sexta-feira, 11 de setembro de 2009

EFEMÉRIDEDomingo Faustino Sarmiento Albarracín, político e escritor argentino, Presidente da República (1868/1874), faleceu em Assunção, no Paraguai, no dia 11 de Setembro de 1888. Nascera em San Juan, capital da província argentina com o mesmo nome, em 15 de Fevereiro de 1811.
A família era pobre, se bem que tivesse antepassados ilustres. A sua infância e formação foram profundamente influenciadas pela mãe. Sarmiento foi um autodidacta e as suas experiências de vida naquela época estão publicadas no livro "Recuerdos de Provincia".
Durante a década de 1840, devido à sua oposição ao regime de Juan Manuel de Rosas, Sarmiento teve de se exilar no Chile, onde escreveu o seu livro mais famoso: "Facundo o Civilización y Barbarie", publicado em 1845, uma biografia do caudilho argentino Facundo Quiroga. Sarmiento, usando Quiroga como pretexto, realizou neste livro um profundo estudo do fenómeno do Caudilhismo e um verdadeiro libelo contra Rosas e o seu regime. No Chile, Sarmiento esteve sob a protecção de Manuel Montt, então Ministro do Interior, que o encarregou de melhorar o sistema de educação pública chilena. Sarmiento viajou assim pela Europa e pelos Estados Unidos, estudando os vários sistemas de ensino. Os seus relatos de viagem foram publicados em "Viajes".
Domingo Sarmiento é apontado como um dos maiores expoentes do Romantismo Argentino, devido ao seu papel relevante na chamada “Geração de 1837”. Porém, nos seus escritos, vê-se profundas influências neoclássicas. Nos últimos anos de vida, aproximou-se do Positivismo, como bem atesta o seu último e mais polémico livro: "Conflictos y armonías de las Razas de América".
Sarmiento integrou o chamado “Exército Grande” que derrubou Rosas em 1852. Na década de 1860 tornou-se governador da sua província natal e, depois, embaixador da Argentina nos Estados Unidos. Enquanto exercia esta última função, foi eleito Presidente da República.
Durante a sua Presidência duplicou o número de escolas públicas na Argentina e fez construir cerca de 100 bibliotecas.
Em 1874, Sarmiento entregou a presidência ao seu sucessor, Nicolás Avellaneda. Posteriormente, Sarmiento iria opor-se ao regime conservador liderado pelo general Julio Argentino Roca e os seus últimos anos de vida foram de contestação política e intelectual.
Não haverá nenhuma cidade argentina que não tenha um local público com o seu nome. A sua efígie foi representada em notas de banco e em selos de correio.

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