terça-feira, 24 de junho de 2008

EFEMÉRIDENuno Álvares Pereira, igualmente conhecido por Santo Condestável, Beato Nuno de Santa Maria, ou simplesmente Nun'Álvares, general português que desempenhou um papel fundamental em 1383-1385, na luta pela independência frente a Castela, nasceu em Cernache do Bonjardim, concelho da Sertã, distrito de Castelo Branco, no dia 24 de Junho 1360. Morreu em 1 de Novembro de 1431, um domingo de Páscoa, no Convento do Carmo em Lisboa. O seu túmulo foi destruído no Terramoto de 1755.
Luís de Camões, de forma explícita ou implícita, referiu-se a ele catorze vezes n’ “Os Lusíadas”. Está representado numa escultura no Arco da Rua Augusta, na Praça do Comércio, em Lisboa.
Nun’Álvares, que foi um dos vinte e seis filhos do prior do Crato e de Iria Gonçalves do Carvalhal, casou com Leonor de Alvim em 1377 na Vila Nova da Rainha, Azambuja.
Quando o rei Fernando de Portugal morreu em 1383, sem deixar herdeiros a não ser a princesa Beatriz, casada com o rei João I de Castela, Nuno foi um dos primeiros nobres a apoiar as pretensões de João, o Mestre de Avis, à coroa do reino, pois seria uma hipótese preferível à perda de independência para os castelhanos. Depois da primeira vitória de Álvares Pereira frente aos castelhanos na Batalha dos Atoleiros em Abril de 1384, João de Avis nomeou-o “Condestável de Portugal”. Em 1385, João seria reconhecido pelas cortes, reunidas em Coimbra, como Rei de Portugal. O génio militar de Nuno Álvares Pereira foi decisivo depois, na Batalha de Aljubarrota, em que, à frente de 6 000 portugueses e aliados ingleses, derrotou 30 000 castelhanos. Finda a ameaça castelhana, Nuno Álvares Pereira permaneceu como condestável do reino e, entre 1385 e 1390, ano da morte de João de Castela, dedicou-se a realizar raides contra a fronteira castelhana, com o objectivo de manter a pressão e dissuadir o país vizinho de novos ataques.
Considerado como um dos melhores generais portugueses, dedicou os seus últimos anos à vida religiosa carmelita, recolhendo-se em 1423 no Convento do Carmo, após a morte de sua mulher.
No ano em que Nuno Álvares morreu, o Rei D. João I visitou-o, pois sempre considerou que fora ele que o tinha colocado no trono, salvando a independência de Portugal. Foi beatificado em 1918 pelo Papa Bento XV.

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