terça-feira, 30 de junho de 2015

30 DE JUNHO - LEA MASSARI

EFEMÉRIDELea Massari, de seu verdadeiro nome Anna Maria Massetani, actriz italiana, nasceu em Roma no dia 30 de Junho de 1933. Estuou Arquitectura na Suíça. Adoptou o nome artístico de Lea Massari, em homenagem ao seu noivo Leo, que morreu tragicamente quando ela tinha 22 anos.
Começou a ser conhecida pelo seu papel em “La aventura” de Michelangelo Antonioni (1960). Entre os seus filmes mais famosos, é de salientar igualmente “O Colosso de Rodes” (1961), realizado por Sergio Leone.
Protagonizou muitos filmes em França nos anos 1970, trabalhando com realizadores importantes como Louis Malle. Fez o papel de mãe incestuosa em “Le Souffle au cœur”, que fez escândalo quando do seu lançamento. Ela é, no entanto, mais lembrada graças às suas numerosas interpretações em filmes populares, com actores de primeiro plano como Lino Ventura. 
Em 1975, foi convidada para fazer parte do júri no Festival de Cannes. Entre 1954 e 1990, fez mais de sessenta películas.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

DEMIS ROUSSOS - "Forever And Ever"


29 DE JUNHO - PIERRE PERRAULT

EFEMÉRIDEPierre Perrault, realizador radiofónico, cineasta, poeta e dramaturgo canadiano, nasceu em Montreal no dia 29 de Junho de 1927. Morreu na Isle-aux-Coudres em 23 de Junho de 1999.
Em 1948, começou a estudar Direito na Universidade de Montreal, curso que finalizou em 1954, depois de estadias em Paris e Toronto. Praticou Direito durante dois anos, antes de se consagrar à escrita radiofónica. Realizou então a série para rádio “Au pays de Neufve-France ”, que foi difundida pela Rádio Canadá entre 1956 e 1957. Escreveu, na década de 1950, mais de 800 emissões radiofónicas. Foi também um poeta e um dramaturgo de talento.
Passou a dedicar-se também ao cinema em 1959, Dirigiu variadíssimos filmes entre 1963 e 1996, sendo um dos mais importantes realizadores do Canadá francófono. Em 1994, ganhou o Prémio Albert-Tessier.
Pierre Perrault é particularmente reconhecido por ter contribuído, juntamente com Michel Brault, Bernard Gosselin e Marcel Carrière, entre outros, para o desenvolvimento do “cinema directo”, que procura aproximar os acontecimentos das pessoas, graças a um material de filmagem mais ligeiro e a um exercício de diálogo com as pessoas filmadas. 

domingo, 28 de junho de 2015

GEORGES MOUSTAKI - "Ma Liberté"


28 DE JUNHO - KATHY BATES

EFEMÉRIDEKathy Bates, de seu verdadeiro nome Kathleen Doyle-Bates, actriz norte-americana, vencedora do Oscar de Melhor Actriz em 1991, nasceu em Memphis, Tennessee, no dia 28 de Junho de 1948. Filha de um engenheiro metalúrgico e de uma dona de casa, Kathy trabalhou nas profissões mais variadas, antes de chegar aos palcos e aos ecrãs de cinema e televisão. Gorducha e baixinha, mas intensa, versátil e com grandes capacidades naquilo que fazia, Kathy Bates viria a actuar, com a mesma desenvoltura, em dramas e comédias.
Formou-se em teatro na Universidade Metodista do Sul e, depois, foi para Nova Iorque, onde trabalhou – como caixa – na loja de presentes do Museu de Arte Moderna, o MoMA. Fez a sua primeira aparição na TV em meados dos anos 1970, num episódio da série “O Barco do Amor”.
A sua estreia no cinema teve lugar na comédia “Taking Off” de 1971, o primeiro filme norte-americano dirigido pelo realizador checo Milos Forman. Em 1976, estreou-se na peça “Vanities”, conseguindo uma nomeação para o Prémio Tony, o equivalente ao Oscar no teatro norte-americano, interpretando uma suicida em potência no drama “Night, Mother”.
Em 1982, sob a direcção de Robert Altman, actuou no drama “Come Back to the Five and Dime, Jimmy Dean”.
Em 1991, foi consagrada mundialmente ao receber o Oscar de Melhor Actriz com o filme “Misery”, baseado num livro com o mesmo título do escritor Stephen King, trabalho com o qual ganhou igualmente o Globo de Ouro e a admiração do público e da crítica. Ela será sempre lembrada pela sua magnífica interpretação, ao dar vida à enfermeira psicótica Annie Wilkes.
Participou no filme dramático “White Palace”, ao lado de Dustin Hoffman. Um dos seus papéis mais admirados é igualmente o de Evelyn Couch, em “Fried Green Tomatoes”. Sob a direcção de Woody Allen, fez “Shadows and Fog” em 1992. Em 1997, incarnou a simpática Molly Brown em “Titanic” e, um ano depois, foi de novo nomeada para os Oscars com “Primary Colors”.
Kathy revelou, numa entrevista em 2008, que acabara de vencer um cancro nos ovários diagnosticado em 2003.
De 2011 a 2012, foi a heroína da série televisiva “Harry's Law”. Em Setembro de 2012, revelou – numa mensagem no Twitter – que lhe havia sido diagnosticado novo cancro, agora nos seios, e que tinha sido submetida a uma dupla mastotomia.
De Outubro de 2013 até Janeiro de 2014, interpretou Madame LaLaurie na série “American Horror Story”. Em 2014, participou na quarta temporada da série de comédia “Mike & Molly”. Tem projectos para 2015. 

SÃO MARTINHO EM CEDOFEITA (quadras)

Formatação de Fátima de Souza (Bahia)

sábado, 27 de junho de 2015

27 DE JUNHO - VERA MENCHIK

EFEMÉRIDEVera Menchik, xadrezista checo/inglesa e primeira campeã do mundo da modalidade, morreu em Londres no dia 27 de Junho de 1944. Nascera em Moscovo, em 16 de Fevereiro de 1906. Defendeu o título mundial por seis vezes, de 1927 a 1939, e em duas partidas contra Sonja Graf em 1934 e 1937. Vera jogou em competições até então exclusivas para homens. Em competições femininas, venceu todas aquelas em que participou.
De pai checoslovaco e mãe britânica, aprendeu a jogar xadrez aos nove anos de idade com o pai. Os pais separaram-se e ela, a mãe e as irmãs foram morar em casa da avó em Inglaterra (1921). Vera venceu o Campeonato Feminino de Juniores daquele ano. No ano seguinte, tornou-se pupila de Géza Maróczy.
Em 1927, a Federação Internacional organizou a primeira edição do Campeonato Mundial Feminino de Xadrez, em conjunto com as Olimpíadas de Xadrez, uma competição só destinada a homens. O evento foi realizado em Londres e Vera venceu a competição sem sofrer nenhuma derrota. Nas seis edições seguintes – Hamburgo 1930, Praga 1931, Folkestone 1933, Varsóvia 1935, Estocolmo 1937 e Buenos Aires 1939 – Vera defendeu o seu título tendo sofrido apenas uma derrota em 1930.
Casou-se em 1937 com Rufus Stevenson, editor do “British Chess Magazine. Olga, a irmã mais nova de Vera, também era xadrezista profissional. Vera ainda estava reinando como campeã mundial, quando as duas irmãs e a mãe foram mortas por um míssil V-1 durante um bombardeamento sobre Londres, durante a Segunda Guerra Mundial.
Em sua homenagem, o troféu para a equipa vencedora das actuais Olimpíadas Femininas de Xadrez ficou a ser conhecido como Vera Menchik Cup.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

