sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

EFEMÉRIDEAnna Matveïevna Pavlova, célebre bailarina russa, morreu em Haia no dia 23 de Janeiro de 1931, vítima de pleurisia. Nascera em São Petersburgo, em 12 de Fevereiro de 1881. De talento e carisma excepcionais, fascinou o mundo no fim do século XIX e na primeira metade do século XX. O seu extraordinário talento e as suas interpretações extremamente pessoais deram um novo sentido à dança clássica.
Era filha de mãe solteira e pertencia a uma família de camponeses pobres. O pai teria morrido quando ela tinha dois anos de idade. Quando completou oito anos, a mãe - como prenda - levou-a a assistir ao ballet “A Bela Adormecida”. O espectáculo emocionou-a de tal modo, que decidiu dedicar-se à dança.
Tentou ingressar na Escola Imperial de Ballet de São Petersburgo, mas não foi aceite devido à sua idade e à baixa estatura. Em 1891, com dez anos, conseguiu entrar na Academia, onde começou a revelar desde logo um enorme talento.
Graduou-se aos dezoito anos e ingressou no corpo do "Ballet Imperial Russo" de São Petersburgo. Era o começo de uma carreira de grande fulgor. Em 1902 era já segunda solista, em 1905 "Primeira Dançarina" e em 1906 "Primeira Bailarina".
Em 1908 estreou-se em Paris, no Théâtre du Châtelet, com os Ballets Russos de Serguei Diaghilev. De 1908 a 1911, pertenceu à companhia de Diaghilev, dividindo o seu tempo entre as tournées e os espectáculos no Teatro Mariinsky.
Em 1913 passou a actuar por conta própria, tendo como empresário Victor d'Andre, com quem se casaria mais tarde.
Em 1914, no início da Primeira Guerra Mundial, Anna deixou a Rússia definitivamente e mudou-se para Londres. Durante a guerra apresentou-se nos Estados Unidos e na América do Sul, actuando em Belém do Pará, no Brasil, em 1918. Também esteve na Ásia, Oriente e África do Sul. Dançou para reis, rainhas e imperadores de toda a Europa. Na década de 1920 voltou ao Brasil, dançando no Rio de Janeiro e em São Paulo. Ao todo actuou em cerca de 4 000 cidades do mundo inteiro. Os seus duos com Vaslav Nijinski fazem parte das memórias do ballet mundial. Antes de morrer, Anna Pavlova teria declarado «Espero que quando já me tiverem esquecido, a lembrança da minha dança estará ainda viva no coração do público. Só de pensar nisso, sinto-me imensamente feliz».

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