quinta-feira, 31 de março de 2016

31 DE MARÇO - JEAN-FRANÇOIS DUCIS

EFEMÉRIDEJean-François Ducis, poeta e dramaturgo francês, membro da Academia Francesa de Letras, morreu em Versalhes no dia 31 de Março de 1816. Nascera na mesma localidade em 23 de Agosto de 1733.
Nascido numa família modesta, recebeu uma cuidada educação religiosa e fez os seus estudos num internato e num colégio de Versalhes. Aos dezoito anos, passou a ser secretário de um mercador de Belle-Isle, que ele acompanhava nas suas visitas de inspecção. Mais tarde, este seu protector autorizou-o a deixar o emprego, mantendo-lhe o salário, para que ele se pudesse dedicar ao teatro. Um tio, que era arquitecto do rei, também o ajudou durante vários anos.
Em 1768, apresentou na Comédie-Française a sua “Tragédia de Amélise”, que foi pateada do princípio ate ao fim. Redimiu-se deste fracasso, fazendo representar “Hamlet” de Shakespeare, numa adaptação alterada e por si elaborada (1769). Dedicou-se depois a adaptar ao gosto francês diversas peças do famoso dramaturgo. Ducis não compreendia a língua inglesa, mas trabalhava a partir de traduções, algumas delas já de si pouco fiéis…
Sempre com a finalidade de agradar ao público e aos costumes franceses, apresentou “Romeu e Julieta” em 1772, amputando a peça de várias cenas e acrescentando outras.  
Em 1778, fez representar “Œdipe chez Admète”, uma colagem bizarra de “Alceste” de Eurípides  e de “Œdipe” de Sófocles. Foi um sucesso e Ducis foi eleito nesse ano para a Academia de Letras. O seu discurso de recepção foi muito aplaudido.
Em 1783, escreveu uma nova adaptação de Shakespeare, “O Rei Lear”, na qual não se reconhece quase nada da peça original, mas que teve imenso sucesso. Levado em triunfo, o autor foi trazido ao palco para receber os aplausos do público.
Em 1784, foi a vez de “Macbeth”, mas teve menos sucesso. “João sem Terra”, em 1791, foi um fracasso. No ano seguinte, “Otelo” mereceu de novo o entusiasmo do público. 
Deixando as adaptações de Shakespeare, Ducis escreveu uma tragédia original – “Abufar” –  representada em Abril de 1795. Tendo tido muito boa aceitação, seguiu-se “Phédor e Waldamir”.
Jean-François Ducis renunciou então ao teatro, aposentou-se em Versalhes e dedicou o seu tempo a ler a “Bíblia”, Horácio, Virgílio e La Fontaine. Napoleão quis fazê-lo senador, mas ele recusou dizendo que «era católico, poeta, republicano e solitário, o que não jogava bem com cargos oficiais». Recebeu das mãos de Luís XVIII a Legião de Honra, que tinha recusado a Napoleão I.  
Até à sua morte, em 1816, escreveu várias poesias que são o espelho da sua simplicidade, da sua felicidade e do seu amor pela natureza.

quarta-feira, 30 de março de 2016

30 DE MARÇO - SEÁN O'CASEY

EFEMÉRIDESeán O'Casey (Sean O'Cathasaigh em irlandês), um dos principais dramaturgos irlandeses, nasceu em Dublin no dia 30 de Março de 1880. Morreu em Torquay, na Inglaterra, em 18 de Setembro de 1964.
Como socialista e nacionalista convicto, ele foi o primeiro dramaturgo irlandês a escrever sobre as classes populares urbanas do seu país. As suas peças são particularmente conhecidas também pelo tratamento simpático que ele dá às personagens femininas.
Seán cresceu num bairro operário, no norte de Dublin. Durante a infância, foi sempre fiel e muito próximo da Igreja da Irlanda, um elo que ele viria a quebrar quando começou a interessar-se pela política e se juntou à Liga Gaélica (1906). Foi então que mudou o seu nome de Sean O'Cathasaigh para Seán O'Casey. 
A sua “Trilogia de Dublin”, composta por 3 obras que escrevera antes, evoca os momentos chave da história irlandesa: a insurreição da Páscoa de 1916, a guerra da independência (1919/21) e a guerra civil que se seguiu à divisão do país.
O modo de falar dos seus personagens é muito próximo do utilizado pelas classes populares irlandesas. Em 1929, o escritor W. B. Yeats recusou-se a apresentar a peça “ The Silver Tassie” no Teatro da Abadia, temendo as reacções do público. O’Casey partiu para Inglaterra, onde ficou até ao fim dos seus dias.
Escreveu cerca de 30 peças de teatro (1917/61) e seis registos autobiográficos (entre 1939 e 1954). O filme “O Jovem Cassidy” (1965), de John Ford e Jack Cardiff, descreve o princípio da vida de Seán O'Casey em Dublin. 

terça-feira, 29 de março de 2016

TOM JOBIM & ELIS REGINA - "Águas de Março"


29 DE MARÇO - TEÓFILO STEVENSON

EFEMÉRIDETeófilo Stevenson Lawrence, pugilista e engenheiro cubano, nasceu em Puerto Padre no dia 29 de Março de 1952. Morreu em Havana, em 11 de Junho de 2012. Foi tricampeão olímpico dos pesos pesados e é considerado por muitos como o melhor pugilista amador de todos os tempos.
O pai era um imigrante anglófono da ilha de São Vicente (Antilhas) e a mãe, apesar de nascida em Cuba, era filha de imigrantes provenientes de São Cristóvão. O seu progenitor também tinha sido pugilista, mas Teófilo beneficiou de mais facilidades por se ter iniciado já sob o regime de Fidel Castro, que apoiava fortemente os desportos amadores.
Conhecido como o “Gigante del Central Delicias”, conquistou o ouro olímpico em três jogos seguidos (Munique 1972, Montreal 1976 e Moscovo 1980) e foi por três vezes Campeão Mundial Amador (entre 1972 e 1986), na categoria de pesos pesados (mais de 90 kg). Dos 321 combates que disputou, em vinte anos de carreira, venceu 301 e nunca perdeu por KO.
Com 1,90 m de altura e um peso médio de 93 kg, Teófilo é considerado o melhor pugilista não profissional de todos os tempos, com a devida moderação, pois os atletas de destaque são patrocinados pelo Estado nos regimes socialistas.
Sabe-se que Teófilo recebeu várias ofertas de dinheiro – fala-se mesmo em 5 milhões de dólares – para que se tornasse profissional nos Estados Unidos. Tais ofertas foram rechaçadas publicamente, o que lhe valeu uma protecção ainda maior do governo cubano.
Por diversas vezes, foi anunciado que Teófilo lutaria contra Muhammad Ali, mas problemas técnicos (número de assaltos e local da luta) e políticos (as relações tensas entre Cuba e Estados Unidos) impediram que tal acontecimento se realizasse.
Por causa do bloqueio a Cuba, Teófilo não esteve presente nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984. Após disputar o Campeonato Mundial em 1986, decidiu afastar-se dos ringues e dedicar-se apenas às actividades de engenheiro.
Em 2006, ocupou um cargo de director da Federação Cubana de Boxe. Foi também deputado da Assembleia Nacional. Nos últimos anos de vida, foi vice-presidente da Federação Cubana de Boxe e trabalhou na Comissão Nacional de Atendimento a Atletas Aposentados e no Instituto Nacional de Desportos e Educação Física.
Faleceu aos 60 anos de idade, num hospital de Havana, vítima de enfarto agudo do miocárdio.