26 DE JUNHO - VERONICA GUERIN

EFEMÉRIDE Veronica Guerin, jornalista irlandesa, morreu em Dublin no dia 26 de Junho de 1996. Nascera em Artane, em 5 de Julho de 1958. Cresceu em Dublin, tendo estudado no Trinity College. Trabalhou para a empresa do pai, antes de abrir uma agência de relações públicas.
Iniciou-se na profissão de jornalista depois dos 30 anos de idade e dedicava-se sobretudo a jornalismo de investigação criminal. Começou por trabalhar no diário irlandês “Sunday Independent. Recebeu várias ameaças de morte relacionadas com as suas reportagens e sofreu várias agressões, nomeadamente um tiro numa perna.
Exemplo de determinação e coragem, a sua sede incessante por justiça fez com que pagasse com a vida a investigação a fundo sobre a máfia e o tráfico de drogas em Dublin, durante a década de 1990. Denunciou também a ligação que alguns dos mais importantes gangsters tinham com o IRA. Foi vítima de um atentado nos arredores de Dublin, quando se encontrava dentro do seu carro, parada num semáforo. Dois motards dispararam sobre ela cinco tiros certeiros. Antes, chegara a ser espancada por um dos maiores mafiosos da cidade.
Depois do assassinato, a população da Irlanda revoltou-se e saiu às ruas em sinal de protesto. Os barões do tráfico tiveram os seus bens confiscados e foram presos. Um ano depois do acontecido, os crimes tinham baixado em mais de 50%.
Veronica Guerin é considerada uma heroína na Irlanda, com um memorial em sua homenagem na capital irlandesa e a instituição de uma bolsa com o seu nome, destinada a estudantes de jornalismo.
Foram realizados dois filmes baseados na sua vida: “When the Sky Falls” (2000) e “Veronica Guerin” (2003). A banda Savatage incluiu uma canção baseada na sua história no álbum “The Wake of Magellan” em 1998. O músico irlandês Christy Moore também escreveu uma canção em sua homenagem, chamada “Verónica”.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

25 DE JUNHO - JAMES MEREDITH

EFEMÉRIDEJames Howard Meredith, figura emblemática do Movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos na década de 1960, nasceu em Kosciusko no dia 25 de Junho de 1933.
De ascendência afro-americana, Meredith alistou-se na Força Aérea logo após terminar os estudos liceais. Ali esteve entre 1951 e 1960, prestando serviço no Japão durante algum tempo. Ao deixar a vida militar, inscreveu-se por duas vezes na Universidade do Mississippi, mas viu os seus pedidos recusados, devido à política racial segregacionista vigente nos estados sulistas, nomeadamente no Mississippi.
Finalmente, em Outubro de 1962, Meredith tornou-se o primeiro estudante negro a frequentar a Universidade do Mississippi, após ter visto o seu ingresso barrado em 20 de Setembro pelo próprio governador do estado e pela Guarda Nacional, que desafiavam assim a justiça federal, que garantia o seu ingresso na universidade.
O desafio do governo estadual do Mississippi à justiça federal levou à ocupação da universidade por agentes federais enviados por Washington, para garantir o ingresso de Meredith e zelar pela sua segurança no campus. A medida acabou por causar uma verdadeira batalha campal entre estudantes e populares brancos contra os agentes que escoltavam Meredith, apoiados por tropas do Exército enviadas pelo presidente John F. Kennedy. O conflito saldou-se por dois mortos e dezenas de feridos, entre estudantes, polícias, soldados e agentes federais. Este facto foi um dos mais emblemáticos e cruciais momentos da história da luta dos negros americanos por direitos iguais ao da população branca, movimento este que durou mais de uma década.
Licenciado em Direito, Meredith teve uma participação activa no movimento dos direitos civis, liderando – em 1966 – a “Marcha contra o Medo”, de Jackson, no Mississippi, até Memphis, no Tennessee. Foi ferido à bala por um atirador racista branco. A imagem de Meredith, caído após ter sido baleado, ganhou o Prémio Pullitzer de Fotografia em 1967.
Durante alguns anos, após estes episódios, tentou sem sucesso ser eleito para o Congresso e trabalhou como conselheiro jurídico na equipa do senador Jesse Helms, do Partido Republicano. Muito criticado pela comunidade dos direitos civis por esse emprego, pelo facto do senador Helms ser um dos maiores expoentes do ultra-conservadorismo moral e do pensamento de extrema-direita da política norte-americana, ele respondeu simplesmente que «tinha enviado cartas a todos os integrantes do Congresso e da Câmara dos Estados Unidos, oferecendo os seus serviços de advogado, de modo a conseguir acesso aos estudos e aos livros na Biblioteca do Congresso, e apenas Helms lhe tinha respondido…».
Vive actualmente em Jackson, com a esposa e filhos, sendo proprietário de um pequeno negócio de carros usados. Define-se hoje como um simples cidadão, que exigiu e recebeu os direitos devidos a qualquer norte-americano, e não como um ex-activista dos direitos civis.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

24 DE JUNHO - ELI WALLACH

EFEMÉRIDEEli Herschel Wallach, actor norte-americano de origem judaica, morreu em Nova Iorque no dia 24 de Junho de 2014. Nascera na mesma cidade em 7 de Dezembro de 1915. Foi um dos mais destacados actores de Hollywood. Contracenou com nomes de peso do cinema, como Clark Gable, Steve MacQueen, Yul Brynner, Lee Van Cleef, Al Pacino, Marilyn Monroe, Montgomery Clift, Peter O'Toole e Clint Eastwood.
Diplomou-se na Universidade do Texas, fazendo também o mestrado de Artes. Durante a Segunda Guerra Mundial, ingressou na vida militar, prestando serviço como sargento-chefe e depois tenente, num hospital no Hawaï.
Nos anos 1940, depois da guerra, fez várias pecas teatrais, tanto na Broadway como numa companhia itinerante. Em 1951, recebeu um Tony award pelo seu desempenho em “A Rosa Tatuada” de Tennessee Williams.
Trabalhou com o famoso realizador Sergio Leone, participando num dos filmes da conhecida “Trilogia dos Dólares”, em que fez o papel que mais o celebrizou na sua carreira.
Logo na sua estreia no cinema, ganhou um prémio BAFTA pela sua actuação em “Baby Doll” de Elia Kazan (1956). Recebeu também um Emmy Award, com “The Poppy Is Also a Flower”. Foi galardoado com um Oscar Honorário pelo conjunto da sua carreira, em Novembro de 2010.
No começo dos anos 2000, perdeu a visão do olho esquerdo, devido a um AVC. Em 2005, publicou a sua autobiografia “The Good, the Bad and Me”. Foi casado durante 66 anos com a actriz Anne Jackson, com quem teve três filhos. Faleceu com 98 anos.

