terça-feira, 12 de janeiro de 2016

12 DE JANEIRO - JÜRG FEDERSPIEL

EFEMÉRIDEJürg Federspiel, escritor suíço, morreu em Basileia no dia 12 de Janeiro de 2007. Nascera em Lindau, cantão de Zurique, em 28 de Junho de 1931.
É um dos principais nomes da literatura suíça de expressão alemã, chegando a ser considerado como o mais internacional escritor suíço da sua geração. Notabilizou-se ao escrever obras como: “Museu dos ódios” (1969), “Balada de Maria Tifos” (1982) e “Geografia do Prazer” (1989), o romance que é considerado a sua obra-prima. Ao longo da carreira literária, publicou mais de vinte romances e colectâneas de contos. Os seus livros foram traduzidos para seis idiomas.
A primeira vez que Federspiel chamou a atenção foi em 1961, quando publicou “Laranjas e Mortes”. O influente crítico literário Marcel Reich-Ranicki apontou-o, então, como uma das grandes esperanças da literatura suíça.
Foi muito influenciado pelo estilo de contos americanos. Segundo as suas palavras, «antes da Segunda Guerra Mundial havia muitas traduções de autores como Ernest Hemingway e William Faulkner. Li esses livros e fiquei fascinado por esse novo mundo que se abria para mim.».
Viveu oito anos em Nova Iorque, rendendo-se ao charme da cidade. A sua escrita nova-iorquina foi feita de contos e ensaios, tais como: “Museum des Hasses”, “Die beste Stadt für Blinde und andere Berichte” e “Kilroy”.
Em língua inglesa, talvez tenha sido o romance “Die Ballade von der Typhoid Mary” (“The Balade of Tiphoid Marie”, na versão inglesa) a obter maior sucesso. Considerado um trabalho de crítica social, é baseado na história real de Mary Mallon que, na Nova Iorque do início do século XX, se recusou a aceitar que era a fonte de numerosos surtos de febre tifóide. De qualquer forma, o autor afirmaria que a novela tinha apenas cinco por cento de realidade e o resto era ficção.
O seu livro mais conhecido na Alemanha é “Geographie der Lust” (“Geografia do Prazer”), a história de uma bela mulher que aceita uma proposta milionária para deixar tatuar um mapa nas suas nádegas. Enquanto o milionário se apaixona por ela, a mulher escolhe casar com um cego que – assim – nunca verá a marca gravada na sua pele. As feministas criticaram o livro, mas o autor estava longe de conseguir consensos, sendo um escritor controverso.
Federspiel, de 75 anos de idade, que sofria de diabetes e da doença de Parkinson e que já não escrevia há 6 anos, desapareceu no dia 12 de Janeiro de 2007. Foi encontrado morto, um mês e meio depois, numa barragem no rio Reno. O corpo foi descoberto acidentalmente por uma pessoa que passava no local e que o avistou a boiar, chamando a polícia.
Jürg Federspiel não se preocupava muito com o facto de vir a morrer, sendo a morte um tema recorrente na sua obra. Casou-se três vezes e deixou um filho. 

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