sexta-feira, 14 de março de 2008

EFEMÉRIDEKarl Heinrich Marx, activista político, teórico, filósofo, economista e escritor alemão, considerado como um dos fundadores da Sociologia, morreu em Londres, no dia 14 de Março de 1883. Nascera na Renânia, em 5 de Maio de 1818.
Participou, como intelectual e revolucionário, no movimento operário, influenciando-se mutuamente. A sua visão da história, como resultado da luta de classes, deu origem ao “marxismo”. É difícil, mesmo hoje, analisar a sociedade humana sem se referir, em maior ou menor grau, pró ou contra, as ideias de Karl Marx, sobretudo nos seus aspectos económicos.
A mãe era uma judia holandesa e o pai, também judeu, teve de se converter ao protestantismo para poder exercer a sua profissão de advogado. Em 1835, Karl ingressou na Universidade de Bona para estudar Direito. No ano seguinte mudou para a Universidade de Berlim, interessando-se por História e por Filosofia. Doutorou-se em 1841.
Impedido de seguir a carreira académica, foi chefe de redacção da “Gazeta Renana”, que foi fechada em 1843 pela Censura do governo prussiano. Marx emigrou então para França, depois para Bruxelas e finalmente para Londres, onde viveu até ao fim dos seus dias.
Durante a maior parte da vida, sustentou-se com o que ganhava com colaborações ocasionais em jornais alemães e norte-americanos e com auxílios financeiros do seu amigo e colaborador Friedrich Engels.
Karl Marx sentia-se sobretudo um revolucionário e achava que a sua missão era contribuir para a derrocada da sociedade capitalista e a emancipação do proletariado. Foi odiado, caluniado, difamado, deportado de território em território, mas tentava ignorar e esquecer tudo. A sua atitude perante a vida, deu-lhe o direito a morrer amado e adorado por milhões de trabalhadores em todo o Mundo.
Foi um dos maiores pensadores de todos os tempos. A sua obra foi construída fazendo a síntese da economia política inglesa, do socialismo francês e da filosofia alemã, de que nasceu uma nova lógica que ficou conhecida como “materialismo dialéctico histórico”.
Criticava todas as correntes socialistas que, segundo ele, procuravam reformar o mundo em vez de o transformar. Defendia um “Socialismo Científico”, para se opor ao romantismo, e o Comunismo, para se opor ao mero reformismo. Não se tratava, segundo ele, de amenizar a exploração, mas sim de acabar com ela.
Numa das suas principais obras, “O Capital”, fez uma extensa e profunda análise crítica da sociedade capitalista. O conceito de “Mais-valia” foi por ele empregado para explicar a obtenção de lucros, por vezes imorais, à custa da exploração da mão-de-obra.

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