SÃO JOÃO EM ALMADA


terça-feira, 23 de junho de 2015

23 DE JUNHO - PETER FALK

EFEMÉRIDEPeter Michael Falk, actor norte-americano, famoso pelo seu papel de detective Columbo na série policial de televisão com o mesmo nome, morreu em Beverly Hills no dia 23 de Junho de 2011. Nascera em Nova Iorque, em 16 de Setembro de 1927.
A sua família era judia, o pai de ascendência russa e a mãe de ascendência polaca, com raízes húngaras e checas. Perdeu o olho direito aos três anos de idade, devido a um tumor maligno, substituindo o órgão por um olho de vidro. Apesar disso, participava em desportos colectivos, principalmente basebol e basquetebol. Estudou na Ossining High School, no Condado de Westchester, Nova Iorque. Depois de terminar os estudos em 1945, tentou ingressar nas Forças Armadas, mas foi rejeitado em virtude do olho de vidro, indo trabalhar na Marinha Mercante, como cozinheiro.
Um ano e meio depois, entrou para o Hamilton College, tendo estudado também na Universidade de Wisconsin. Transferiu-se depois para a New School for Social Research, em Nova Iorque, onde obteve um diploma de bacharel em Literatura e Ciência Política (1951). Viajou então pela Europa e chegou a trabalhar durante seis meses na Jugoslávia. Voltou a Nova Iorque, matriculando-se na Universidade de Syracuse mas, na realidade, ele não sabia bem o que queria fazer com a sua vida. Falk obteve o mestrado em Administração Pública na Escola Maxwell da Universidade de Syracuse, em 1953. Candidatou-se para trabalhar na CIA, mas foi rejeitado. Falk tornou-se um analista de gestão, na Secretaria de Orçamento do Estado de Connecticut.
Aos 29 anos, seguiu cursos de teatro e acabou por abandonar o emprego para se tornar comediante. Fez então os primeiros trabalhos na televisão e no cinema.
Em 1968, para substituir um actor que tinha adoecido, protagonizou um filme de 90 minutos fazendo o papel de um detective altamente qualificado, mas muito distraído. A série “Columbo”, que se seguiu e o celebrizou, estreou oficialmente em 1971 e foi interrompida em 1978, voltando em 1989 com novos episódios até 2003. Com o fim da série, Peter Falk mergulhou numa depressão nervosa, que veio acelerar a doença de Alzheimer, de que já tinha sintomas há alguns anos.
Peter Falk venceu cinco Prémios Emmy, quatro com “Columbo”. Ganhou um Globo de Ouro e foi nomeado duas vezes para os Oscars. Estreara-se na Broadway em 1956, obtendo o sucesso que o levou até Hollywood. Curiosamente, Bing Crosby era o preferido da NBC para o pape de Columbo, mas o veterano actor e cantor recusou fazer o casting, porque tinha uma partida de golfe à mesma hora...
Entre os seus trabalhos mais importantes no cinema, estão filmes do realizador e seu amigo John Cassavetes: “Os maridos” (1970) e “Uma mulher sob influência” (1974), entre outros. Peter Falk tem uma estrela no Walk of Fame, colocada em 2013, a título póstumo. 

segunda-feira, 22 de junho de 2015

NANA MOUSKOURI - "Je Chante Avec Toi Liberté"


22 DE JUNHO - BILLY WILDER

EFEMÉRIDE – Samuel “BillyWilder, realizador de cinema norte-americano, de origem judaica, nasceu em Sucha, na actual Polónia, em 22 de Junho de 1906. Morreu em Beverly Hills no dia 27 de Março de 2002. A sua carreira de guionista, realizador e produtor estendeu-se por mais de 50 anos e cerca de 60 filmes. Ele é lembrado como um dos mais brilhantes cineastas da sua época, em Hollywood, e grande parte dos seus filmes foram aclamados pelo público e pela crítica.
Quatro das suas películas estão no Top 100 do American Film Institute, como acontece igualmente com Alfred Hitchcock e Stanley Kubrick. Dirigiu catorze actores que foram nomeados para os Oscars. Numa classificação do magazine “Sight & Sound”, figura em 7º lugar entre os maiores realizadores. Em 1986, recebeu um prémio do American Film Institute pela «sua notável carreira».
Pretendeu tornar-se advogado, mas quando se mudou para Viena, na Áustria, abandonou a ideia, tornando-se jornalista e crítico de espectáculos, sobretudo de cinema. Em 1926, fixou-se em Berlim e, com a experiência adquirida, trabalhou no “Berliner Zeitung am Mittag” e num grande tablóide. Iniciou entretanto a sua carreira no cinema como guionista, em 1929. Após a ascensão de Hitler ao poder, em 1933, emigrou para França e, depois, para os Estados Unidos. A mãe e os avós morreram em Auschwitz.
Apesar de ainda não falar inglês quando chegou a Hollywood, aprendeu rapidamente o idioma e contou com a ajuda de Peter Lorre para ingressar na indústria cinematográfica norte-americana. Em parceria com Charles Brackett, escreveu clássicos como “Ninotchka” (1939) e “Ball of Fire” (1941). A partir de 1942, a dupla começou a fazer filmes, com Brackett como produtor e Wilder na realização. São dessa época, películas como “Double Indemnity” (1944), “Five Graves to Cairo” (1943), “The Lost Weekend” (Oscars de Melhor Filme, Melhor Realizador e Melhor Guião, 1945) e “Sunset Boulevard” (Oscar de Melhor Guião, 1950).
Os filmes que se seguiram foram produzidos por ele mesmo, como “Ace in the Hole” (1951) e as comédias “Some Like It Hot” (1959) e “The Apartment” (1960), que recebeu os Oscars de Melhor Filme e Melhor Realizador. Entre os seus actores preferidos, podem citar-se – entre outros – Jack Lemmon, Marilyn Monroe, Audrey Hepburn e Shirley MacLaine.
Abrandou a sua actividade nos anos 1960/70, reformando-se em 1981. Faleceu vítima de pneumonia, aos 95 anos de idade, após ter enfrentado problemas de saúde, incluindo um cancro. Foi sepultado no Westwood Village Memorial Park Cemetery em Westwood (Los Angeles).

