domingo, 10 de abril de 2011

EFEMÉRIDE - Arthur Evelyn St. John Waugh, escritor britânico, conhecido sobretudo pelo seu livro “Reviver o Passado em Brideshead”, morreu em Taunton no dia 10 de Abril de 1966. Nascera em Londres, em 28 de Outubro de 1903. Aquela obra deu origem a uma famosa série de televisão, com o mesmo nome, produzida pela Granada Television.

Pertencendo a uma família da classe média alta, estudou no Lancing College e, depois, no Hertford College. Mais interessado, porém, pela sua produção literária, pela via social da universidade e pelos círculos aristocráticos que frequentava activamente, os resultados nos estudos eram modestos e, em 1924, deixou de estudar.

Nos meios literários, ele é considerado um dos maiores autores satíricos de Inglaterra, no século XX. A família Waugh tem, aliás, uma vasta tradição literária, tendo publicado no seu conjunto cerca de 180 livros. Evelyn é a estrela mais brilhante dessa constelação familiar e tem, ainda hoje, influência na literatura inglesa.

Waugh foi um jovem perdido. Tentou a vida como professor, mas não conseguia manter-se muito tempo no mesmo local. Foi aprendiz de marceneiro e jornalista. Bebia muito gin e tinha ímpetos autodestrutivos. Em 1925, decidido a suicidar-se por afogamento, nadou pelo mar dentro numa praia do País de Gales, mas acabou por desistir do seu intento ao ser picado por uma medusa.

Foi salvo pela literatura e pelo catolicismo, ao qual se converteu em 1930, deixando de ser agnóstico. “Decline and Fall ”, em 1928, foi o seu primeiro romance, parcialmente autobiográfico. O sucesso deste livro, vendido durante o Outono desse ano a uma média de 2 000 exemplares por semana, lançou-o desde logo na vanguarda da cena literária britânica e introduziu-o nos círculos da alta sociedade londrina.

Na Segunda Guerra Mundial, lutou em Creta e na Jugoslávia, experiência fundamental para a composição do seu romance “A Espada de Honra”. Na contramão do esquerdismo, que dominou a vida cultural britânica no período pós-guerra, Waugh cultivou a imagem pública de ultra-conservador. A fama de snob também se colou ao autor, por causa da crónica detalhada que ele fez da aristocracia inglesa em livros como “Um Punhado de Pó” e no próprio “Reviver o Passado em Brideshead”. Waugh aceitou este rótulo com alguma reticência. Em 1947, numa carta dirigida a uma revista irlandesa que o criticara, ele observava que «o snobismo não é necessariamente contrário à caridade, virtude que - como católico - eu muito prezo».

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