sábado, 15 de novembro de 2008

EFEMÉRIDEErwin Johannes Eugen Rommel, um dos mais destacados e brilhantes oficiais do exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial, nasceu em Heidenheim no dia 15 de Novembro de 1891. Morreu em Herrlingen, em 14 de Outubro de 1944. Ele foi um dos poucos generais alemães que não cometeu nenhum crime contra a humanidade nem nenhum crime de guerra.
Rommel ficou mundialmente famoso pela sua intervenção na África do Norte entre 1941 e 1943, comandando o Afrika Korps, um destacamento do exército alemão destinado a auxiliar as forças italianas que estavam a bater em retirada frente ao exército britânico. Em virtude da sua audácia e do domínio das tácticas de guerra com blindados, Rommel era conhecido por “A Raposa do Deserto”. Era temido, mas igualmente respeitado tanto pelos seus homens como pelos inimigos.
Devido à insistência do pai, ingressara no exército aos 18 anos, tendo conquistado o direito de entrar para a Escola de Guerra em Dantzig, responsável pela formação dos oficiais.
Em 1914, com o início da Primeira Guerra Mundial, o jovem Rommel foi destacado como comandante de um pelotão de infantaria na frente ocidental, com o posto de 2º Tenente. Ferido em combate, recebeu a Cruz de Ferro de 2ª Classe.
Em 1915 assumiu o comando de uma companhia de infantaria e, em resultado de uma acção audaciosa noutra frente de combate, foi agraciado com a Cruz de Ferro de 1ª Classe. Foi deslocado depois para a fronteira da Roménia, que declarara guerra à Alemanha. Em 1917 envolveu-se na Batalha de Caporetto no Norte da Itália, na qual os seus homens capturaram mais de 9.000 soldados e 81 canhões inimigos. Com esse feito, Rommel foi promovido a Capitão e agraciado com a medalha "Para o Mérito", a mais alta condecoração que um oficial germânico poderia receber e que normalmente era reservada a generais.
Terminada a Primeira Guerra Mundial, dedicou-se a reestruturar o exército alemão, derrotado na guerra e ao qual tinham sido impostas várias limitações pelo Tratado de Versalhes. Em 1921 assumiu o comando de um regimento de infantaria, sendo um dos 4 000 oficiais permitidos por aquele Tratado. Na segunda metade dos anos 1920 escreveu um livro intitulado "Ataques de Infantaria", do qual foram vendidos 400 000 exemplares na Alemanha antes e durante a Segunda Guerra Mundial.
Logo após o início da Guerra , Rommel recebeu o comando da 7ª Divisão Panzer, destacada para actuar na invasão da França em 1940. Sob o seu comando, ela ficou conhecida como "A Divisão Fantasma" devido à sua enorme mobilidade. Fez mais de 10 000 prisioneiros franceses e chegou a avançar 260 km num único dia, feito este que se tornou famoso e que jamais foi igualado por qualquer outra tropa durante a II Guerra Mundial.
Vitorioso, Rommel foi designado em Janeiro de 1941 para o comando da "Afrika Korps”. Com a sua brilhante intervenção, desequilibrou a situação a favor das forças do Eixo, mas acabou por ser derrotado por falta de apoio logístico.
Em 1943 foi escolhido para supervisionar a defesa das áreas costeiras ocupadas da Dinamarca, Países Baixos, Bélgica e França contra possíveis desembarques aliados. Em Janeiro de 1944 foi designado comandante do Grupo de Exércitos estacionado em França. É de salientar que Rommel, ao contrário de outros comandantes alemães, acreditava que os possíveis desembarques aliados iam ocorrer na região da Normandia, o que de facto aconteceu no famoso Dia D.
Quarenta e um dias após o início dos desembarques aliados, Rommel foi gravemente ferido por um caça canadiano que metralhou a viatura em que seguia e ficou hospitalizado durante vários dias. Nesse período, ocorreu um atentado contra Hitler, de que este escapou por pouco. Sem nunca ter feito parte do partido nazi, Rommel tornara-se cada vez mais crítico do governo do Führer e foi implicado naquela acto. Ainda em recuperação médica, recebeu em sua casa a visita de dois oficiais generais no dia 14 de Outubro de 1944.
Devido ao seu prestígio nacional, estes oficiais, leais a Hitler, traziam as exigências do Führer a Rommel: deveria ir a Berlim, passar por um julgamento popular e inevitavelmente ser condenado à morte, sendo a família confinada num campo de concentração, ou então - sozinho - acompanhar os dois oficiais e ingerir veneno para se suicidar, opção esta que garantiria a integridade dos seus familiares. Rommel, com o semblante petrificado, dirigiu-se à sua mulher e disse-lhe «Estarei morto dentro de quinze minutos». Despediu-se da família e acompanhou os dois oficiais numa viagem sem regresso.

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