terça-feira, 26 de agosto de 2008

EFEMÉRIDEAntoine Laurent de Lavoisier, químico, filósofo e economista francês, considerado o pai da Química moderna, nasceu em Paris no dia 26 de Agosto de 1743. Morreu na mesma cidade em 8 de Maio de 1794. Além de Química, estudou Botânica, Astronomia e Matemática, tendo-se licenciado também em Direito.
Primeiro cientista a enunciar o princípio da conservação da matéria, identificou e baptizou o oxigénio (1778), participando na reforma da nomenclatura química que serviu de base à química moderna.
É-lhe atribuída a célebre frase «Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma» que, no entanto, não seria da sua autoria mas sim do filósofo Anaxagore de Clazomènes, que viveu cinco séculos antes de Cristo.
A sua primeira publicação no domínio da química apareceu em 1764. Três anos depois trabalhou num estudo geológico da Alsácia e da Lorraine. Foi eleito membro da Academia das Ciências em 1768. O seu “Tratado Elementar de Química” (1789) é considerado o primeiro manual da química moderna.
Uma das mais importantes experiências de Lavoisier foi a determinação da natureza do fenómeno da combustão, que permitiu demonstrar que se trata dum processo que implica a combinação de uma substância com o oxigénio. Demonstrou igualmente o papel do oxigénio na respiração vegetal e animal, assim como na formação da ferrugem.
Estudou uma reforma do sistema monetário francês e participou no desenvolvimento da uniformização do sistema de pesos e medidas em toda a França.
O estudo das Leis levou-o a interessar-se pela política. Viveu porém na época em que começou a Revolução Francesa e acabaria por ser condenado pela mesma, pois era mal visto pela população que, por ele ser de uma família nobre e ter trabalhado como preceptor de impostos, achava que ele era um dos responsáveis pelo sistema corrupto que se abatia sobre o povo.
Em 17 de Setembro de 1793 foi instituída a Lei dos Suspeitos, que permitiu a criação de tribunais revolucionários para julgar possíveis traidores e punir os culpados com a pena de morte. Lavoisier foi guilhotinado e um matemático, seu contemporâneo, disse então que «Não chegaria um século para produzir uma cabeça igual àquela que tinham feito rolar num segundo».
Conta-se que, no momento em que o carrasco o veio buscar para a execução, Lavoisier estava a ler. Com um gesto mecânico, marcou a página com uma dobra num canto e fechou o livro…

Sem comentários:

Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
- Lisboa, Portugal
Aposentado da Aviação Comercial, gosto de escrever nas horas livres que - agora - são muitas mais...