quinta-feira, 19 de junho de 2008

EFEMÉRIDE Aung San Suu Kyi, birmanesa, líder e activista dos direitos humanos, galardoada com o Nobel da Paz em 1991, nasceu em Rangum, no dia 19 de Junho de 1945.
É filha do general Aung San, herói da independência da Birmânia, que foi assassinado quando Suu Kyi tinha apenas dois anos de idade.
Viveu em Londres entre 1964 e 1967, onde estudou filosofia, política e economia, depois de ter feito os estudos secundários na Índia, onde se encontrava com sua mãe.
Aos 24 anos, mudou-se para Nova Iorque onde prosseguiu os estudos superiores, tornando-se simultaneamente secretária num Comité das Nações Unidas.
Regressou ao seu país em 1988, por altura da doença e morte da mãe. O seu retorno à Birmânia, no momento denominada Myanmar, coincidiu com a eclosão de uma revolta popular contra os vinte e seis anos de ditadura. Em pouco tempo, Suu Kyi tornou-se líder do movimento de contestação ao regime militar.
Após o seu partido (Liga Nacional para a Democracia) ter obtido uma vitória estrondosa nas eleições de 1990, realizadas devido a uma grande pressão popular, Suu Kyi foi presa no domicílio. A ditadura “ignorou” o resultado das eleições, mas a luta pela democracia ganharia finalmente uma visibilidade internacional. Em 1990, Aung San Suu Kyi ganhou o “Prémio Sakharov da Liberdade”, o “Prémio Rafto” e, no ano seguinte, o Prémio Nobel da Paz.
Em 1995 foi-lhe levantada a pena de prisão domiciliária, mas as liberdades individuais de Suu Kyi continuaram a ser muito limitadas. Entretanto o seu marido, a viver em Inglaterra, morreu de doença oncológica. Suu Kyi, contrariando a vontade das autoridades birmanesas, recusou-se a ir ao Reino Unido, onde também estão os filhos, pois sabia que não a deixariam voltar ao seu país. Em 2000 foi de novo presa. Seria libertada cinco meses depois, sob pressão das “Nações Unidas”.
Em 2001 o grupo de rock irlandês U2 criou a canção “Walk On” que foi escrita e dedicada a Suu Kyi. A canção foi proibida na Birmânia.
Mais tarde foi de novo presa e assim tem passado a sua vida, ora em prisões ora vigiada no seu domicílio. Gravemente doente, foi-lhe recusada a presença de um médico e passou o seu 61º aniversário na prisão, sem acesso ao telefone e com o correio censurado.
É doutorada Honoris Causa pela Universidade Livre de Bruxelas e pela Universidade Católica de Lovaina. Em 2005 recebeu o Prémio Olof Palme e, em 2007, foi considerada Cidadã de Honra do Canadá.
Para esta grande Mulher, a luta continuará até à vitória ou até à morte!

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