domingo, 21 de junho de 2015

21 DE JUNHO - CARLOS SCLIAR

EFEMÉRIDECarlos Scliar, desenhador, gravador, pintor, ilustrador, cenógrafo e designer gráfico brasileiro, nasceu em Santa Maria no dia 21 de Junho de 1920. Morreu no Rio de Janeiro em 28 de Abril de 2001.
Participou em muitas exposições no Brasil e no estrangeiro, alcançando sempre grande sucesso. Activista social, militou em vários acontecimentos, como o 1º Congresso da Juventude Democrática, na Checoslováquia, e em manifestações brasileiras, produzindo sobretudo cartazes ou ilustrando livros e revistas.
Apaixonou-se pela serigrafia, em cuja técnica desenvolveu várias séries. Aliás, uma das importantes características de Carlos Scliar era a sua capacidade de inovar, buscando novos materiais, que lhe servissem de base, e as técnicas mais variadas, desde a têmpera até ao acrílico, passando pelas artes gráficas. Pintou quadros, mas também fez murais e até ilustrou vários bilhetes da Lotaria Federal.
Nascido numa família judaica, desde cedo revelou tendência para a comunicação, desenho e pintura. Aos onze anos, começou a publicar os seus primeiros artigos ilustrados e, aos catorze, teve as primeiras aulas de arte com o pintor austríaco Gustav Epstein.
Em 1935, já a morar em Porto Alegre, participou na Exposição do Centenário Farroupilha. Em 1938, num ambiente de contestação aos cânones do neoclassicismo e à arte oficial desenvolvida pela Escola de Belas Artes, juntou-se a João Fahrion e fundaram a Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa, da qual ele foi eleito secretário.
Em 1940, mudou-se para São Paulo, onde – com Rebolo e os artistas do Grupo Santa Helena – passou a integrar a Família Artística Paulista, que também era um movimento de contestação aos “académicos”. No mesmo ano, tornou-se colaborador da “Revista Cultura” e realizou a sua primeira mostra individual. Animado com o sucesso obtido pela Família Artística Paulista numa exposição realizada no Rio de Janeiro, Scliar inscreveu-se no Salão Nacional de Belas Artes, onde conquistou uma medalha de prata.
Em 1943, foi convocado para a Força Expedicionária Brasileira e seguiu para o Rio de Janeiro. Nessa ocasião, conheceu a pintora portuguesa Maria Helena Vieira da Silva e o seu marido, o pintor Árpád Szenes, que se encontravam no Brasil como refugiados de guerra.
Em 1944, seguiu para Itália num agrupamento comandado pelo general Cordeiro de Farias, só regressando ao Brasil em Julho de 1945. Ao voltar, trouxe consigo profundas recordações da sua passagem pelos campos de batalha. Observador atento, desenhou casas e imagens do norte de Itália, que seriam exibidas no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Porto Alegre. Também se retratou a si mesmo e a outros companheiros do exército.
Viajou para Paris em 1947, onde participou intensamente nos movimentos de defesa da paz entre os povos. A sua intenção era ficar lá para sempre, quando percebeu que, apesar de ser filho de imigrantes judeus, a sua arte era genuinamente brasileira. Além de França, percorreu a Itália, a Checoslováquia, a Polónia, Portugal e outros países, com a sua atenção voltada então, particularmente, para a gravura e as artes gráficas.
Voltou ao Brasil em 1950, fixando-se em Porto Alegre em busca das suas raízes. Além de se dedicar à pintura e à gravura, iniciou uma nova fase na sua carreira, participando em actividades na imprensa. Participou também na criação do Clube de Gravura de Porto Alegre, embrião que se espalhou pelo país e até pelo estrangeiro. Em Porto Alegre, integrou a equipa que formulou a feição gráfica da revista “Horizonte”. No Rio e em São Paulo, colaborou noutros empreendimentos gráficos, como o lançamento da revista “Senhor”, da qual se tornou director artístico. Dedicou-se igualmente à execução de ilustrações para livros, entre os quais alguns romances de Jorge Amado. A peça “Orfeu da Conceição” de Vinicius de Moraes foi lançada em edição comemorativa de luxo em 1956, ilustrada por Carlos Scliar. Mais tarde, alternaria a sua permanência entre Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Ouro Preto.
A partir de 1960, passou a viver exclusivamente da pintura, realizando inúmeras mostras individuais com trabalhos criados nos seus ateliers de Cabo Frio, onde tinha passado a morar, e de Ouro Preto. Activista, engajou-se na defesa da preservação das dunas das praias, da reserva de pau-brasil fluminense e do casario da cidade histórica mineira. Em 1962, fundou a editora Ediarte, com Gilberto Chateaubriand, José Paulo Moreira da Fonseca, Michel Loeb e Carlos Nicolaievski.
Na década de 1970, produziu painéis para o Museu Manchete no Rio de Janeiro, para a Prefeitura de Porto Alegre, para o Centro Administrativo de Salvador e para a Imprensa Oficial do Rio de Janeiro, em Niterói.
As obras de Carlos Scliar podem ser vistas em acervos de museus e colecções, tanto no Brasil como noutros países. Quando morreu, foi cremado e as suas cinzas lançadas no Canal do Itajuru, em Cabo Frio. Diante da casa onde viveu em Cabo Frio, foi erigida uma estátua em sua homenagem.

sábado, 20 de junho de 2015

FESTAS SEBASTIANAS EM FREAMUNDE

FESTAS SEBASTIANAS
EM FREAMUNDE
(quadras)

1
Este ano não vou faltar
Nas Festas Sebastianas,
Pouco me vou importar
Se me acharem doidivanas.

2
Para Norte é a rota,
Freamunde é o destino,
A idade pouco importa,
Eu vou lá deste menino.

3
As Vacas de fogo e Mel
Não me saem da memória,
São diversões a granel,
Um passeio p’la História.


Gabriel de Sousa

20 DE JUNHO - TIAGO GUEDES

EFEMÉRIDETiago Rocha Guedes de Carvalho, cineasta português, nasceu no Porto em 20 de Junho de 1971.
Bacharelado em Publicidade pela Universidade Fernando Pessoa, recebeu formação em cinema na New York Film Academy (1997/98) e no Raindance of London (1999).
Realizador de spots publicitários e de videoclips durante vários anos, estreou-se nas longas-metragens com o telefilme produzido pela SICAlta Fidelidade” (2001). A sua primeira longa-metragem para cinema, “Coisa Ruim”, foi rodada em 2005. Os dois filmes tiveram co-realização de Frederico Serra e argumentos do seu irmão Rodrigo Guedes de Carvalho, jornalista, pivot da SIC e escritor.
Em 2006, encenou a peça teatral “The Pillowman”, da autoria de Martin McDonagh).
Ate 2013, realizou onze filmes (cinema e televisão: curtas-metragens, longas metragens e séries de TV). Recebeu os seguintes galardões: Prémio Leopard of Tomorrow no Festival de Locarno (1999) e Prémio do Júri para a Melhor Curta-Metragem no Newport International Film Festival (2001).

sexta-feira, 19 de junho de 2015

19 DE JUNHO - PIER ANGELI

EFEMÉRIDE Pier Angeli, de seu verdadeiro nome Anna Maria Pierangeli, actriz italiana, nasceu em Cagliari, na Sardenha, em 19 de Junho de 1932. Morreu em Los Angeles no dia 10 de Setembro de 1971.
A sua pele morena e os olhos verdes chamaram a atenção do realizador italiano Vittorio de Sica e do francês Leonide Moguy, que a escolheram para heroína de “Amanhã Será Tarde Demais”, filme que espelhava a juventude do pós-guerra italiano e os seus rígidos tabus. Seguidamente, conseguiu o papel principal em “Teresa”, após uma audição em Itália perante o escritor do filme, Stewart Stern. O apelido Pierangeli foi dividido então, como nome artístico, para melhor aceitação do público americano. As críticas, entusiastas, comparam-na a Greta Garbo. Ganhou um Globo de Ouro. Protagonizou depois o seu segundo filme italiano, “Amanhã será um Novo Dia”.
Entretanto, em 1950, perdeu o pai e seguiu para Hollywood com a mãe e as irmãs, já contratada pela Metro-Goldwyn-Mayer. Entrou em várias películas norte-americanas e, na primeira metade dos anos 1950, a sua carreira e popularidade atingiram o apogeu. Trabalhou também para a Warner Bros, Paramount e Columbia.  
Em 1953, foi eleita uma das dez “Estrelas do Amanhã”. No mesmo ano, visitou o Brasil e outros países da América do Sul, em companhia da amiga Debbie Reynolds. O final de 1953 trouxe igualmente o fim do seu noivado com o actor Kirk Douglas.
Em 1954, durante as gravações de “O Cálice Sagrado”, conheceu o actor estreante James Dean. Os dois namoraram sob forte oposição da mãe da actriz, que não gostava do comportamento de Dean. Pier terminou o namoro três meses depois. Em Novembro de 1954, casou-se com o cantor e actor ítalo-americano Vic Damone, que conhecera três anos antes durante as gravações na Alemanha do filme “The Devil makes Three”. Após um casamento atribulado, o divórcio aconteceu em 1958, ano em que a actriz também cancelou o seu contrato com a MGM.
Como actriz freelancer, actuou no filme “Momentos de Angústia”, ao lado de Richard Attenborough, tendo aqui o seu melhor desempenho, segundo muitos críticos especializados. Devido à falta de trabalho para papéis consistentes em Hollywood, voltou para Itália no final da década de 1950.
Um segundo casamento, com o compositor italiano Armando Trovaioli, durou de 1962 a 1969. Após a separação do segundo marido, aceitou a recomendação de Debbie Reynolds e voltou para os Estados Unidos em 1971, onde realizou um último trabalho no filme de ficção científica “Octaman”. Nesse ano, foi ainda contratada para um papel na série de TV “Bonanza, que não chegou a concretizar.
Segundo a biografia documentada “Pier Angeli: a fragile life”, a actriz faleceu logo após as gravações do seu último filme, depois de tomar um tranquilizante receitado pelo médico. Tinha apenas 39 anos, estava só, sem coragem e com muitos problemas financeiros e psicológicos. A tese de suicídio, que então circulou, nunca foi confirmada.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

