sexta-feira, 17 de novembro de 2006

EFEMÉRIDE - Heitor Villa-Lobos, compositor brasileiro, morreu em 17 de Novembro de 1959, no Rio de Janeiro, cidade em que nascera no dia 5 de Março de 1887.
Aprendeu as primeiras lições de música com o seu pai. Depois, sozinho, aprendeu a tocar violão. Mais tarde, ingressou no Instituto Nacional de Música, no Rio, mas não chegou a concluir o curso porque não gostava do estudo académico.
Os músicos que mais o influenciaram foram Puccini, Wagner e Stravinsky, mas todas as suas obras tinham aspectos da música realizada no Brasil. Utilizava sons da mata, de eventos indígenas, sons africanos, cantigas, choros e sambas. Os meios académicos desprezavam o que ele fazia, até que uma tournée do pianista Arthur Rubinstein pela América do Sul, em 1918, lhe proporcionou uma amizade sólida, que lhe abriria as portas de Paris. Residiu na capital francesa entre 1923 e 1924, e de 1926 a 1930, voltando ao Brasil para participar num programa de Educação Musical.
O ano de 1930 viria dar novo rumo à sua vida, já que conseguiu concretizar o projecto de introduzir a disciplina de “Canto de Orfeão” (coral) nas escolas. Foi professor catedrático no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.
Num concerto ao ar livre no estádio de São Januário, contou com quarenta mil vozes e a presença do Presidente Getúlio Vargas.
Na década de 1940, Villa-Lobos conheceu os Estados Unidos, onde teve muito êxito e recebeu várias encomendas. Mesmo com todo este sucesso, nunca foi rico.
Em 1947, em Nova Iorque, sofreu a primeira intervenção cirúrgica para tratar do problema que iria tirar-lhe a vida doze anos mais tarde: um cancro na bexiga. Recuperou e ganhou ainda mais ânimo para compor.
Em nova viagem a Paris, em 1955, gravou algumas de suas obras mais importantes, regendo a ORTF (Orquestra da Radiotelevisão Francesa). Em 1959, regeu a sua última gravação, à frente da Symphony of the Air, e voltou para o Rio de Janeiro, onde veio a falecer poucos meses depois.
Entre os seus títulos mais importantes está o de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Nova Iorque. Foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Música, regeu onze orquestras brasileiras e quase 70 na Alemanha, Argentina, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Cuba, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Inglaterra, Israel, Itália, México, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela.
Foi um dos compositores que mais obras criou no século XX. "Considero as minhas obras como cartas que escrevi à posteridade, sem esperar resposta", dizia.

Sem comentários:

Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
- Lisboa, Portugal
Aposentado da Aviação Comercial, gosto de escrever nas horas livres que - agora - são muitas mais...