mediterrânica (Roma antiga, Espanha, civilização árabe), fez para ali numerosas viagens, tendo vivido mesmo alguns anos na Algéria colonial
Patriota e anti-colonialista, descreveu no livro «Le Songe» a coragem e a amizade dos combatentes e em numerosos artigos e obras defendeu a luta contra a Alemanha nazi.
L'«Équinoxe de Septembre» foi interdito pelo ocupante alemão e «La Rose de Sable», em que descrevia os excessos da França colonial, foi censurado durante trinta anos, só sendo publicado integralmente em 1968.
Depois da Segunda Guerra Mundial dedicou-se ao teatro e também ao desenho, sobretudo cenas de tauromaquia e nus femininos e masculinos. Abandonou o desenho, dizendo que «tudo o que não fosse literatura e prazer era tempo perdido».
Ficando quase cego, depois de um acidente, suicidou-se em 1972 no seu domicílio em Paris, «para escapar à angústia de ficar completamente cego».
André Gide disse que ele era um «Senhor das Letras». Tinha sido eleito em 1960 para a Academia Francesa, sem que o tenha pedido expressamente.

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