18 DE JUNHO - GEORGI DIMITROV

EFEMÉRIDEGeorgi Mikhailov Dimitrov, político búlgaro, secretário-geral da Internacional Comunista e dirigente da Bulgária, nasceu em Kovatchevtsi no dia 18 de Junho de 1882. Morreu em Barvikha, perto de Moscovo, em 2 de Julho de 1949.
Deixou a escola aos 12 anos, para trabalhar como aprendiz de tipógrafo. Com 20 anos, aderiu ao POSDB (Partido Operário Social Democrata Búlgaro). No ano seguinte, o partido dividiu-se em duas facções, tendo Dimitrov optado pela tendência “marxista radical”.
Em 1909, foi eleito para o Comité central, tornando-se responsável por um dos maiores sindicatos. Notado pela polícia, em virtude da sua virulência quando de movimentos grevistas, foi detido várias vezes.
Em 1913, foi eleito deputado e opôs-se à guerra, o que lhe valeu alguns meses de prisão. Em 1918, o POSDB-marxista tornou-se membro do Komintern e adoptou o nome de Partido Comunista Búlgaro. Em 1921, no II Congresso do Komintern, encontrou-se com Lenine em Moscovo. No ano seguinte, foi eleito para o Comité central da Internacional Sindical Vermelha.
Foi um dos líderes da falhada insurreição revolucionária de 1923 na Bulgária. Exilou-se e passou a trabalhar para o Komintern em vários países ocidentais, sendo preso na Alemanha em 1933, depois dos nazis terem chegado ao poder. Após ser processado e mantido preso durante um ano, conseguiu ser repatriado para a URSS, que lhe concedeu cidadania soviética. Em 1934, foi eleito secretário-geral da IC e, como tal, presidiu ao Congresso de 1935, no qual foi aprovada a táctica da Frente Popular (aliança de comunistas e socialistas com outros democratas, sobretudo anti-nazis).
Após a Segunda Guerra Mundial e a libertação da Bulgária pelo Exército Vermelho, em 1944, Dimitrov voltou ao seu país natal e foi eleito deputado pela Frente Democrática, que venceu as eleições por maioria absoluta. Num referendo em 1946, os búlgaros votaram pelo fim da monarquia colaboracionista de Simão II e implantaram a república.
No ano seguinte, o Partido Comunista Búlgaro (BKP) chegou ao poder, nacionalizando a economia. Dimitrov foi então eleito secretário-geral do BKP, sendo depois nomeado Primeiro-ministro.
Depois de grave doença e após uma longa convalescença, foi enviado para um sanatório na URSS, onde veio a falecer. Em sua homenagem, foi construído um mausoléu no centro de Sofia, para onde o corpo foi trasladado (1949). 

quarta-feira, 17 de junho de 2015

VIDA SEM FUTURO (quadras)

VIDA SEM FUTURO 
1
Já não sinto esperança
Mesmo se junto de ti.
Só a distante lembrança
Dos bons tempos que vivi.

2
Não há bem que seja eterno
Nem um mal que nunca acabe,
Mas p’ra mim é sempre Inverno,
Porque vivo? - Só Deus sabe!

3
Sinto-me abandonado,
Nada espero do Mundo,
Começo a estar cansado,
Quero o “sono” mais profundo…

4
Ver que te posso perder
(Se é que já não perdi)
É fonte do meu sofrer,
Saudades do que vivi.

Gabriel de Sousa

17 DE JUNHO - CARL VAN VECHTEN

EFEMÉRIDE Carl Van Vechten, escritor, crítico e fotógrafo artístico norte-americano, nasceu em Cedar Rapids, Iowa, em 17 de Junho de 1880. Morreu em Nova Iorque no dia 21 de Dezembro de 1964. Foi um dos mecenas do Renascimento do Harlem e o executor literário da escritora Gertrude Stein.
Diplomou-se na Washington High School em 1898 e na Universidade de Chicago em 1903.
Durante a sua carreira como fotógrafo, a maioria dos fotografados eram amigos e conhecimentos sociais, dançarinos, actores, escritores, artistas, cantores, jornalistas, etc. A partir de 1932, no estúdio do seu apartamento em Nova Iorque, fotografou muitas personalidades célebres e influentes.
Gostava de promover talentos literários e foi crítico de dança, teatro e ópera. As suas fotografias permitem conhecer detalhadamente a paisagem cultural da primeira metade do século XX.
O seu espólio artístico, que só foi aberto ao público 25 anos após a sua morte, continha todo o género de documentos referentes à homossexualidade, entre os quais muitas fotografias inéditas. 

terça-feira, 16 de junho de 2015

16 DE JUNHO - MARIO RIGONI STERN

EFEMÉRIDEMario Rigoni Stern, escritor italiano, morreu em Asiago no dia 16 de Junho de 2008. Nascera na mesma localidade em 1 de Novembro de 1921.
Durante a Segunda Guerra Mundial, foi incorporado num Regimento de Caçadores dos Alpes, no seio da Divisão Tridentina, cujo teatro de operações era em França, Grécia, Albânia e Rússia. Feito prisioneiro pelos alemães em Setembro de 1943, foi transferido para a Prússia oriental. Conseguiu evadir-se e chegou à sua terra natal em Abril de 1945. 
Tornou-se funcionário cadastral, só começando a dedicar-se verdadeiramente à literatura a partir da década de 1950. Apaixonado pela sua região de origem, o planalto de Asiago, na província de Vicence, as suas obras nostálgicas tiveram grande êxito e foram traduzidas e editadas também em França. Em 1999, recebeu o Prémio PEN Italiano.
O seu romance mais conhecido é “Il sergente nella neve”, que conta a odisseia dum punhado de soldados italianos perdidos na Rússia, no momento em que as tropas alemãs e italianas se retiraram. Este livro é um dos clássicos da literatura contemporânea italiana.
Os principais temas das suas obras giram à volta de: - recordações escutadas ou vividas (nomeadamente na frente russa ou durante os longos dias de cativeiro); as duas Guerras Mundiais; récitas de caça e a vida dos animais. 
Em homenagem ao escritor, foi dado o seu nome a um asteróide descoberto em 1996 (“Rigonistern”). 

