domingo, 8 de novembro de 2009

EFEMÉRIDE Alain Fabien Maurice Marcel Delon, actor de cinema de origem francesa, nasceu em Sceaux no dia 8 de Novembro de 1935. Habitando Genebra desde 1985, recebeu a cidadania suíça em 1999, se bem que tenha querido manter igualmente a nacionalidade francesa.
Quando tinha apenas quatro anos, os pais divorciaram-se e ele foi adoptado por um casal. Por pouco tempo, pois o casal foi assassinado. Delon voltou para a mãe verdadeira, então já casada com outro homem. Teve uma infância cheia de problemas, sendo expulso de várias escolas. Aos 15 anos, deixou de estudar e, aos dezassete, alistou-se na marinha, combatendo na Indochina.
Em 1956 passou a viver em Paris. Sem dinheiro, trabalhou como porteiro, empregado de mesa e vendedor. Em 1957 foi ao Festival de Cannes com o seu amigo Jean-Claude Brialy. Chamou a atenção dos presentes pelo seu físico excepcional. Entre eles, David O. Selznick, que lhe ofereceu um contrato para fazer cinema, desde que aprendesse a falar inglês. Delon voltou a Paris com a
firme vontade de aprender a língua inglesa, mas entretanto conheceu o cineasta Yves Allégret, que o convenceu a começar a sua carreira em França.
Fez o seu primeiro filme, “Quand la femme s’en mêle”, em 1957. Depois, em “Christine”, contracenou com Romy Schneider, por quem se apaixonou. Em 1959, passaram a viver juntos num relacionamento que duraria cinco anos.
O primeiro grande papel de Delon no cinema foi “O Sol Por Testemunha” (1959), baseado num livro de Patricia Highsmith. Em 1960, dirigido por Luchino Visconti, actuou em “Rocco e seus Irmãos”, um dos filmes mais famosos da história do cinema. O actor e o realizador tornaram-se amigos e trabalhariam juntos mais uma vez, noutro clássico - “O Leopardo” (1963), vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes.
A beleza física de Alain Delon transformou-o num símbolo sexual dos anos 1960 e 1970. Apesar disso, sempre lutou para ser reconhecido como um grande actor e não apenas por ser “bonitinho”. Em 1962, trabalhou com o cineasta Michelangelo Antonioni no filme “O Eclipse”, seguindo-se uma longa carreira em que trabalhou com grandes cineastas e chegou a ser realizador.
Em 1964, casou-se com a actriz Nathalie Delon, separando-se em 1969. Nos anos seguintes, teve um longo relacionamento com a actriz Mireille Darc.
Em 1973, fez um dueto com a cantora Dalida, na canção "Paroles, Paroles", um grande êxito dessa época.
Em 1987, conheceu a modelo holandesa Rosalie, iniciando um novo relacionamento, apesar da diferença de 32 anos entre os dois.
Em 1997, para tristeza dos fãs, Delon anunciou que abandonava a carreira, decepcionado com os rumos do cinema francês.
Em 2001, divorciou-se de Rosalie, separação muito difícil para ele, que passou a enfrentar períodos de depressão e confessou ter pensado inclusive no suicídio.
Foi durante muito tempo o actor mais rentável do cinema francês, juntamente com Louis de Funès e Jean-Paul Belmondo, atraindo às salas de cinema mais de sessenta milhões de espectadores desde 1956.
Delon possui vários produtos com o seu nome, incluindo roupas, perfumes, óculos, champanhe, conhaque, relógios, vestuário e mesmo cigarros.
Participou entretanto em várias séries televisivas. Em 2008, voltou ao cinema com “Asterix nos Jogos Olímpicos”, no papel do conquistador romano Júlio César.
Durante a sua carreira ganhou muitos prémios, entre os quais se destacam o César de Melhor Actor em 1985 e o Urso de Ouro honorário em 1995, no Festival de Berlim. Em 2003 recebeu a Estrela de Ouro do Festival de Cinema de Marraquexe. Em 2005 foi agraciado com o grau de Oficial da Legião de Honra «pela sua contribuição para a arte do cinema mundial».
É coleccionador de obras de arte, entre as quais se incluem quadros da consagrada pintora portuguesa Vieira da Silva.

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