segunda-feira, 28 de junho de 2010

EFEMÉRIDEAlexis Carrel, de seu verdadeiro nome Marie Joseph Auguste Carrel-Billiard, cirurgião e biologista francês, nasceu em Sainte-Foy-lès-Lyon no dia 28 de Junho de 1873. Morreu em Paris, em 5 de Novembro de 1944. Estudou medicina na Universidade de Lyon, licenciando-se em 1900.
Como na época não existiam anticoagulantes nas transfusões de sangue, as mesmas só eram possíveis mediante a ligação dos vasos do receptor aos do doador. Pela sua técnica, que melhorou as transfusões sanguíneas, Alexis Carrel recebeu o “Nobel de Fisiologia ou Medicina” em 1912.
Carrel sempre mostrou interesse pela possibilidade de reconstruir artérias, trabalho que começou a desenvolver em animais. Fascinado pelas experiências do cirurgião norte-americano Rudolph Matas sobre o tratamento de aneurismas, emigrou para os Estados Unidos em 1904. Os seus trabalhos tiveram continuidade na Universidade de Chicago e no Rockefeller Institute de Nova Iorque, onde permaneceu até 1938, ano em que regressou à Europa.
As investigações de Carrel diziam respeito fundamentalmente à cirurgia experimental e ao transplante de tecidos e órgãos intactos. Até aí as estruturas vasculares suturavam-se utilizando cânulas de osso ou de metais preciosos. Alexis Carrel idealizou um novo sistema de sutura que evitava unir directamente as bordas vasculares. Para isso realizava cortes nos extremos dos vasos e dava-lhes a volta. Depois utilizava material parafinado na sutura. Com este método conseguia evitar as hemorragias pós-operatórias e a formação de coágulos sanguíneos. Efectivamente, a sutura dos extremos para fora ou revertidos, fazia com que no interior não ficassem fios soltos que favorecessem a formação posterior de coágulos.
Em 1910 descreveu, num artigo, todos os seus avanços realizados com este novo sistema de sutura vascular. Com a sua técnica, Carrel conseguiu unir vasos sanguíneos de apenas um milímetro de diâmetro. Alentado pelas suas descobertas, dedicou a investigação aos transplantes vasculares, tomando uma porção de um vaso e conseguindo utilizá-lo em qualquer outro lugar do próprio paciente.
Entre as contribuições de Carrel para a cirurgia encontram-se igualmente os auto-enxertos em animais, onde obteve numerosos êxitos, embora se produzissem falhanços nos homo-enxertos (órgãos de indivíduos distintos da mesma espécie). Destacam-se ainda os transplantes de orelhas, tiróide, rim e baço, assim como a conservação dos vasos sanguíneos para transplantar, o que evitava a espera de um possível doador (para tal utilizou uma câmara fria). Além disso, criou um anti-séptico para desinfectar feridas, a solução “Carrel-Dakin”, de grande utilidade durante a Primeira Guerra Mundial, e também uma espécie de coração artificial.
Em 1935 publicou “O Homem, Esse Desconhecido”, que foi traduzido e reeditado por várias vezes, transformando-se num grande êxito mundial até 1950. Na obra, o leitor moderno encontra traços de eugenismo, incluindo a defesa da eutanásia de criminosos incuráveis e perigosos. Alguns trechos misóginos ou místicos podem igualmente chocar o leitor não inserido no contexto da época.
Como homenagem a Carrel, foi dado o seu nome a uma cratera no Mar da Tranquilidade na Lua.

2 comentários:

Ministério disse...

Olá blogueiro,
É muito importante também incentivar a doação de órgãos e conscientizar as pessoas sobre a importância deste gesto de solidariedade.
Para ser doador de órgãos não é preciso deixar nada por escrito. O passo principal é avisar a sua família sobre sua vontade. No entanto, os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito após a morte.
Divulgue a ideia e salve vidas.

Para mais informações: comunicacao@saude.gov.br
Ministério da Saúde

Gabriel de Sousa disse...

Aqui fica o vosso comentário. Aliás julgo que a lei portuguesa é idêntica
Cumprimentos,
Gabriel de Sousa

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