segunda-feira, 15 de junho de 2015

15 DE JUNHO - RAYMOND DEVOS

EFEMÉRIDERaymond Devos, actor e humorista francês (célebre pelo jogo de palavras, a mímica, os trocadilhos, o absurdo e o humor das suas actuações), morreu em Saint-Rémy-lès-Chevreuse no dia 15 de Junho de 2006. Nascera em Mouscron, na Bélgica, em 9 de Novembro de 1922.
A família deixou a Bélgica em 1924, para se instalar em Tourcoing (França). Na escola, descobriu o jeito para contar histórias e cativar os auditórios, mas terminou a sua educação aos 13 anos, em virtude dos problemas financeiros dos pais. Tornou-se um eterno estudante (autodidacta) da língua e da cultura francesa. Com um pai que tocava órgão e piano, uma mãe que dominava o violino e o bandolim e um tio que tocava clarinete, Raymond aprendeu, praticamente sozinho, a tocar mais de sete instrumentos.
Aproveitava todos os momentos livres para ver espectáculos de rua e de feiras, sentindo-se atraído pela vida artística. Enquanto esperava que a ocasião surgisse, exerceu diversos ofícios, desde moço de recados até vendedor de livros, passando por muitos outros. 
Com o deflagrar da Segunda Guerra Mundial, foi requisitado para o serviço militar obrigatório. Para animar os seus companheiros, organizava pequenos espectáculos. Foi depois deportado para campos de trabalho na Alemanha, onde foi encontrar prisioneiros de várias nacionalidades. Desenvolveu então as suas qualidades de mímica, que irá mais tarde aperfeiçoar na escola de Étienne Decroux, onde conheceu o famoso Marcel Marceau.
Seguiu depois cursos de teatro de Tania Balachova e Henri Rollan. Em 1948, montou um número burlesco com André Gille e Georges Denis.
A sua carreira começou, verdadeiramente, quando apareceu na primeira parte de uma actuação de Maurice Chevalier, no Alhambra, em Paris. Multiplicou então as suas apresentações em pequenas salas de espectáculo e, em breve, nas maiores, como no Bobino e no Olympia de Paris. Enriqueceu os seus shows com números de equilibrismo e ilusionismo. Era um homem-espectáculo disputado pelos maiores empresários e programas de televisão.
Vítima de um AVC no fim de 2005, foi de novo hospitalizado em Fevereiro de 2006, acabando por falecer em sua casa quatro meses depois. 

UNIÃO (quadras)

Formatação de Fátima de Souza (Bahia)

domingo, 14 de junho de 2015

14 DE JUNHO - JACOB ELLEHAMMER

EFEMÉRIDEJacob Christian Hansen Ellehammer, relojoeiro e inventor dinamarquês, nasceu em Vordingborg no dia 14 de Junho de 1871. Morreu em Copenhaga em 20 de Maio de 1946.
Após finalizar o seu curso de relojoeiro, mudou-se para a capital dinamarquesa, onde trabalhou como mecânico de electrónica, antes de abrir a sua própria empresa em 1898. No início, produzia máquinas para cigarros e para bebidas. Em 1904, fabricou a sua primeira motocicleta, a Ellenham Motocycle.
Dedicou-se depois à aeronáutica. Em 1905, construiu um monoplano e, no ano seguinte, um semi-biplano. Em Setembro de 1906, tornou-se o segundo europeu a realizar um voo. O seu aparelho voou a 75 cm do solo, numa distância de cerca de 40 metros. Tratava-se de um biplano com 38 metros quadrados de superfície e um motor de 18 cv.
Efectuou mais de 200 voos nos dois anos que se seguiram, com diferentes tipos de máquinas. Em 1912, conseguiu fazer descolar um helicóptero, também por si construído. 

sábado, 13 de junho de 2015

13 DE JUNHO - AURÉLIA DE SOUSA

EFEMÉRIDE – Maria Aurélia Martins de Sousa, pintora portuguesa, nasceu em Valparaíso no dia 13 de Junho de 1866. Morreu no Porto em 26 de Maio de 1922. Filha de emigrantes portugueses no Brasil e no Chile, mudou-se para Portugal, juntamente com os pais, quando tinha apenas três anos de idade. Passou a habitar na Quinta da China (junto ao rio Douro, no Porto), comprada pelo pai, que veio a falecer em 1874, quando Aurélia tinha apenas oito anos.
Aos dezasseis anos, começou a ter lições de Desenho e Pintura com António da Costa Lima e pintou o seu primeiro auto-retrato. Em 1893, entrou para a Academia de Belas-Artes do Porto, onde foi aluna de João Marques de Oliveira, que muito influenciou a sua obra. Em 1898, mudou-se para Paris, frequentando, na Academia Julian, os cursos de Jean-Paul Laurens e de Jean-Joseph Benjamin-Constant.
Realizou as primeiras exposições e, durante os três anos seguintes, viajou e visitou os museus de Bruxelas, Antuérpia, Berlim, Roma, Florença, Veneza, Madrid e Sevilha. Regressou a Portugal em 1901, desenvolvendo uma intensa actividade como ilustradora e participando regularmente na vida artística portuense. Expunha os seus quadros na Sociedade de Belas-Artes do Porto, na Galeria da Misericórdia e, anualmente, na Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa.
Morou na Quinta da China durante a última fase da sua vida, tendo falecido com cinquenta e cinco anos.
A obra de Aurélia de Sousa denota influência dos estilos de pintura mais inovadores da sua época. Pintou num estilo naturalista muito pessoal, às vezes com influências realistas, impressionistas e pós-impressionistas.
Entre as suas principais obras, caracterizadas pela força da expressão técnica e artística, encontram-se “Santo António”, “Cabeça de italiano”, “Cena familiar”, “Moinho-Granja", "Porcelanas antigas", "Cristo ressuscitando e a filha de Jairo", "Rio Douro-Areinho” e o seu “Auto-retrato” (1900), uma das obras-primas da pintura portuguesa de todos os tempos.
Parte da sua obra encontra-se hoje no Museu Nacional de Soares dos Reis e na Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio, ambos no Porto.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

12 DE JUNHO - NORMA SHEARER

EFEMÉRIDE – Edith Norma Shearer, actriz nascida no Canadá e naturalizada norte-americana, morreu em Los Angeles no dia 12 de Junho de 1983. Nascera em Montreal, em 10 de Agosto de 1902. Foi uma das actrizes mais populares do mundo, a partir de meados da década de 1920 e até à sua retirada em 1942. Ganhou um Oscar de Melhor Actriz em 1930.
Na infância, teve lições de esqui, natação, patinagem, dança e piano. Aos 14 anos, ganhou um concurso de beleza. Filha de um rico arquitecto de Montreal, mudou-se com a mãe e a irmã para Nova Iorque após a falência do pai.
Aos dezasseis anos, com os olhos azuis, bonita e vistosa, já se adivinhava nela uma futura estrela. A sua carreira começou ainda no tempo do cinema mudo, dividindo as atenções do público e da crítica com Mary Pickford. O produtor Irving Thalberg interessou-se por ela, contratou-a e, em 1925, Shearer fazia já papéis principais, atingindo o grande estrelato em 1928. Casou-se com Thalberg, com quem teve dois filhos.
Foi uma das poucas actrizes do cinema mudo a tornar-se estrela também no cinema sonoro. A Metro Goldwyn Mayer considerou-a como a Primeira-dama dos Ecrãs. Ficou viúva em 1936 e abandonou o cinema durante dois anos, voltando em 1938 para filmar “Maria Antonieta”.
Norma foi nomeada seis vezes para os Oscars de Melhor Actriz, tendo conquistado o troféu em 1930, com “A Divorciada”.
Contraiu matrimónio em 1942, com o campeão e instrutor de esqui francês Martin Arrouge, vinte anos mais novo do que ela. Decidiu então, pôr um ponto final definitivo na carreira. Viveu com Martin até à sua morte, aos 81 anos, depois de sofrer três derrames cerebrais.
Norma Shearer tem uma estrela no Passeio da Fama, no Hollywood Boulevard. Foi sepultada no Grande Mausoléu do Forest Lawn Memorial Park, em Glendale, na Califórnia.