segunda-feira, 28 de março de 2016

28 DE MARÇO - RICHARD GRIFFITHS

EFEMÉRIDERichard Griffiths, actor britânico, morreu no Hospital Universitário de Coventry em 28 de Março de 2013. Nascera em Thornaby-on-Tees no dia 31 de Julho de 1947.
Era um dos actores favoritos na Grã-Bretanha e interpretava estilos muito diferentes nos filmes em que participava. Ficou na memória do público, sobretudo, por ter incarnado Vernon Dursley, o antipático tio de Harry Potter, em todos os filmes desta saga.
Era filho de pai e mãe operários e surdos-mudos, o que o levou a aprender a linguagem gestual. Teve uma infância movimentada, com várias tentativas de fuga e deixando a escola aos quinze anos de idade. Contratado como porteiro, o patrão encorajou-o a regressar aos estudos, o que ele fez. Seguiu então um curso de Arte Dramática no Stockton & Billingham College e estudou na Manchester School of Theatre.
Acabados os estudos, encontrou um lugar na BBC Radio, trabalhando simultaneamente em pequenos teatros como actor e, mesmo, como director. Instalou-se depois em Manchester, para poder representar papéis mais importantes, fazendo também pequenas aparições em séries televisivas. 
Chamou a atenção de Trevor Nunn, director artístico da Royal Shakespeare Company, que o aconselhou a mudar-se para Londres, o que ele fez, passando a subir aos palcos integrado naquela companhia teatral e interpretando papéis de relevo.
Em 1977, apareceu pela primeira vez no cinema em “It Shouldn't Happen to a Vet”. Interpretou depois pequenos papéis em grandes produções, como “Super-homem 2” e “Chariots of Fire”. Foi o seu papel no filme “Withnail and I”, em 1987, que o revelou ao grande público britânico. Tornou-se igualmente popular através   de várias presenças em séries de televisão.
Em 2001, tornou-se conhecido também no estrangeiro com o filme “Harry Potter and the Philosopher's Stone”, num papel que ele manteria em todos os outros filmes de Harry Potter. 
Em 2004, protagonizou a peça “The History Boys”. Em 2006, ganhou o Tony Award de Melhor Actor com uma peça em Nova Iorque e o Laurence Olivier Award de Melhor Actor com outra peça em Londres.
Ainda no teatro, em 2007, contracenou com Daniel Radcliffe (Harry Potter) na peça “Equus”. Em 2011, entrou noutras grandes produções. De Maio a Julho de 2012, fez parte do elenco de “The Sunshine Boy”.
Ficou conhecido pelos seus maus modos contra o toque de telemóveis nas salas de espectáculos, não hesitando em parar no meio de uma representação para admoestar o espectador em questão. Em 2004, fez mesmo expulsar de uma sala um espectador cujo celular tocara várias vezes.  
Conheceu a sua futura esposa, Heather Gibson, em 1973, quando os dois representavam a peça “O Leque de Lady Windermere” de Oscar Wilde. Casaram-se em 1980.
Em 2008, foi feito Oficial da Ordem do Império Britânico pela sua carreira de actor. Morreu com 65 anos, vítima de complicações após uma cirurgia cardíaca. 

domingo, 27 de março de 2016

27 DE MARÇO - MÁRIO EMÍLIO DE MORAIS SACRAMENTO

EFEMÉRIDEMário Emílio de Morais Sacramento, médico, escritor e político português, morreu no Porto em 27 de Março de 1969. Nascera em Ílhavo no dia 7 de Julho de 1920. Destacou-se como uma importante figura do movimento de oposição ao regime do Estado Novo.
Fez os estudos secundários no Liceu de Aveiro, onde foi activista estudantil, razão pela qual chegou a estar preso. Matriculou-se em Medicina na Universidade de Coimbra, mas apenas concluiu os seus estudos depois de ter frequentado as escolas médicas do Porto e de Lisboa (onde se licenciou em 1946). Obteve em Paris uma especialização em gastrenterologia (1961).
Desde muito cedo se interessou pela escrita, colaborando em diversos periódicos, entre os quais “O Diabo”, “o Sol Nascente”, “Vértice”, “Diário de Lisboa” e “Mundo Literário” (1946/48).
Observador interessado do panorama literário português, Mário Sacramento publicou diversos ensaios sobre a obra de escritores como Eça de Queiroz, Cesário Verde, Fernando Namora e Fernando Pessoa. A qualidade dos seus trabalhos trouxe-lhe a admiração da intelectualidade portuguesa da época.
Ainda estudante, Mário Sacramento integrou-se na tradição do republicanismo democrático português, aderindo ao movimento de oposição a Salazar. Neste contexto de resistência à ditadura, militou no Partido Comunista Português, ao tempo o melhor estruturado dos movimentos oposicionistas em Portugal.
Foi membro da comissão central da organização de juventude do Movimento de Unidade Democrática (MUD Juvenil). Nessas funções, ganhou grande notoriedade, transformando-se numas das figuras de referência da resistência ao corporativismo salazarista.
A sua actividade de crítica literária guindou-o ao papel de principal teórico do movimento neo-realista em Portugal. Participou em múltiplas conferências sobre literatura e publicou uma extensa obra de crítica e de análise literária, que inclui ensaios marcantes, entre os quais “Eça de Queirós, uma Estética da Ironia” (1945, Prémio Oliveira Martins), “Fernando Pessoa, Poeta da Hora Absurda” (1959), “Fernando Namora, a Obra e o Homem” (1967) e “Há uma Estética Neo-Realista?” (1968).
Foi secretário-geral e principal obreiro da comissão promotora do Primeiro Congresso Republicano, um fórum da oposição democrática que se reuniu em Aveiro no ano de 1957. Liderou a organização do Segundo Congresso Republicano, também realizado em Aveiro, embora tenha falecido pouco antes da sua realização. Uma parte importante das suas obras de ensaio está reunida nos três volumes, parcialmente póstumos, de “Ensaios de Domingo” (1959, 1974 e 1990).
O seu pensamento político e filosófico está compilado no volume “Frátria, Diálogo com os Católicos” (1971), obra que inclui o debate que travou – entre 1967 e 1969 – com Mário da Rocha sobre o papel dos católicos e do movimento eclesial na evolução política portuguesa.
Mário Sacramento foi cinco vezes detido pela PIDE (policia política), a primeira das quais em 1938 e a última em 1962.
O seu nome é lembrado numa das mais importantes artérias de Aveiro, tendo sido dado também o seu nome a uma escola secundária na mesma cidade. Uma curiosa frase que ele nos legou: «Façam o mundo melhor, ouviram? Não me obriguem a voltar cá!». 

