domingo, 8 de março de 2015

8 DE MARÇO - ANTÓNIO CAMPOS

EFEMÉRIDEAntónio Pereira Campos, um dos primeiros cineastas portugueses a dedicar-se a documentários na perspectiva da antropologia visual, morreu na Figueira da Foz em 8 de Março de 1999. Nascera em Leiria no dia 29 de Maio de 1922. Ensaiou também a ficção, explorando o filme etnográfico e recorrendo às técnicas do cinema directo. No documentário, foi um dos elementos fundadores do movimento Novo Cinema em Portugal.
Integrou o Grupo Dramático Miguel Leitão, em Leiria. Foi funcionário administrativo da Escola Industrial da mesma cidade. Iniciou-se em filmes etnográficos no início dos anos 1960. Em 1961, partiu para Londres com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, instituição em que viria a trabalhar entre 1970 e 1977.
Participou no Festival de Cinema do Século XX em Cracóvia, na Polónia. Foi correspondente em Portugal da Federação Internacional dos Filmes Sobre Arte e membro da União Internacional dos Cineastas Independentes.
Começou como amador, com película de 16 mm. Explorou o filme etnográfico, sem objectivos científicos mas com interesse antropológico. Foi assistente de Paulo Rocha, na realização de “Mudar de Vida” (1966).
O conceito da antropologia visual, que ele aplicava ao cinema, foi também explorado na ficção por cineastas como João César Monteiro e António Reis e, no documentário, por Ricardo Costa e Pedro Costa. A partir da Revolução dos Cravos, realizou alguns filmes de ficção com importante conteúdo etnográfico, já em película de 35 mm.
Ao longo da sua carreira, realizou mais de 40 curtas e médias metragens (1957/93) e 5 longas-metragens (1971/92). 
Em 2013, foi homenageado postumamente pela organização do I Festival Internacional de Cinema Etnográfico, que teve lugar em Leiria e em Lisboa. Para além de várias exposições com todo o material utilizado por António Campos e dispensado pela Cinemateca, foi previsto criar um prémio com o seu nome.

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