quarta-feira, 15 de novembro de 2006

EFEMÉRIDE - D. Manuel II, trigésimo sexto Rei de Portugal, nasceu em Lisboa no dia 15 de Novembro de 1889, tendo morrido no exílio, em Inglaterra, em 2 de Julho de 1932.
Em 1907, iniciou os seus estudos de preparação para ingresso na Escola Naval, preparando-se para seguir a carreira na Marinha, o que não veio a acontecer em virtude do regicídio de 1908.
D. Manuel II sucedeu a seu pai, o rei D. Carlos I, depois do assassinato deste e do seu irmão mais velho, D. Luís Filipe, em 1 de Fevereiro de 1908. Reinou desde aquela data até 5 de Outubro de 1910.
O Rei beneficiou, no início, de uma certa simpatia generalizada devido à sua idade (18 anos) e à forma trágica e sangrenta como alcançou o trono. Durante o seu reinado visitou oficialmente a Espanha, a França e a Inglaterra, onde foi nomeado cavaleiro da prestigiada Ordem da Jarreteira, em Novembro de 1909. Recebeu as visitas de Afonso XIII, Rei de Espanha, em 1909, e de Hermes da Fonseca, Presidente eleito do Brasil, em 1910. Entretanto a situação política em Portugal degradava-se progressivamente e, em 4 de Outubro de 1910, começou uma revolução que levaria, no dia seguinte, à Implantação da República. O Palácio das Necessidades, sua residência oficial, foi bombardeado, pelo que o monarca foi aconselhado a dirigir-se para o Palácio Nacional de Mafra. No dia seguinte, consumada a vitória republicana em Lisboa e a adesão do resto do país ao novo regime, D. Manuel II decidiu-se pelo exílio, embarcando na Ericeira no iate real Amélia. Desembarcou em Gibraltar, seguindo para o Reino Unido, onde foi recebido pelo rei Jorge V.
D. Manuel dedicou-se então aos estudos e escreveu um tratado sobre literatura medieval e renascentista em Portugal. Continuou a seguir de perto a política portuguesa, gozando de alguma influência junto de certos círculos políticos. Admirador do espírito britânico, foi ele um dos que defendeu a entrada de Portugal na Primeira Guerra Mundial, participando activamente na Cruz Vermelha Britânica. Uma prova de reconhecimento dos ingleses para com D. Manuel e Portugal foi o facto de Jorge V o ter convidado a ocupar um lugar, a seu lado, na tribuna de honra do desfile da vitória, em 1919.
Faleceu inesperadamente na sua residência, em 1932, vítima de um edema da glote. Após a sua morte, e dando cumprimento às suas disposições testamentárias, o governo português constituiu com os seus bens a Fundação da Casa de Bragança.

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