domingo, 29 de outubro de 2006

EFEMÉRIDE - Georges Brassens, poeta, compositor e cantor francês, morreu em Saint-Gély-du-Fesc, perto de Montpellier , em 29 de Outubro de 1981. Nascera em Sète no dia 22 de Outubro de 1921.
Os pais eram bastante diferentes : a mãe, de origem napolitana, era uma católica de grande devoção; o pai, um homem calmo, generoso, livre-pensador, era anticlerical e dotado de grande independência de espírito. Uma coisa no entanto os unia: o gosto pelas canções.
Brassens começou por gostar de música e de canções graças ao ambiente familiar, mas em breve veio a sonhar tornar-se poeta em virtude da influência de um professor.
Durante a guerra, Brassens mudou-se para Paris, onde foi morar com uma tia que tinha um piano. Fez a sua aprendizagem, tocando sozinho.
Trabalhou na Renault, cuja fábrica foi bombardeada pelos alemães que tinham invadindo o país. Regressou a Sète, mas sentiu que o seu futuro não estava ali e, em breve, voltou a Paris e ao piano da sua tia Antonieta. Estudou os poetas famosos e começou a escrever canções.
Adquiriu uma guitarra usada e trabalhou este instrumento de modo obstinado, fazendo progressos extraordinários. A sua personalidade tinha já as características definitivas: cachimbo, bigode, culto dos amigos mas necessidade de solidão, grande cultura literária, fundo libertário, antimilitarismo visceral, ateísmo profundo e total desprezo pelo conforto e pelo dinheiro.
Depois de alguns fracassos em salas parisienses, encontrou-se em 1952 com a cantora Patachou, que ficou entusiasmada com as suas canções e o convidou para actuar no seu cabaret. Pela primeira vez Brassens conseguiu atrair a atenção do público e, meses mais tarde, era cabeça de cartaz no célebre Bobino. Sucesso fulgurante, primeira tournée e primeiro disco. Em breve Brassens percorria toda a França, a Suiça e a Bélgica. Era a sua consagração e o sucesso das suas canções.
Obteve o Grande Prémio de Poesia da Academia Francesa em 1967.
Em Novembro de 1980, doente, foi operado a um cancro. Durante o Verão de 1981, sentindo-se pior, regressou à terra natal, morrendo no fim de Outubro.
Vendeu cerca de vinte milhões de álbuns, o que constituía um recorde para a época. Compôs mais de 250 canções, das quais foram gravadas apenas 200, as restantes tendo ficado inacabadas.

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