segunda-feira, 13 de julho de 2009

EFEMÉRIDE Arnold Franz Walter Schönberg, compositor austríaco de música erudita e criador do dodecafonismo, um dos mais revolucionários e influentes estilos de composição do século XX, faleceu em Los Angeles no dia 13 de Julho de 1951. Nascera em Viena, em 13 de Setembro de 1874.
As suas primeiras obras, apesar de ligadas à tradição pós-romântica, já prenunciavam um método de composição inovador, que evoluiu para a atonalidade e, mais tarde, para um estilo próprio, o dodecafonismo. Schönberg foi também pintor e importante teórico musical, autor de “Harmonia e Exercícios Preliminares em Contraponto”.
Originário de uma família judaica ortodoxa natural da Hungria, Arnold Schönberg desde cedo entrou em contacto com as artes, influenciado por um tio que era grande admirador da poesia e da literatura francesas. Aos oito anos de idade, iniciou a educação musical e passou a ter aulas de violino, compondo, nessa época, as suas primeiras músicas. Mais tarde, tornou-se autodidacta na aprendizagem de piano e violoncelo.
Em 1889 a família enfrentou dificuldades financeiras e Schönberg, para ajudar, tornou-se empregado de um banco, onde trabalhou seis anos. O seu interesse pela arte não tinha porém arrefecido. Desde 1894, passou a ter aulas de composição com o seu cunhado Alexander von Zemlinsky.
No final do século XIX, começou a dar aulas e a trabalhar em companhias musicais e em conservatórios. Data dessa época a sua primeira composição de relevo, o sexteto de cordas Verklärte Nacht. Em 1898, converteu-se ao protestantismo. Em 1933, no entanto, depois de deixar a Alemanha devido à ascensão do nazismo ao poder, reconverteu-se ao Judaísmo numa sinagoga em Paris e acabou por se instalar nos Estados Unidos.
Além das suas obras musicais, escreveu ensaios sobre a situação social e histórica do povo judaico, peças de teatro, poesias, etc. Foi também pintor, sobretudo auto-retratista, suficientemente notável para que as suas obras fossem expostas ao lado de artistas consagrados. Foi um bom tenista amador, tendo chegado a pensar tornar-se jogador de ténis profissional.
Arnold vivia fascinado pela numerologia. Este fascínio perseguiu-o por toda a vida, pois ele pensava que poderia saber o futuro através de complexos cálculos numéricos. Tinha uma certa obsessão pelo número 13. Arnold tinha nascido num dia 13 e estava seguro que o número 13 viria a estar ligado à sua morte. Como os números sete e seis somam 13, Arnold Schönberg resolveu acreditar que iria morrer com 76 anos. Ao verificar o calendário, Arnold viu horrorizado que o dia 13 de Julho de 1951 seria uma sexta-feira.
Quando aquele fatídico dia chegou, Arnold tentou ludibriar a morte, permanecendo deitado durante todo o dia, para desespero da mulher, que não aceitava aquelas “maluquices”. Arnold dizia para todos que estava decidido a passar o dia inteiro na cama, de modo a evitar eventuais acidentes. Poucos minutos antes da meia-noite, a esposa foi ao quarto para brincar com ele, pois nada de mal tinha acontecido. Ao chegar no quarto, encontrou Schönberg deitado. Ele olhou para a esposa, pronunciou apenas a palavra “harmonia” e morreu. A hora da sua morte foi às 23:47, portanto treze minutos antes da meia-noite, numa sexta-feira 13, com 76 anos de idade…

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