sábado, 26 de março de 2016

SER PORTUGUÊS (glosa de quadra)

«Tudo é belo na terra portuguesa
Que faz do seu jardim nobre salão:
O culto da amizade e da franqueza,
A paisagem, a história, a tradição.»
F. Henriques

  
SER PORTUGUÊS


Escusado percorrer todo o Mundo,
Em busca da verdadeira beleza.
Aqui, mesmo ao lado do mar profundo,
Tudo é belo na terra portuguesa.

Não deixes de visitar Portugal,
Sente rejubilar o coração.
É um país que não tem igual,
Que faz do seu jardim nobre salão.

Aqui, só vais encontrar gente boa.
Saber amar é a nossa riqueza.
Há no Minho, Algarve ou Lisboa
O culto da amizade e da franqueza.

Amizade que abrange toda a gente,
Sem olhar a cor ou religião.
Portugal é um país diferente:
- A paisagem, a história, a tradição!

Gabriel de Sousa

AMIZADES, LEVA-AS O VENTO? (soneto)

AMIZADES,
LEVA-AS O VENTO?

Quis ter bons amigos p’ra toda a vida,
Que fossem quase meus familiares,
Mas neste mundo, de tantos azares,
Há muita gente desaparecida…

…P’ra novos rumos e sem despedida,
Navegando talvez por outros mares
Ou voando por outros céus e ares.
Deles resta a ausência sentida.

Faço aqui minha triste confissão:
- Amigo maior que o pensamento,
Que era a minha maior ambição,

Se houve, foi levado pelo vento,
Só deixando como recordação
Saudades sem fim e o meu lamento.  


Gabriel de Sousa

26 DE MARÇO - JOÃO SOARES LOURO

EFEMÉRIDEJoão Soares Louro, administrador de empresas, antigo presidente da RTP, morreu em Lisboa no dia 26 de Março de 2007. Nascera em Faro, em 12 de Fevereiro de 1933.
Soares Louro era algarvio de nascimento, mas foi em Lisboa que desenvolveu toda a sua carreira de administrador, de que se destacou a sua liderança num momento de viragem da televisão pública portuguesa.
Esteve ligado à política, tendo sido dirigente nacional do Partido Socialista durante vários anos. Na legislatura de 1976 a 1978, foi eleito deputado pelo círculo de Lisboa. Entretanto, foi chamado a integrar o I Governo Constitucional, liderado por Mário Soares, como subsecretário de Estado para a Comunicação Social.
Soares Louro foi presidente do Conselho de Administração da Radiotelevisão Portuguesa (RTP), entre 1978 e 1980. Durante este período, promoveu uma profunda transformação da estação televisiva estatal, que passou pelo seu redimensionamento, reequipamento e equilíbrio financeiro, numa altura em que se passou da transmissão a preto e branco para as emissões a cores.
Foi responsável pela criação do Centro de Formação da RTP, que levou para este canal vários jovens jornalistas, que se tornariam nomes grandes do jornalismo português, como Miguel Sousa Tavares, Margarida Marante, António Mega Ferreira e Maria Elisa.
Durante o seu mandato, foram ainda criadas a Radiotelevisão Comercial (RTC), da qual viria a ser administrador, e o Grupo Editorial da Empresa TV Guia. No início da década de 1990, presidiu também aos destinos da Radiodifusão Portuguesa.
Ocupou o cargo de Provedor da Qualidade do Parque das Nações, desde 1999. A partir de 2005, integrou o Conselho de Administração da Parque Expo, como administrador não executivo, e – desde 2006 – fez parte do Conselho de Administração da Atlântico – Pavilhão Multiusos de Lisboa.
Na docência, destacou-se como mestre de conferências na área da Comunicação Social na Universidade Fernando Pessoa, no Porto, entre 1993 e 1996, e pela sua colaboração com a Universidade Nova de Lisboa no ensino das Tecnologias dos Meios.
Faleceu aos 74 anos, no Hospital de Santa Maria em Lisboa, vítima de doença prolongada. Encontrava-se internado há dois meses, naquela unidade de saúde.