DÁDIVAS DE AMOR (quadras)

Formatação de Fátima de Souza (Bahia)

quinta-feira, 11 de junho de 2015

11 DE JUNHO - COSME DAMIÃO

EFEMÉRIDECosme Damião, fundador, jogador, técnico e dirigente do SL e Benfica, morreu em Sintra no dia 11 de Junho de 1947. Nascera em Lisboa, em 2 de Novembro de 1885. Ex-aluno da Casa Pia, foi um dos 24 fundadores do Benfica, em 1904, numa reunião realizada na Farmácia Franco em Belém. Por omissão, a acta da reunião, manuscrita pelo próprio Cosme, não incluía o seu nome.
Como jogador de futebol, foi um médio centro com bons recursos técnicos, tendo-se estreado frente ao Carcavelos, com uma vitória por 4-1, num jogo efectuado em Janeiro de 1907. Quando completou 30 anos, optou por se retirar da actividade.
Como dirigente, dedicou-se de alma e coração ao projecto desde o seu início e ficou intimamente ligado à continuação da colectividade nos momentos mais críticos. Em 1907, quando de uma primeira crise, que levou oito jogadores benfiquistas a saírem para o Sporting CP, foi ele que assumiu a continuidade do clube, relançando-o e construindo rapidamente um conjunto que, três anos depois, seria a primeira equipa portuguesa a vencer o Campeonato de Lisboa.
Fomentou o ecletismo desportivo, tendo sido guarda-redes de hóquei em campo. Fixou as regras do hóquei em patins e arbitrou o primeiro desafio desta modalidade, em 1917. Foi o maior entusiasta da construção do Campo das Amoreiras, inaugurado em 1925.
Embora tenha sido a principal figura do Benfica durante décadas, nunca foi presidente, tendo recusado o cargo por diversas vezes, preferindo o lugar de treinador. Em função disso, esteve 18 épocas consecutivas no comando técnico do clube. Costuma dizer-se que Cosme Damião não foi presidente do Benfica porque não quis, o que é mesmo verdade pois – em 1926 – concorreu às eleições para a Direcção, tendo encabeçado uma lista que saiu vencedora. Recusou no entanto o cargo de presidente, alegando ser demasiado novo para assumir tal responsabilidade.
Foi dado o seu nome ao Museu do Benfica

quarta-feira, 10 de junho de 2015

10 DE JUNHO - HAFEZ AL-ASSAD

EFEMÉRIDEHafez al-Assad, presidente da Síria desde 1971 até à sua morte, faleceu em Damasco no dia 10 de Junho de 2000, vítima de crise cardíaca. Nascera em Qardaha, em 6 de Outubro de 1930. Sucedeu-lhe o filho Bashar al-Assad.
De origem humilde, foi o primeiro membro da família a frequentar o liceu, estudando seguidamente na Academia Militar, onde o ensino era gratuito. Aluno brilhante, foi enviado depois para a URSS, durante onze meses, a fim de completar a sua formação militar.
Era militante do partido Baas desde os 16 anos. Opôs-se activamente à união entre a Síria e o Egipto (1958), no seio da República Árabe Unida, devido ao ascendente do Egipto de Nasser. Ao fracassar a unificação em 1961, chegou a estar preso alguns dias no Cairo, o que fez aumentar ainda o seu prestígio na Síria.
Foi nomeado chefe do estado-maior da Força Aérea em 1964. Enquanto ocupava este cargo, a Síria sofreu uma humilhante derrota frente a Israel, na Guerra dos Seis Dias, com a perda de quase toda a frota aérea e parte do território. Esta derrota veio acelerar a instauração de um duro regime militar.
Em 1970, Hafez al-Assad aproveitou a sua posição privilegiada junto dos militares para chefiar um golpe de estado. Pouco tempo depois de tomar o poder, iniciou algumas reformas tímidas e incrementou a capacidade das forças armadas. Aliou-se com o Egipto em 1973, provocando a Guerra do Yom Kippur, que tinha como objectivo recuperar de Israel os Montes Golã. Com o fracasso da operação, reforçou a sua aliança com a URSS.
Dentro da estratégia política da região, ocupou militarmente o Líbano em 1976, a pedido das autoridades libanesas, com o argumento de assim poder estabelecer uma força de interposição e pacificação no conflito com Israel.
O balanço dos seus quase trinta anos de poder é por demais controverso. Às críticas contra a sua política interna repressiva, opõem-se analistas – mesmo ocidentais – que vêem nele um temível negociador e um homem que fez da Síria um interlocutor incontornável para a resolução dos problemas no Próximo Oriente

terça-feira, 9 de junho de 2015

9 DE JUNHO - SOLVEIG NORDLUND

EFEMÉRIDESolveig Nordlund, cineasta sueca naturalizada portuguesa, nasceu em Estocolmo no dia 9 de Junho de 1943. Tirou um bacharelato em História da Arte, na Universidade de Estocolmo. Em 1962, conheceu Alberto Seixas Santos e o seu interesse pelo cinema acentuou-se. Só a partir de 1970, no entanto, é que decidiu enveredar pela carreira cinematográfica.
Foi assistente em vários filmes: “Quem Espera por Sapatos de Defunto Morre Descalço” de João César Monteiro (1969/70), “O Recado” de José Fonseca e Costa (1970/71), “Pedro Só” de Alfredo Tropa (1970/71) e “Fragmentos de Um Filme-Esmola” também de João César Monteiro (1972).
Com “Brandos Costumes” de Alberto Seixas Santos (1973/74), o seu nome começou a surgir nos genéricos de várias películas como montadora. Nestas funções, assinou filmes de Manoel de Oliveira, João Botelho e Thomas Harlan, bem assim como vários documentários políticos.
Em 1973/74, foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian e fez estágios de cinema em Paris, sob orientação – entre outros – de Jean Rouch. Em 1974, trabalhou na Cinequipa e, em 1975, na Cinequanon, onde fez a montagem de séries televisivas. Fundadora do Grupo Zero, participou em vários filmes colectivos, entre os quais “A Lei da Terra” (1976). Em 1978, estreou-se na ficção com “Nem Pássaro Nem Peixe”.
Realizou, em colaboração com o Teatro da Cornucópia, vários filmes sobre peças de teatro de Franz Xaver Kroetz (“Música Para Si”, “Viagem Para a Felicidade,” ambos de 1978 e “Outras Perspectivas” de 1980) e de Karl Valentin (“E Não se Pode Exterminá-lo?” - 1979).
A sua primeira longa-metragem foi “Dina e Django” (1983), a que se seguiram “Até Amanhã, Mário” (1994), “Comédia Infantil” (1998), “Aparelho Voador a Baixa Altitude” (2002) e “A Filha” (2003). Foi também realizadora de curtas-metragens e de documentários sobre escritores, como Marguerite Duras e António Lobo Antunes. Fundou a sociedade Ambar Filmes. Em 2009, realizou “O Espelho Lento”, uma curta-metragem baseada num conto de Richard Zimler.
Estreara-se na direcção teatral em 1998, com “A Noite é Mãe do Dia” de Lars Norén, para o Centro Cultural de Belém e Centro Cultural da Malaposta. Colaborou depois com o grupo Artistas Unidos, para o qual encenou: “Vai Vir Alguém” e “Sonho de Outono” de Jon Fosse; e “Traições” e “Há Tanto Tempo” de Harold Pinter.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

