segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

6 DE JANEIRO - DAVID ALFARO SIQUEIROS



EFEMÉRIDEDavid Alfaro Siqueiros, um dos maiores pintores mexicanos e um dos protagonistas do muralismo mexicano, juntamente com Rivera e Orozco, morreu na cidade do México em 6 de Janeiro de 1974. Nascera em Cuernavaca no dia 29 de Dezembro de 1896. Siqueiros era filho do advogado Cipriano Alfaro, de origem portuguesa.
Fez pintura de cavalete, mas distinguiu-se sobretudo pela pintura mural, onde foi um inovador. Tinha uma grande preocupação em experimentar novos materiais e novas técnicas, tendo a sua investigação nesta área sido uma importante contribuição para a pintura mural.
A grande temática da sua obra foi a revolução e o povo mexicano, que ele representou como defensores da luta por uma sociedade melhor – a sociedade socialista utópica. A sua pintura é uma pintura de intervenção política, de crítica à sociedade capitalista e de defesa dos ideais comunistas que, em Siqueiros, assumem uma dimensão monumental, pela força e franqueza das suas convicções. Em 1966, foi-lhe atribuído o Prémio Lenine da Paz.
Siqueiros teve as primeiras aulas de pintura com o mestre mexicano Solares Gutiérrez. Anos depois, entrou para a Academia de San Carlos no México e, mais tarde, ingressou na Escola de Santa Anita, que abandonou para se alistar no Exército Constitucionalista. Ao voltar, ingressou na Escola Nacional Preparatória (ENP), ao mesmo tempo que era nomeado membro do Comité Executivo do Partido Comunista do México e secretário-geral do Grémio de Artesãos, Escultores e Pintores. A sua primeira obra importante foi uma série de frescos para a ENP, terminada em 1924.
Esteve a viver em Taxco e em Los Angeles, onde começou a fazer experiências com novas técnicas. Mudou-se para Nova Iorque, onde organizou o Siqueiros Experimental Workshop.
Alistou-se como voluntário na Guerra Civil Espanhola, ao lago dos Republicanos contra as tropas de Franco. Posteriormente, foi acusado de ter tentado assassinar Trotsky, a mando de Estaline, motivo pelo qual foi preso e depois exilado no Chile. Quando voltou ao México, após 1940, fundou o Centro Realista de Arte Moderna.
O seu famoso mural “A Marcha da Humanidade” valeu-lhe o Prémio Nacional de Arte do México. Nos Estados Unidos, um fresco pintado por ele no Plaza Art Center, chamado “Tropical América – Opressed and Destroyed by the Imperialists”, causou tal polémica e indignação que foi obrigado a sair do país para evitar a deportação.  
Entre os Muralistas, ele foi aquele que teve um maior comprometimento com o mundo moderno, no que respeita à temática e às técnicas. Extremado por ideais de justiça e de progresso, Siqueiros trabalhava as suas pinturas como se estivesse a combater um inimigo.

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