sexta-feira, 25 de março de 2016

25 DE MARÇO - LEILA DINIZ

EFEMÉRIDELeila Roque Diniz, actriz brasileira, nasceu em Niterói no dia 25 de Março de 1945. Morreu em Nova Deli, Índia, em 14 de Junho de 1972.
Depois de finalizar os estudos, foi professora num jardim-de-infância nos arredores do Rio de Janeiro. Aos dezassete anos, conheceu aquele que viria a ser o seu primeiro marido, o cineasta Domingos de Oliveira. O relacionamento durou apenas três anos.
Surgiu-lhe a oportunidade de trabalhar como actriz. Primeiro, estreou-se no teatro e, depois, passou a trabalhar na TV Globo, actuando em telenovelas. Mais tarde, casou-se com o cineasta moçambicano Ruy Guerra, com quem teve uma filha – Janaína. Participou, ao todo, em catorze filmes, doze telenovelas e várias peças teatrais.
Leila Diniz quebrou tabus numa época em que a repressão dominava o Brasil, escandalizou ao exibir a sua gravidez de biquíni na praia e chocou o país inteiro ao proferir a frase: “Faço amor de manhã, à tarde e à noite». Era considerada uma mulher à frente de seu tempo, ousada e que detestava convencionalismos. Foi invejada e criticada pela sociedade conservadora das décadas de 1960 e 1970 e pelas feministas.
Leila falava da sua vida pessoal sem nenhum tipo de vergonha ou constrangimento. Concedeu diversas entrevistas marcantes à imprensa, mas a que causou grande furor no país foi a que deu ao jornal “O Pasquim” em 1969. Nessa entrevista, ela – a cada trecho – dizia palavrões que na publicação foram substituídos por asteriscos. Declarou então ao entrevistador «Você pode muito bem amar uma pessoa e fazer sexo com outra. Já aconteceu comigo».
O exemplar mais vendido do jornal foi justamente esse. E foi também, depois dessa publicação, que foi instaurada a censura prévia na imprensa, mais conhecida como “Decreto Leila Diniz”. Perseguida pela polícia política, Leila escondeu-se na casa do seu colega de trabalho Flávio Cavalcanti, tornando-se mais tarde jurada do programa deste apresentador, justamente no momento em que foi acusada de ter ajudado militantes de esquerda. Alegando razões morais, a TV Globo não lhe renovou o contrato.
Meses depois, Leila reabilitou o teatro de revista e iniciou uma curta e bem sucedida carreira de vedeta. Protagonizou a peça tropicalista “Tem banana na banda”, improvisada a partir dos textos de Millôr Fernandes, Luiz Carlos Maciel, José Wilker e Oduvaldo Viana Filho. Recebeu o título de Rainha das Vedetas. No Carnaval de 1971, foi eleita Rainha da Banda de Ipanema.
Morreu num acidente aéreo com um avião da Japan Airlines. Tinha 27 anos, estava no auge da fama e regressava de uma viagem à Austrália. A actriz Marieta Severo e o cantor Chico Buarque de Holanda, seus amigos, cuidaram da filha de Leila Diniz e Ruy Guerra, durante muito tempo, até o pai ter condições para ficar com ela.
Um cunhado que era advogado foi a Nova Deli, local do desastre, para tratar dos seus restos mortais. Encontrou um diário que continha diversas anotações e uma última frase, que provavelmente se referia ao acidente: «Está acontecendo alguma coisa muito es....».

quinta-feira, 24 de março de 2016

24 DE MARÇO - JOSÉ DOS SANTOS FERREIRA

EFEMÉRIDEJosé Inocêncio dos Santos Ferreira, também conhecido por Adé, escritor luso macaísta e grande defensor do patuá de Macau, língua crioula da região, morreu em Hong Kong no dia 24 de Março de 1993. Nascera em Macau, em 28 de Julho de 1919.  
Viveu em Macau durante grande parte da sua vida. O pai era português oriundo de Portugal e a mãe era natural de Macau.
Além de escritor, José dos Santos Ferreira foi funcionário público, tendo sido chefe da secretaria do Liceu Nacional Infante D. Henrique.
Depois de reformado, foi secretário-geral da Sociedade de Turismo e Diversões de Macau e professor de português para alunos chineses. Foi também um colaborador assíduo do “China Mail” de Hong Kong, da agência de notícias norte-americana “Associated Press” e ainda de vários jornais portugueses editados em Macau, como o semanário “O Clarim”.
Sendo um grande amante do desporto, foi fundador e dirigente de várias associações, organismos e clubes desportivos de Macau, como a Associação de Futebol de Macau, o Hóquei Clube de Macau e o Conselho Provincial de Educação Física, a que presidiu. Como dirigente desportivo, organizou e dirigiu vários campeonatos e torneios de diferentes modalidades.
Além do desporto, dedicou-se também ao associativismo e à filantropia, sendo presidente do Rotary Club e membro da mesa directora da Santa Casa da Misericórdia e da direcção do Clube de Macau.
Dedicando-se de alma e coração à divulgação do patuá macaísta, foi autor de uma vasta obra, composta de poesias, peças de teatro, óperas, programas radiofónicos e operetas, tendo sido ainda fundador da Tuna de Macau.
Em Setembro de 1979, foi agraciado com o grau de Cavaleiro da Ordem do Infante D. Henrique. Recebeu, em 1984 a Medalha de Mérito Cultural de Macau e foi ainda homenageado com uma estátua no Jardim das Artes.

quarta-feira, 23 de março de 2016

23 DE MARÇO - BERTA LORAN

EFEMÉRIDEBerta Loran, de seu verdadeiro nome Basza Ajsm, actriz brasileira, nasceu em Varsóvia no dia 23 de Março de 1926. Em 1937, com 11 anos, mudou-se com a família para o Brasil, instalando-se no Rio de Janeiro. Ao começar a fazer teatro, incentivada pelo pai, passou a adoptar o nome artístico Berta Loran.
Iniciou a sua carreira, apresentando-se em clubes da comunidade judaica. Aos 19 anos, mudou-se para Buenos Aires, onde morou durante dois anos. Voltou ao Brasil no início da década de 1950. O seu primeiro papel para o grande público foi interpretado numa revista em 1952, no palco do Teatro Carlos Gomes.
Na televisão, estreou-se no programa “Espectáculos Tonelux”, na TV Tupi. Iniciou-se no cinema em 1955, com o filme “Sinfonia Carioca”. Nos dois filmes seguintes, “Papai Fanfarrão” e “Garotas e Samba”, foi dirigida por Carlos Manga.
Em 1957, apresentou-se em Portugal com a peça “Fogo no Pandeiro”. Ficou a morar em Portugal durante seis anos. No regresso ao Brasil, em 1963, trabalhou na TV Record, na peça “Boing, Boing” e no musical “Como Vencer na Vida Sem Fazer Força”.
Em 1966, quando trabalhava na TV Tupi, foi convidada para trabalhar na Rede Globo, num programa intitulado “Bairro Feliz”. No ano seguinte, actuou em “Balança Mas Não Cai”. Entre 1970 e 1973, participou no programa “Faça Humor, Não Faça Guerra”; de 1974 a 1975, no “Satiricom”; e entre 1976 e 1982, no “Planeta dos Homens”.
No ano de 1978, voltou ao cinema, fazendo três filmes: “Como Matar Uma Sogra”, “O Golpe Mais Louco do Mundo” e “O Amante de Minha Mulher”.
Integrou o elenco fixo de “Viva o Gordo” em 1981 e participou na segunda temporada de “Balança Mas Não Cai”, entre 1982 e 1983. Ainda em 1983, actuou no humorístico “A Festa É Nossa”. No ano seguinte, surpreendeu o público e a crítica como actriz de telenovela, em “Amor Com Amor se Paga”, contracenando com Ary Fontoura.
Durante parte dos anos 1980, fez também publicidade para uma empresa de electrodomésticos.
Em 1991, passou a trabalhar nos programas de Chico Anysio. Na segunda versão da “Escolinha do Professor Raimundo”, em 2001, interpretou a judia Sara Rebeca.
Em 2004, apresentou-se na peça “Ainda Estou Aqui!” e, dois anos mais tarde, integrou o elenco do filme “Polaróides Urbanas” de Miguel Falabella. Em 2010, teve uma participação especial no remake da novela “Ti Ti Ti”. Em 2011, fez o papel da rainha-mãe Efigénia, em “Cordel Encantado”.
Participou no programa “Fantástico” em 2015. Completa hoje 90 anos de idade.