8 DE JUNHO - PEDRO GRANGER

EFEMÉRIDEPedro Maria Guerra Tavares Granger Rodrigues, actor e apresentador português, nasceu em Lisboa no dia 8 de Junho de 1979. Estudou na New York Film Academy. Seguiu também um curso de iniciação às técnicas de representação para cinema e televisão ministrado por António Pedro Vasconcelos, Nicolau Breyner e Jean Paul Bucchieri. Estudou expressão corporal com Luca Aprea do Teatro Meridional, no Teatro da Comuna.
Na Rádio Televisão Portuguesa, protagonizou 5 séries televisivas (1999/2002) e apresentou o concurso “O Elo Mais Fraco” (2011) e o Festival RTP da Canção (2012).
Na SIC, protagonizou igualmente 5 séries (1999/2013) e apresentou a versão portuguesa de “Ídolos”, juntamente com Sílvia Alberto. Na TVI, participou em 12 séries e programas de televisão (2000/14).
Fez parte do elenco de 12 filmes (2000/13), tendo sido dirigido, entre outros, pelos seguintes realizadores: Joaquim Leitão, Nicolau Breyner, Greg Vandentillaart, Gonçalo Galvão Teles e Tiago Guedes de Carvalho.
Entrou em três peças de teatro (“O rapaz dos desenhos”, “(O)pressão” e “O que estás a pensar?”). Tem feito dobragens em vários filmes, publicidade e letras para canções de alguns grupos portugueses. É autor da música (e intérprete) de “No Brilho da Lua”, banda sonora da telenovela “Lenda da Garça”. 

domingo, 7 de junho de 2015

7 DE JUNHO - DINO RISI

EFEMÉRIDEDino Risi, realizador italiano, considerado um dos pais da comédia italiana, morreu em Roma no dia 7 de Junho de 2008. Nascera em Milão, em 23 de Dezembro de 1916. Realizou 54 filmes ao longo de meio século, nos quais retratou subtilmente a sociedade italiana.
Filho de um médico, formou-se em Medicina na sua cidade natal, onde se especializou em Psiquiatria. Antes de se lançar no cinema, foi também crítico, guionista e produtor de documentários. Durante a Segunda Guerra Mundial, refugiou-se na Suíça onde estudou cinema com o actor e realizador belga Jacques Feyder.
Iniciou a sua carreira cinematográfica como assistente de Mario Soldati, em “Piccolo Mondo Antico” (1941), e de Alberto Lattuada, em “Giacomo l'idealista” (1942). Filmou cerca de 20 curtas-metragens na década de 1940.
Nos anos 1950, instalou-se em Roma e tornou-se um dos grandes realizadores das comédias à italiana, ao lado de Ettore Scola, Luigi Comencini, Mario Monicelli e Pietro Germi.
Em 1951 filmou “Vacanze Col Gangster”, mas o grande sucesso chegou com “Il Segno di Venere” e “Pane, Amore E...”, ambos de 1955 e protagonizados pela dupla Sophia Loren e Vittorio De Sica. Ao longo da sua carreira, trabalharia com outros grandes actores como Vittorio Gassman, Ugo Tognazzi, Alberto Sordi, Nino Manfredi, Marcello Mastroianni e Monica Vitti.
O êxito de “Poveri Ma Belli”, lançado em 1956, foi tão grande que gerou duas continuações com os mesmos personagens: “Bella Ma Povere” (1957) e “Poveri Milionari” (1959).
Outro grande sucesso foi “Il Sorpasso” (1962), filme que é considerado a sua obra-prima e onde explora as principais características da maioria dos seus filmes: crítica social, humor corrosivo, compreensão profunda das fraquezas humanas e consciência melancólica da passagem do tempo. No ano seguinte, outro êxito com “I Mostri”.
Ainda dois destaques na carreira de Risi são “In Nome Del Popolo Italiano”, um dos seus filmes com maior teor de crítica social, e “Profumo Di Donna”, de 1974, que teve no elenco Vittorio Gassman e Agostina Belli. A película foi premiada com o César de Melhor Filme Estrangeiro.
Nas décadas de 1980 e 1990, a obra de Risi perdeu parte da anterior força. Os seus últimos trabalhos foram para a televisão. Em 2002, recebeu um Leão de Ouro, no Festival de Cinema de Veneza, pelo conjunto da sua obra. 

ANTÍTESE


sábado, 6 de junho de 2015

6 DE JUNHO - GERHART HAUPTMANN

EFEMÉRIDEGerhart Johann Robert Hauptmann, romancista e dramaturgo alemão, morreu em Jelenia Gora no dia 6 de Junho de 1946. Nascera em Ober Salzbrunn, na Silésia, em 15 de Novembro de 1862. Laureado com o Prémio Nobel de Literatura de 1912 e com o Prémio Goethe em 1932, foi um dos responsáveis pela introdução das tendências naturalistas no teatro alemão.
Abandonou a escola aos 15 anos, indo trabalhar no campo, juntamente com um tio. Estudou depois escultura em Breslau, durante dois anos, e interessou-se mais tarde por História, Filosofia e Ciências. Viajou pela Itália, Espanha e Suíça. Pensava ir à Grécia, fascinado pelo classicismo antigo, mas viu-se obrigado a regressar ao seu país, por motivos de saúde.
Radicou-se então em Erkner, perto de Berlim (1885), onde passou a dedicar-se à literatura e publicou a sua primeira peça, “Vor Sonnenaufgang” (1889). Mais tarde, apresentou “Einsame Menschen” (1891) e a sua obra-prima “Die Weber” (“Os Tecelões”, 1892), uma peça sobre uma revolta frustrada de proletários que se vêem acossados pela mecanização e pela fome.
Outras peças da sua autoria foram: “Der Biberpelz” (1893), “Hanneles Himmelfart” (1893), “Fuhrmann Henschel” (1899) e “Rose Bernd” (1903). O naturalismo, a Silésia, a luta de classes, ladrões sagazes e magistrados incipientes, a arrogância das autoridades prussianas e um tom satírico foram as traves mestras da maioria das suas peças. Na viragem do século, começou a escrever peças poéticas/simbólicas. No romance “Emanuel Quint der Narr in Christo” (1910), mostrou como o evangelho seria recebido, se Cristo surgisse novamente ao mundo.
Nos últimos anos de vida, mostrou de novo interesse pelo teatro grego e preparou – no maior secretismo – uma peça antinazi, intitulada “Aus der Finsternis” (1943).
Além de uma abundante produção teatral, Gerhart Hauptmann foi autor igualmente de poemas, em prosa e em verso, onde perpassam acontecimentos da sua vida pessoal. Escreveu também vários romances, entre os quais “Wickelmann”, publicado a título póstumo em 1954, e alguns poemas épicos, como “Der Grosse Traum” (1942). 

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