EFEMÉRIDE
– Pierre Reverdy, poeta francês associado ao Surrealismo e ao Cubismo,
do qual se tornou o principal teórico na sua transposição para a Literatura (após
a morte de Apollinaire), nasceu em Narbonne no dia 13 de Setembro de 1889.
Morreu em Solesmes, em 17 de Junho de 1960. Teve uma influência notável na
poesia moderna em língua francesa.
Estudou
em Toulouse e em
Narbonne. Chegou a Paris em Outubro de 1910. No bairro de
Montmartre, encontrou os seus primeiros amigos: Guillaume Apollinaire, Max
Jacob, Louis Aragon, André Breton, Philippe Soupault e Tristan Tzara.
Durante
dezasseis anos, viveu apenas para criar livros. Os seus companheiros eram Pablo
Picasso, Georges Braque e Henri Matisse. Todo este período está ligado, de
perto ou de longe, ao desenvolvimento do Surrealismo, de que ele foi um
dos principais inspiradores. A sua concepção de imagem poética teve, em
particular, uma grande influência sobre o jovem André Breton e a sua teorização
do movimento surrealista.
Quando
da guerra, Pierre Reverdy viveu na mais profunda pobreza, acentuada no Inverno
pelo frio e pela falta de carvão. Em Março de 1917, foi publicado o nº 1 da
revista “Nord-Sud”, que ele projectara no fim de 1916 e na qual
colaboraram poetas do Dadaísmo e, depois, do Surrealismo. O pintor
Juan Miro viria a representar a revista num dos seus quadros, em homenagem a
Reverdy e aos poetas que ele admirava. Nos 14 números publicados em 1917/18,
desfilaram – entre outros – os nomes de André Breton, Philippe Soupault, Louis
Aragon e Tristan Tzara, então líderes do movimento Dada.
No
princípio dos anos 1920, Pierre Reverdy foi amante de Coco Chanel, a
quem dedicou numerosos poemas. No último ano da sua vida, escreveu “Sable
mouvant”, o seu testamento poético. Picasso diria que «Reverdy escrevia
como se pintasse”.
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