terça-feira, 22 de março de 2016

22 DE MARÇO - ANTÓNIO PINTO

EFEMÉRIDEAntónio Coelho Pinto, ex-atleta português, especialista em provas de longa distância, nasceu em Vila Garcia, Amarante, no dia 22 de Março de 1966. Recebeu a Medalha Olímpica Nobre Guedes em 1998.
Iniciou a sua carreira no atletismo em 1986, depois de ter praticado ciclismo. Começou por representar a Associação Desportiva de Amarante, onde esteve até 1987. Transferiu-se para o FC Porto em 1988, clube em que ficou até 1991. Nos dois anos seguintes, correu pelo SL Benfica. Finalmente, de 1994 a 2002, defendeu as cores do Maratona CP
Venceu a Maratona de Londres em 1992, 1997 e 2000, a Maratona de Berlim em 1994 e a final dos 10 000 metros no Campeonato da Europa de 1998 em Budapeste. O seu recorde pessoal na maratona é de 2:06:36, que permanece ainda como recorde português e europeu (partilhado com o francês Benoît Zwierzchiewski).
Competiu em quatro Olimpíadas consecutivas, de 1988 a 2000. Foi duas vezes Campeão Nacional de 5 000 metros (1994 e 1999). Terminou seis maratonas com tempos inferiores a 2:09:00, o que faz dele um dos melhores maratonistas de sempre.
Retirou-se das competições em 2002, dedicando-se actualmente à agricultura, na sua propriedade perto de Amarante.

segunda-feira, 21 de março de 2016

PACO IBAÑEZ - "A poesía es un arma cargada de futuro"


21 DE MARÇO - MARIE-CHRISTINE BARRAULT

EFEMÉRIDEMarie-Christine Barrault, actriz francesa, nasceu em Paris no dia 21 de Março de 1944.
Embora sendo sobrinha dos actores Madeleine Renaud e Jean-Louis Barrault, não foram eles que a encorajaram a seguir a carreira artística.
Foi casada duas vezes: com Daniel Toscan du Plantier de quem teve dois filhos e com Roger Vadim de 1990 até `à morte deste conhecido cineasta (2000). Foi ainda companheira do realizador Michel Boisrond.
Em 1977, foi nomeada para o Oscar de Melhor Actriz pela sua interpretação no filme “Cousin, cousine”.  
Durante a sua longa carreira, já protagonizou 52 películas, 43 filmes e séries para televisão e 65 peças de teatro.
Em 2009, recebeu o Prémio Reconhecimento dos Cinéfilos e, em 2012, foi galardoada com o oficialato da Legião de Honra Francesa.

domingo, 20 de março de 2016

20 DE MARÇO - JOSÉ MOREIRA

EFEMÉRIDEJosé Filipe da Silva Moreira, futebolista português, nasceu em Massarelos, Porto, no dia 20 de Março de 1982. Joga na posição de guarda-redes. Curiosamente, foi o pai que o convenceu a ir para as balizas, pois Moreira – na infância – preferia jogar a avançado.   
Jogava no SC Salgueiros com 15 anos de idade, quando um “olheiro” o referenciou ao SL e Benfica. Vinculou-se ao clube da Luz, mas só rumou a Lisboa dois anos mais tarde.
Mostrou talento nos juniores e, aos poucos, foi sendo chamado à equipa principal, onde se cruzou com Michel Preud'Homme que, nessa época estava em final de carreira. Depois, teve pela frente Robert Enke que ao transferir-se para o FC Barcelona (2002), lhe possibilitou finalmente a oportunidade de se tornar titular. Lançado por Toni, treinador de então, cedo mereceu o respeito e o carinho dos adeptos, que o consideravam o Iker Casillas português, por ser muito jovem e um excelente guarda-redes.
Foi internacional de Sub-17, Sub-18, Sub-19, Sub-20 e Sub-21. Em 1999, sagrou-se Campeão Europeu representando a equipa de Portugal de Sub-18. No ano seguinte, conquistou o Campeonato de Juniores pelo Benfica e venceu o Torneio de Toulon de Sub-20.
Depois de ter feito parte da lista de convocados para o Euro 2004 (2º guarda-redes), representou Portugal nos Jogos Olímpicos do mesmo ano, mas acabou por perder a titularidade da baliza benfiquista devido a diversas lesões. Posteriormente, passou a compartilhar a baliza do Benfica com um novo recruta da equipa encarnada – Quim.
Em Julho de 2011, após doze temporadas ao serviço do Benfica, transferiu-se para o Swansea City do País de Gales. Foi contratado depois pelo Athletic Club Omonoia Nicosia de Chipre, onde ganhou a titularidade até meio da época 2014/15. O clube cipriota, no entanto, devido a problemas financeiros, anunciou que não lhe iria renovar o contrato. Moreira representou então, ainda na época 2014/15, o Ermis Aradippou FC, também de Chipre. Na temporada 2015/16, regressou a Portugal para jogar pelo SC Olhanense.
Do seu palmarés fazem parte, em representação do Benfica, a Taça de Portugal 2004; os Campeonatos de Portugal de 2005 e 2010; a Super Taça de Portugal de 2005; e as Taças da Liga de 2009, 2010 e 2011.  

