domingo, 21 de setembro de 2008

EFEMÉRIDE Luis Cernuda Bidón, poeta e crítico literário espanhol, nasceu em Sevilha no dia 21 de Setembro de 1902. Faleceu na cidade do México em Novembro de 1963.
Filho de um militar que lhe impunha a disciplina rígida e intransigente dos quartéis, desde muito cedo esses valores entraram em choque com a sua natureza tímida e retraída. Em 1919 ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Sevilha onde conheceu Pedro Salinas, seu professor, que o introduziu no mundo literário.
Mudou-se depois para Madrid onde entrou em contacto com vários intelectuais que constituiriam a chamada "Geração de 27". Foi precisamente em 1927 que publicou a sua primeira obra: "Perfil Del Aire".
Trabalhou durante um ano como leitor de espanhol na Universidade de Toulouse, onde começou a escrever os poemas de seu livro "Un rio, un amor" (1929).
Quando foi proclamada a República, recebeu-a com entusiasmo e mostrou-se disposto a colaborar em tudo o que significasse transformar a Espanha num país mais tolerante, liberal e culto. Em 1934, publicou "Donde Habite el olvido".
Durante a Guerra Civil, participou activamente nas trincheiras culturais, fundando a revista “Hora de España”. Participou igualmente no "II Congresso de Intelectuais Antifascistas" realizado em Valência.
Em 1938 deslocou-se a Inglaterra para a realização de algumas conferências, mas já não regressou ao seu país, começando um longo e triste exílio.
Em 1947 conseguiu uma cadeira de professor na Universidade americana de Mount Holyok onde permaneceu até 1952, mudando-se então para o México. Em 1956 publicou "Con las Horas Contadas". Escreveu diversos ensaios literários e colaborou em revistas e periódicos mexicanos como o "Excelsior" ou e "Novedades".
A poesia de Cernuda é uma poesia de meditação que, segundo Octávio Paz, consiste em quatro etapas: os anos de aprendizagem, a juventude, a maturidade e o começo da velhice. Durante o período da “juventude” aderiu ao surrealismo. Nos seus anos de “maturidade” começou a escrever “Las nubes” (1940), um dos mais belos livros sobre a Guerra de Espanha. A “velhice” leva-o a um estilo mais seco e duro, renunciando a “ornamentos” e privilegiando conceitos essenciais. A plenitude desta época é atingida com “Desolación de la Quimera”, escrito um ano antes de morrer.

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