sexta-feira, 22 de outubro de 2010

EFEMÉRIDECatherine Deneuve, de seu verdadeiro nome Catherine Fabienne Dorléac, actriz de cinema francesa, nasceu em Paris no dia 22 de Outubro de 1943. Foi considerada um modelo da elegância e beleza francesa e é uma das mais respeitadas actrizes do cinema francês e mundial.
Estreou-se no cinema aos 13 anos e, durante a adolescência, trabalhou em diversos pequenos filmes com o realizador Roger Vadim, chegando ao estrelato mundial em 1964, com “Les Parapluies de Cherbourg” do realizador Jacques Demy.
Nos anos 1960, Deneuve ganhou a reputação de símbolo sexual frio e inacessível, através de filmes em que interpretava donzelas lindas e frígidas, como em “A Bela da Tarde” de Luis Buñuel e “Repulsa ao Sexo” de Roman Polanski.
Foi descoberta por Roger Vadim (também “descobridor” de Brigitte Bardot e responsável pela transformação de Jane Fonda em símbolo sexual, com o filme “Barbarella”), com quem viria a ter um relacionamento amoroso e um filho. Deneuve foi casada depois com o famoso fotógrafo de moda londrino David Bailey (no qual o realizador italiano Michelangelo Antonioni se basearia para criar o principal personagem da sua obra-prima “Blow-Up”) e, após o fim do casamento, envolveu-se com o actor italiano Marcello Mastroianni, com quem teve também uma filha.
Durante os anos 1960 e 70, Catherine Deneuve teve uma carreira cinematográfica de grande sucesso que, além de a afirmarem como a grande estrela do cinema europeu da época, a transformaram no sinónimo da beleza francesa, fazendo dela a musa da alta costura de França, principalmente do estilista Yves Saint Laurent, e o rosto dos perfumes Chanel (o Chanel Nº 5, ligado ao seu rosto e à sua imagem, foi o mais vendido e famoso perfume do mundo durante cerca de duas décadas).
Nos anos 1980, Deneuve continuou a fazer filmes famosos. Sobreviveu como ícone do cinema nos anos 1990, recebendo o seu segundo César (o maior prémio do cinema francês) e uma nomeação para o Oscar de Melhor Actriz com o filme “Indochina”, de 1992, que naquele ano ganharia o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro da Academia de Hollywood. Os seus últimos filmes de sucesso mundial foram “Dançando no Escuro”, com a cantora e actriz islandesa Bjork, Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes em 2000, e “8 Mulheres”, de 2002, ao lado de algumas das maiores actrizes francesas.
Entre os prémios recebidos, salientam-se ainda; o “César de Melhor Artista” em 1981; o Prémio de Honra do 25º Festival do Filme de Bruxelas; o “Urso de Ouro” pelo conjunto da sua carreira, em Berlim (2008); o Prémio de Carreira no Cairo em 1999; o “Urso de Prata” do Festival de Berlim de 2002, pela Melhor Contribuição Artística; Actriz Europeia de 2002; Prémio de Carreira em Las Palmas (2003); a “Palma de Ouro de Honra” em Cannes (2005); o Prémio de Carreira em Banguecoque (2007); e o Prémio do 61º Festival de Cannes pelo conjunto da sua carreira (2008).
O realizador português Manoel de Oliveira dirigiu-a em “Je rentre à la maison”.
Em 1985, o seu busto serviu para modelo da escultura de Mariana, o símbolo da República Francesa. Em 1999, a Unesco escolheu-a como embaixatriz da “Preservação do Património Cinematográfico”.
Curiosamente, nunca representou peças de teatro, evocando o seu medo do público e da relação frontal com os espectadores.

Sem comentários:

Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
- Lisboa, Portugal
Aposentado da Aviação Comercial, gosto de escrever nas horas livres que - agora - são muitas mais...