sábado, 19 de março de 2016

19 DE MARÇO - MANUEL RIBEIRO DE PAVIA

EFEMÉRIDEManuel Ribeiro de Pavia, pintor e ilustrador português, neo-realista, nasceu em Pavia, no Alentejo, em 19 de Março de 1907. Morreu em Lisboa, no dia 19 de Março de 1957. Fixara-se na capital em 1929.
É especialmente conhecido como ilustrador (domínio onde exerceu influência determinante nas modernas artes gráficas portuguesas), quer através de capas, quer de ilustrações que realizou para obras de escritores seus contemporâneos.
A temática mais recorrente nos seus trabalhos (desenhos e aguarelas) é o Alentejo e os seus camponeses, oscilando entre o lirismo, principalmente na representação da mulher, e a agressividade da denúncia social. Em 1947, algumas das suas obras foram confiscadas pela polícia política.
Participou nas Exposições Gerais de Artes Plásticas (entre 1946 e 1953), na Exposição dos Modernos Gravadores Portugueses (Galeria de Artes e Letras, 1955) e na Exposição de Gravura Portuguesa (Pórtico, 1956).
Em 1950, publicou um conjunto de quinze desenhos denominado “Líricas”, acompanhado de um texto do escritor José Gomes Ferreira. Ilustrou a tradução portuguesa da novela “Senhor e Servo” de Leão Tolstoi.
Morreu precisamente no dia em completava 50 anos, no seu quarto atelier, numa pensão em Lisboa. O poeta Eugénio de Andrade, que o conhecia bem, falou dele em “Os Afluentes do Silêncio”: «Esta morte, assim sem mais nem menos, entala-se-me na garganta. Levou-o uma pneumonia que o foi encontrar depauperado por uma vida quase de miséria. Passava fome! Tinha uma única camisa! Não pagava o quarto há imenso tempo! E nós a falarmos-lhe de poesia... E ele a falar-nos de pintura e da dignificação da vida. É justamente nisto que residia a sua grandeza.».
Em Maio de 1957, a revista “Vértice” publicou um número especial com depoimentos de vários intelectuais, que é um testemunho vivo da sua actividade na vida artística portuguesa.
Em 1958, um grupo de amigos do artista realizou, na Sociedade Nacional de Belas-Artes em Lisboa, a única retrospectiva dos seus trabalhos.
Em Abril de 1976, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), foi apresentada – no Mercado Popular do Livro e do Disco – uma exposição documental sobre a sua obra, que posteriormente foi exibida em várias localidades do país. Na localidade onde nasceu (Pavia), foi criada a Casa Museu Manuel Ribeiro de Pavia (1984).

sexta-feira, 18 de março de 2016

18 DE MARÇO - PATRICE TROVOADA

EFEMÉRIDEPatrice Émery Trovoada, político de São Tomé e Príncipe, nasceu em Libreville (Gabão) no dia 18 de Março de 1962.
Filho do antigo presidente Miguel Trovoada (1991/2001), foi ministro dos Negócios Estrangeiros em 2001/2002. Posteriormente, ocupou o cargo de assessor do presidente Fradique de Menezes para as questões petrolíferas.
Em 2006, foi candidato à Presidência da República pela Acção Democrática Independente (ADI), tendo obtido 38,8% dos votos.
Em 2008, foi nomeado primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, cargo que ocupou até Junho do mesmo ano, vencido por uma moção de censura parlamentar. Mais tarde, em 2010, tornou a chefiar o governo, que deixou em Dezembro de 2012. Em Novembro de 2014, voltou a ocupar o cargo de primeiro-ministro, pela terceira vez, nomeado pelo presidente da república, Manuel Pinto da Costa.

quinta-feira, 17 de março de 2016

ELIS REGINA - "Fascinação" (1978)


17 DE MARÇO - JOHANNES EWALD

EFEMÉRIDEJohannes Ewald, poeta e dramaturgo, um dos escritores dinamarqueses mais proeminentes do século XVIII, morreu em Copenhaga no dia 17 de Março de 1781. Nascera na mesma cidade em 18 de Novembro de 1743. As suas obras sofreram influências de Klopstock, Corneille, Shakespeare e de lendas nórdicas. Escreveu poesias, dramas e óperas, sendo um precursor do romantismo.
Fez estudos teológicos e combateu no exército prussiano durante a Guerra dos Sete Anos.
O êxito do seu elogio fúnebre ao rei Frederico V (1766) fez com que ele abandonasse a vida boémia e se lançasse na literatura. Entre os seus trabalhos mais famosos, contam-se o drama em verso “Adão e Eva” (1769); a primeira tragédia original da literatura dinamarquesa “Rodolf Krage” (1770); a comédia satírica “Arlequim patriota” (1772); e as óperas “Balders Død” (1774) e “Fiskerne” (1780). Uma das canções desta última ópera veio a ser o Hino nacional da Dinamarca.
Passou por uma depressão nervosa e atravessou uma crise mística que o levou a escrever muitos poemas de inspiração religiosa. Morreu prematuramente, vítima do álcool e do reumatismo.

quarta-feira, 16 de março de 2016

16 DE MARÇO - ANDRÉE CRABBÉ ROCHA

EFEMÉRIDEAndrée Jeanne Françoise Crabbé Rocha, ensaísta e professora universitária portuguesa de origem belga, morreu em Coimbra no dia 16 de Março de 2003. Nascera em Nantes (França), em 1917.
Licenciou-se na Faculdade de Filosofia e Letras de Bruxelas e doutorou-se em Filologia Românica na Universidade de Lisboa em 1944, com uma tese intitulada “O teatro de Garrett”.
Interessou-se particularmente pela literatura portuguesa do século XVI, com destaque para Garcia de Resende e o seu “Cancioneiro Geral”, e pelo teatro de Almeida Garrett.
Por razões políticas, foi expulsa do ensino universitário em 1947, quando era assistente do professor e escritor Vitorino Nemésio, tendo sido readmitida somente em 1970.
Em 1974, transferiu-se para a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tendo-se reformado em 1987.
Efectuou numerosas traduções para francês de textos do seu marido, o escritor Miguel Torga (de seu verdadeiro nome Adolfo Correia da Rocha, falecido em 1995)).
Recebeu a Ordem Nacional de Mérito de França e era detentora do grau de comendadora da Ordem do Infante D. Henrique.

