sábado, 19 de maio de 2007

EFEMÉRIDE - Malcolm Little, mais conhecido por Malcolm X, um dos maiores defensores dos direitos dos negros nos Estados Unidos, nasceu em Omaha, no Nebraska, em 19 de Maio de 1925. Morreu, assassinado em Nova Iorque, no dia 21 de Fevereiro de 1965. Foi fundador da Organização para a Unidade Afro-Americana, de inspiração socialista.
Contrariamente a Martin Luther King, Malcolm X começou por defender a separação das raças, a independência económica e um Estado autónomo. Era, enfim, partidário do “Poder Negro”.
Malcolm abandonou o sistema escolar americano, depois de um professor lhe ter dito que “a sua aspiração de vir a ser advogado, não era realista para um negro, aconselhando-o a ser carpinteiro”. Curiosamente, ele era até o melhor aluno da sua aula. Mudou-se para Bóston, indo viver com uma meia-irmã mais velha e fazendo pequenos biscates. A partir de 1943, foi para Nova Iorque e passou a revender droga, ligando-se igualmente a várias actividades ligadas ao jogo e ao roubo. Em 1946, foi preso em Detroit e colocado num presídio no Michigan. Durante o tempo em que esteve preso, leu muito, o que o levou a dizer que os anos passados na prisão tinham sido os mais enriquecedores da sua vida. São-lhe atribuídas as frases: «Sem Educação não se vai a lado nenhum» e «A Educação é o passaporte para o Futuro, porque o Amanhã pertence àqueles que se preparam Hoje». Quando cumpriu metade da pena, foi-lhe recusada a liberdade condicional por boa conduta porque “isso seria muito perigoso”. Foi libertado apenas em 1952. Passou então a ser conhecido por Malcom X, o “X” representando a rejeição do “seu nome de escravo”.
Em 1953, passou a ser vigiado pelo FBI. Aderira entretanto ao Islão e mudou-se para Chicago, onde foi escolhido para dirigir uma Mesquita, situada numa avenida, que tomaria o seu nome, vinte e dois anos após a sua morte. Os fiéis aumentaram em pouco tempo. Malcolm X tinha uma grande energia e era capaz de trabalhar vários dias, com apenas quatro horas de sono por noite. Continuava a ler muito e, quando aderia a uma causa, devotava-se a ela de corpo e alma.
Em 1964, fez uma peregrinação a Meca e afirmou que “o Islão era a única religião que apagava da sociedade o problema das raças”. Mais tarde diria: «se os homens brancos não querem que nós sejamos contra eles, que deixem de nos oprimir, de nos explorar e de nos degradar».
Foi assassinado, à vista da mulher e dos filhos, por um homem que disparou uma espingarda de canos cerrados, enquanto ele discursava no bairro de Harlem, em Nova Iorque. Depois dele cair, duas outras pessoas disparam na sua direcção por 16 vezes. Estranhamente, ignora-se o nome dos assassinos e ninguém foi condenado pelo crime.

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