segunda-feira, 25 de junho de 2012

EFEMÉRIDEIngeborg Bachmann, ensaísta, romancista e poetisa austríaca, nasceu em Klagenfurt no dia 25 de Junho de 1926. Morreu em Roma, em 17 de Outubro de 1973. Estudou Direito, Letras e Filosofia nas Universidades de Innsbruck, Graz e Viena.
Em 1948, na capital austríaca, conheceu e apaixonou-se por Paul Celan, poeta surrealista e refugiado judeu, passando cerca de dois meses juntos. Continuaram depois, à distância, um relacionamento amoroso que muito influenciou a produção poética de ambos.
Em 1950, doutorou-se em Filosofia com a tese “A Recepção Crítica da Filosofia Existencialista de Martin Heidegger”. O seu interesse pela linguística levou-a a estudar Ludwig Wittgenstein, sobre quem publicou um ensaio. Após a sua formatura, trabalhou como guionista e editora na Rádio austríaca Rot-Weiss-Rot.
Em 1952, conheceu Hans Werner Henzel, jovem compositor musical, e partiu com ele para Itália, onde permaneceram quatro anos. Apesar da relação fraternal que os unia, em virtude da homossexualidade de Henzel, chegaram a pensar no casamento.
Em 1958, conheceu em Frankfurt o escritor Max Frisch, com quem foi morar em 1960. Dividiam o seu tempo entre Frankfurt e Roma e, dois anos depois, a relação chegou ao fim.
Como muitos dos escritores de língua alemã do pós-guerra, Ingeborg começou a sua carreira de poetisa no Grupo 47, um movimento de vanguarda alemão, que dominou as letras germânicas desde a sua fundação em 1947 até à sua dissolução em 1966. Como os outros integrantes do grupo, Ingeborg procurava uma renovação da linguagem, «que tinha sido conspurcada pelos nazis». A sua poesia elegante, mas com tons sombrios, mostra a influência da antiguidade clássica, do surrealismo e de escritores como Rainer Maria Rilke.
Em 1959, inaugurou a cadeira de Poética, como professora convidada da Universidade de Frankfurt.
A partir de 1960, deixou de escrever poesia e dedicou-se à prosa, procurando temas políticos e sociais. Poucos destes trabalhos foram publicados antes da sua morte. Em 1964, recebeu o Prémio Georg-Büchner, o mais importante das letras alemãs, como reconhecimento pelo conjunto da sua obra poética.
Ingeborg Bachmann morreu num hospital de Roma, com graves queimaduras pelo corpo, três semanas depois de um incêndio no seu quarto de hotel. A verdadeira causa, que chegou a supor-se ser um cigarro não apagado, nunca foi completamente esclarecida, aventando-se também a hipótese de suicídio. Desde 1977, é organizado em Klagenfurt um concurso literário que homenageia o seu nome.

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