terça-feira, 15 de março de 2016

15 DE MARÇO - RENÉ CLAIR

EFEMÉRIDERené Clair, de seu verdadeiro nome René Lucien Chomette, escritor, actor, cenarista e realizador de cinema francês, morreu em Neuilly-sur-Seine no dia 15 de Março de 1981. Nascera em Paris, em 11 de Novembro de 1898.
Considerado um mestre do cinema, um dos precursores do filme de autor e um dos maiores criadores cómicos depois de Charles Chaplin, René Clair figura entre os maiores realizadores franceses. Foi o primeiro cineasta que, nesta qualidade, entrou para a Academia Francesa.
Filho de comerciantes, cresceu no Quartier des Halles em Paris, junto com o irmão mais velho, Henri Chomette, também cineasta. Estudou no Lycée Montaigne e, depois, no Lycée Louis-le-Grand. Em 1917, serviu como paramédico na Primeira Guerra Mundial. Começou então a escrever textos literários, críticas de cinema e artigos para jornais. Em 1918, tornou-se jornalista de “L'Intransigeant”, assinando com o pseudónimo René Després. Compôs também letras de música para a cantora Damia, com o pseudónimo Danceny.
Mais tarde, conseguiu papéis de actor em diversos filmes, como “Le Lys de la vie”, “Le Sens de la mort”, “L'Orpheline” e “Parisette”. Foi nessa época que escolheu o pseudónimo definitivo – René Clair. Foi também director do suplemento de cinema da revista “Théâtre et Comœdia Illustré” e assistente de realização de Jacques de Baroncelli e de Henri Diamant-Berger.
Em 1922, começou a escrever “Rayon Diabolique”, que seria filmado em 1923 e chegou aos ecrãs em 1924, com o título “Paris qui dort”. Em 1924, lançou “Entr'acte”, filme de inspiração dadaísta, que escandalizou a sociedade francesa da época e levou René Clair à notoriedade. Foi, no entanto, com o seu primeiro filme falado (“Sous les Toits de Paris” - 1930) que se projectou internacionalmente. O sucesso continuou com “Le Million” (1930) e “À nous la Liberté” (1931), sátiras à sociedade industrial.
Em 1936, foi estreado “Tempos Modernos” de Charles Chaplin. A empresa alemã Tobis, que produzira “À nous la Liberté”, decidiu acusar Chaplin de plágio. Clair opôs-se a esta acção, por admirar Chaplin e considerar “Tempos Modernos” como uma homenagem indirecta ao seu filme.
Aceitou trabalhar em Londres, onde produziu dois filmes, “Fantôme à vendre” em 1935 e “Fausses nouvelles” (1937).
De volta à França em 1938, começou a filmar “Air pur”. As filmagens foram porém interrompidas devido à guerra e o filme nunca foi acabado. Em 1940, deixou o país com a mulher e o filho e mudou-se para Espanha, depois para Portugal e, por fim, para Nova Iorque. O governo de Vichy retirou-lhe a nacionalidade francesa por ele preferir trabalhar em Hollywood mas, passado algum tempo, a decisão foi anulada.
René foi bem acolhido em Hollywood, onde produziu quatro filmes: “La Belle ensorceleuse” (1940- com Marlene Dietrich), “Ma Femme est une sorcière” (1942), “C'est arrivé demain” (1943) e “Dix Petits Indiens” (1945).
Em 1946, decidiu voltar para França e filmou “Le silence est d'or” (1947) e “La Beauté du diable” (1949), onde dirigiu Gérard Philipe pela primeira vez. Em 1952, filmou “Les Belles de nuit”. Em 1955, foi lançado o seu primeiro filme a cores, “Les Grandes Manœuvres”, que conquistou o Prémio Louis-Delluc. Em 1957, filmou “Porte de Lillas”, que teve a participação do famoso músico e poeta Georges Brassens.
Em 1960, foi admitido na Academia Francesa. Filmou ainda “La Française et l'Amour” em 1960, “Tout l'or du monde” em 1961 e “Les Quatre vérités“ em 1962. Em 1965, realizou o seu último filme, “Les Fêtes galantes”.
A partir daí, dedicou-se à escrita e ao teatro. Em 1973, montou a ópera “Orfeu e Eurídice”, apresentada na Opéra de Paris. Em 1974, presidiu o Festival de Cannes e criou a peça “La Catin aux lèvres douces” para o Théâtre de l'Odéon.

segunda-feira, 14 de março de 2016

14 DE MARÇO - ALEXANDRE BRAGA (pai)

EFEMÉRIDEAlexandre José da Silva Braga (pai), advogado, orador, político, poeta e jornalista português, nasceu no Porto no dia 14 de Março de 1829. Morreu na mesma cidade, em 9 de Maio de 1895.
Irmão do poeta Guilherme Braga e pai do escritor e tribuno republicano Alexandre Braga (filho), Alexandre Braga (pai) foi filiado no Partido Republicano Português Fez parte da geração romântica da década de 1850, juntamente com Camilo Castelo Branco.
Cursou Direito na Universidade de Coimbra e foi um dos fundadores da revista “O Novo Trovador”. Em 1849, co-fundou também a revista portuense “Lira da Mocidade” e publicou a colectânea de poesias “Vozes de Alma”, representativa do ideário poético da sua geração, revelando influências de Alexandre Herculano, Lamartine e Victor Hugo.
Em 1856, foi igualmente um dos fundadores do jornal político “O Clamor Público”. Nos anos 1850, colaborou também na publicação “O Bardo e A Grinalda”, afastando-se depois da vida literária para se dedicar exclusivamente às suas funções de advogado e de orador.

domingo, 13 de março de 2016

13 DE MARÇO - NUNO RODRIGUES DOS SANTOS

EFEMÉRIDENuno Aires Rodrigues dos Santos, político português, nasceu em Luanda no dia 13 de Março de 1910. Morreu em Lisboa, em 5 de Abril de 1984.
Foi um dos “republicanos históricos” mais prestigiados do Partido Social Democrata, tendo sido, durante a ditadura de Salazar, um opositor ao Estado Novo, com fortes convicções democráticas e humanistas.
Era membro conhecido do Grande Oriente Lusitano – Maçonaria Portuguesa. Iniciado em 1935 na Loja Magalhães Lima de Lisboa, com o nome simbólico de “Danton”, pertenceu durante a clandestinidade à Loja Liberdade, igualmente de Lisboa.
Após a Revolução dos Cravos, foi deputado na Assembleia Constituinte, em 1975, e deputado na Assembleia da República, eleito em 1976, 1979, 1980 e 1983.
Foi presidente da Comissão Política Nacional do PSD, eleito no X Congresso realizado em Albufeira (Fevereiro de 1983), onde Pinto Balsemão foi derrotado e a direcção do partido ficou entregue a uma estrutura colegial de que faziam parte Nuno Rodrigues dos Santos, Nascimento Rodrigues, Mota Pinto e Eurico de Melo.
Foi casado com Júlia Rodrigues de Brederode e pai do jornalista e jurista Nuno Brederode dos Santos.

