quinta-feira, 30 de julho de 2009

EFEMÉRIDEMichelangelo Antonioni, famoso realizador italiano, morreu em Roma no dia 30 de Julho de 2007. Nascera em Ferrara, em 29 de Setembro de 1912.
Licenciou-se em economia na Universidade de Bolonha. Em 1940 foi para Roma, onde estudou no Centro Sperimentale di Cinematografia da Cinecittà. Aqui conheceu alguns artistas, com quem acabou por trabalhar nos seus filmes.
O primeiro grande sucesso de Antonioni foi “L'avventura” (1960), que foi seguido por “La notte” (1961) e “L'eclisse” (1962), que constituíram uma trilogia sobre o tema da alienação. O seu primeiro filme colorido, “Il deserto rosso” (1964), também explorou temas modernistas da alienação e, juntamente com os três filmes anteriores, formou uma tetralogia. A actriz Monica Vitti apareceu nestas quatro películas, actuando em papéis de mulheres desconexas que lutavam para se ajustar ao isolamento da modernidade. O seu primeiro filme em inglês, “Blowup” (1966), com a actriz Vanessa Redgrave, teve igualmente grande êxito e abriu-lhe as portas de Hollywood.
Em 1985, um acidente vascular cerebral deixou-o parcialmente paralítico e quase impossibilitado de falar. No entanto, não parou as suas actividades e, ajudado pelo amigo Wim Wenders, realizou “Além das Nuvens” em 1995. Nesse mesmo ano, foi premiado com um Oscar pelo conjunto da sua obra. O seu último filme “Eros”, em 2004, foi realizado juntamente com Wong Kar-Wai e Steven Soderbergh, tinha então 92 anos.
Antonioni apresentava-se como um intelectual marxista, mas alguns autores colocam algumas dúvidas sobre a sua real adesão às ideias do Marxismo. Em contraste com os seus contemporâneos, incluindo os neo-realistas e também Federico Fellini e Pier Paolo Pasolini, cujas histórias focavam geralmente a vida da classe trabalhadora e a rejeição e incompreensão da sociedade, os filmes mais notáveis de Antonioni mostravam a elite e a burguesia urbana. Porém, ao contrário do que alguns críticos dizem, os seus filmes descrevem os personagens ricos como pessoas vazias e sem alma, em vez de as romantizar.
Entre muitas distinções recebidas, contam-se: Prémio Especial no European Film Awards, em reconhecimento da sua carreira no cinema (1993), Palma de Ouro no Festival de Cannes (1966), dois Prémios do Júri nos Festivais de Cannes (1960 e1962), Prémio do 35º Aniversário no Festival de Cannes (1982), Urso de Ouro no Festival de Berlim (1961), dois Leões de Ouro nos Festivais de Veneza (1964 e 1983) e Leão de Prata no Festival de Veneza (1955).

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