quarta-feira, 17 de novembro de 2010

EFEMÉRIDEMartin Scorsese, realizador norte-americano, considerado um dos grandes nomes do cinema mundial, nasceu em Nova Iorque no dia 17 de Novembro de 1942.
Críticos e estudiosos do cinema consideram-no «o maior realizador americano vivo». Várias das suas películas ocupam um lugar de destaque nas listas dos melhores filmes do “American Film Institute” e na lista dos 250 melhores da “Internet Movie Database”.
Estudou em 1956 num seminário e alguns dos seus filmes trazem a matriz da sua devoção católica. Muito cedo foi atraído pelo mundo mágico do cinema. Scorsese admitiu a sua obsessão pelo cinema num documentário de 3 horas e 45 minutos, que realizou em 1995: “Uma jornada pessoal com Martin Scorsese pelo cinema americano”.
Scorsese frequentou a escola de cinema Tisch School na Universidade de Nova Iorque. Obteve o mestrado em 1966 e foi professor em 1968 e 1970. Em 1976, deixou o mundo boquiaberto com “Táxi Driver”. O filme foi protagonizado por Robert de Niro e Jodie Foster (com performances brilhantes), num retrato considerado dos mais violentos e crus alguma vez levado à tela sobre a vida em Nova Iorque. Com ele, obteve a Palma de Ouro do Festival de Cannes e recebeu quatro nomeações para os Oscars, o que o encorajou a avançar para o seu primeiro projecto arrojado, “New York, New York”. Este tributo musical à sua cidade natal resultou porém num enorme fracasso, o que levou Scorsese a uma depressão nervosa e ao consumo de cocaína. Mesmo assim, conseguiu a inspiração necessária para realizar o que será provavelmente o melhor filme de rock, “The Last Waltz” (1978). No mesmo ano fez também um documentário chamado “American Boy”. Convencido de que não faria mais nenhum filme importante, devido ao seu estado de saúde precário, colocou todas as suas energias na realização de “Raging Bull”. Amplamente reconhecido como sendo uma obra-prima, o filme recebeu oito nomeações para os Oscars, incluindo as de “Melhor filme”, “Melhor actor” e pela primeira vez, a de “Melhor realizador”.
Até meados de 1980 Scorsese fez mais três filmes. “The Color Of Money” deu a Paul Newman o seu primeiro Oscar como actor principal, assim como possibilitou a Scorsese ter a segurança necessária para iniciar um projecto que há muito lhe era querido, “The Last Temptation Of Christ”. Filmou-o com um pequeno orçamento, sabendo que o filme seria controverso e que por isso não lhe traria grandes dividendos comerciais. No entanto, nada lhe fizera prever o furor que o filme causaria: grandes protestos nacionais, nunca antes vistos por causa de um filme. Scorsese receberia no entanto a sua segunda nomeação para “Melhor realizador”. O apoio que lhe foi dado por importantes figuras políticas, impediu que ele se tornasse num proscrito em Hollywood e deu-lhe ímpeto para filmar “Goodfellas”, que se tornou no seu filme mais visto de sempre e provavelmente no seu maior êxito de bilheteira. Este filme sobre a vida de um gangster, foi considerado o melhor filme sobre a máfia desde “Godfather” de Coppola e assegurou a Scorsese um lugar entre os melhores realizadores de sempre. Conseguiu com ele a sua terceira nomeação mas, mais uma vez, perdeu para um estreante, desta vez Kevin Costner.
Paralelamente à sua carreira e a um grande amor pela história do cinema, criou “The Film Foundation”, juntamente com sete amigos. Esta fundação tem por finalidade encorajar a restauração e preservação do património cinematográfico mundial. Continuou envolvido em vários filmes durante os anos 1990, com pequenas aparições como actor em algumas películas.
Em Fevereiro de 2003, “Gangs de Nova Iorque” recebeu dez nomeações para os Oscars, entre elas a de “Melhor realizador” (quarta vez). Leonardo Di Caprio, tornou-se o seu novo actor favorito. Depois deste seu primeiro trabalho com ele, realizou “O Aviador”, sobre a vida do excêntrico milionário Howard Hughes, um projecto extremamente pretensioso, que resultou em 11 nomeações para os Oscars, recebendo cinco prémios. No entanto, perdeu novamente o Oscar de “Melhor realizador” para Clint Eastwood.
Em 2006, iniciou mais um projecto envolvendo gangsters: “Os Infiltrados”. Foi considerado um dos seus melhores filmes de sempre, recebendo o Globo de Ouro de Melhor Realizador e sendo indicado para cinco Oscars. Finalmente, receberia o Oscar de Melhor Realizador. A Academia de Hollywood acalmava assim o “furor” da crítica, que há muito pedia este prémio para Martin Scorsese.

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