terça-feira, 9 de dezembro de 2014

9 DE DEZEMBRO - ANTÓNIO PEDRO

EFEMÉRIDEAntónio Pedro da Costa, encenador, escritor e artista plástico português, nasceu na Cidade da Praia, Cabo Verde, em 9 de Dezembro de 1909. Morreu em Caminha, Moledo, no dia 17 de Agosto de 1966.
Veio aos 4 anos para Portugal, onde frequentou o Liceu Pedro Nunes em Lisboa, mudando-se depois para o Instituto Nuno Álvares, da Companhia de Jesus, na Galiza, onde foi membro do grupo de teatro e participou em várias dezenas de peças. O 6.º ano acabou-o em Santarém e o 7.º no Liceu de Coimbra, cidade onde dirigiu o jornal “O Bicho”. Ingressou depois na Universidade de Lisboa, tendo frequentado as Faculdades de Direito e de Letras, não concluindo no entanto nenhum dos cursos.
Viveu em Paris entre 1934 e 1935, tendo estudado no Instituto de Arte e Arqueologia da Universidade de Sorbonne.
Em 1933, criou a galeria UP (1933/36), onde apresentou a primeira exposição de Maria Helena Vieira da Silva em Portugal (1935).
O Surrealismo surgiu na cultura portuguesa a partir de 1936, em grande parte pela sua mão, com experiências literárias que efectuava com alguns amigos. Em 1940, organizou – com António Dacosta e Pamela Boden – aquela que é considerada a primeira exposição surrealista em Portugal. A mostra, não oficial, reunia dezasseis pinturas de António Pedro, dez de Dacosta e seis esculturas abstractas de Pamela. O Surrealismo, de que se falara vagamente desde 1924, irrompia nesta exposição, abrindo à pintura nacional novos horizontes.
Em 1941, António Pedro visitou o Brasil. Esteve no Rio de Janeiro e em São Paulo, tendo exposto os seus quadros em concorridas mostras nas duas cidades. Permaneceu neste país uns quatro ou cinco meses, o bastante para formar um largo círculo de amigos entre a elite intelectual brasileira. Regressou a Portugal, deixando no país irmão um rasto de amizades e muitos admiradores.
Dirigiu e editou a revista “Variante”, de que saíram dois números (1942/43), e colaborou no semanário “Mundo Literário” (1946/48).
Entre 1944 e 1945, viveu e trabalhou em Londres na British Broadcasting Corporation (BBC), onde foi cronista e crítico de arte, tendo feito parte do Grupo Surrealista de Londres.
Fez parte ainda do Grupo Surrealista de Lisboa, criado em 1947 por Cândido Costa Pinto, Marcelino Vespeira, Fernando Azevedo e Mário Cesarini, entre outros, tendo participado na I Exposição Surrealista em Lisboa (1949).
Com uma forte ligação ao teatro, foi director do Teatro Apolo (Lisboa) em 1949 e director, figurinista e encenador do Teatro Experimental do Porto entre 1953 e 1961.
Viveu os últimos anos de vida em Moledo, uma praia junto de Caminha. Grande parte da sua obra como pintor perdeu-se em 1944, quando dum incêndio no seu atelier.

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