sábado, 12 de março de 2016

CARLOS PAREDES & RUI VELOSO - "Porto Sentido"


12 DE MARÇO - KONSTANTINOS MITROGLOU

EFEMÉRIDEKonstantinos Mitroglou, futebolista grego que joga actualmente no SL Benfica, nasceu em Kavala no dia 12 de Março de 1988.
Em Agosto de 2015, depois de viajar de Londres para Lisboa, foi confirmado que Mitroglou iria defender as cores do bicampeão nacional português, a título de empréstimo por um ano, após a realização de testes médicos. O jogador pertence ao Fulham FC, detentor da totalidade dos seus direitos desportivos. O contrato entre o clube inglês e o Benfica inclui a opção de compra no final da temporada 2015/16, mediante a activação da cláusula de opção.
A família era imigrante na Alemanha, onde Konstantinos passou a infância e se iniciou no futebol. Em Julho de 2007, atingiu a final dos Europeus de Menos de 19 anos, jogo que a Grécia perdeu por 1-0 com a Espanha. Mitroglou foi o melhor marcador desta competição.
Tornou-se internacional da selecção principal em 2009, num jogo de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2010, contra a Ucrânia. Já jogou 40 vezes pela selecção grega.
Em Janeiro de 2014, deixou o Olympiacos FC para jogar no Fulham. Em Agosto do mesmo ano, foi emprestado ao Olympiacos por um milhão de euros. Regressado a Inglaterra no ano seguinte, foi então cedido ao Benfica. Foi Campeão da Grécia por seis vezes e venceu quatro Taças da Grécia

sexta-feira, 11 de março de 2016

11 DE MARÇO - JOÃO MARIA FERREIRA DO AMARAL

EFEMÉRIDEJoão Maria Ferreira do Amaral, oficial do exército português, comandante da Polícia Cívica de Lisboa (a antecessora da Polícia de Segurança Pública), de 1923 até à sua morte, morreu em Lisboa no dia 11 de Março de 1931. Nascera na mesma cidade em 14 de Fevereiro de 1876.
Participou, como voluntário, na expedição de pacificação no sul de Angola, em 1915, sob o comando do General Pereira d'Eça. No ano seguinte, estando de licença em Portugal, foi nomeado comandante do Batalhão de Infantaria 15, que seguiu para a frente da Flandres, integrado no Corpo Expedicionário Português.
Regressou de França depois da Primeira Grande Guerra Mundial e seguiu para Angola, numa missão civil. Voltou a Lisboa em 1922, tendo sido promovido a Coronel.
Em Novembro de 1923, foi nomeado comandante da Polícia Cívica de Lisboa. Destacou-se na repressão da Legião Vermelha, a qual, dois anos mais tarde, perpetrou um atentado em que ele foi gravemente ferido. No leito do hospital, dirigiu a repressão que culminou com a prisão e o degredo para África de mais de uma centena de suspeitos.
Foi agraciado com várias medalhas. Escreveu duas obras acerca da I Guerra Mundial – “A mentira da Flandres e… o medo!” (1922) e “A batalha do Lys, a batalha d'Armentières ou o 9 de Abril” (1923).  

quinta-feira, 10 de março de 2016

10 DE MARÇO - JÓZEF WYBICKI

EFEMÉRIDEJózef Rufin Wybicki, general, poeta e político polaco, morreu em Manieczki no dia 10 de Março de 1822. Nascera em Będomin, em 29 de Setembro de 1747. Em 1797, escreveu a “Mazurca de Dombrowski”, que foi adoptada como hino oficial da Polónia em 1927.
Wybicki tomou parte activa nos eventos mais importantes da história polaca no final do século XVIII e início do século XIX. Foi deputado na Assembleia em 1767; membro da Confederação de Bar (1768/72); participou na criação do Código de Leis; foi membro da Comissão de Educação Nacional; activista do Partido Patriótico (1788/92); participou na insurreição liderada por Tadeusz Kościuszko; foi um dos organizadores das Legiões Polacas em Itália; e oficial de alta patente no Reino do Congresso Polaco.
Wybicki considerava o que publicava como uma forma de actividade política. Nos seus escritos jornalísticos e literários, tratou de temas relativos à vida da Polónia, território então objecto da cobiça dos países vizinhos (Prússia, Rússia e Áustria).
O actual hino polaco foi escrito em Reggio, Itália. Inicialmente, era apenas uma canção militar, passando depois a ser uma canção de cunho nacional, executada durante todas as cerimónias patrióticas. 

quarta-feira, 9 de março de 2016

9 DE MARÇO - JOÃO VAZ

EFEMÉRIDEJoão José Vaz, professor e pintor português, nasceu em Setúbal no dia 9 de Março de 1859. Morreu em Lisboa, em 17 de Fevereiro de 1931.
Ingressou em 1872 na Academia das Belas-Artes de Lisboa, onde teve como mestre o pintor Silva Porto. Concluiu o curso em 1878.
Fez a sua primeira exposição na Sociedade de Geografia de Lisboa em 1881. Participou também, com óleos e aguarelas, em exposições da Sociedade Promotora de Belas-Artes, do Grémio Artístico e da Sociedade Nacional de Belas-Artes. Integrou o Grupo do Leão.
Encontra-se colaboração sua nas publicações “Branco e Negro” (1896/98), “Atlântida” (1915/20) e “Contemporânea” (1915/26).
Ingressou no ensino em 1884, como professor da Escola Industrial Afonso Domingues (Lisboa), onde veio a ser director.
Foi membro de uma comissão, encarregada pelo Governo de formular a reorganização do ensino Industrial e Comercial, nos graus elementar e médio (1912). Instalou igualmente o Curso Comercial na Escola de Desenho Industrial de Setúbal (1914).

terça-feira, 8 de março de 2016

8 DE MARÇO - JUANA DE IBARBOUROU

EFEMÉRIDEJuana de Ibarbourou, poetisa uruguaia, nasceu em Melo no dia 8 de Março de 1892. Morreu em Montevideu, em 15 de Julho de 1979. Casou-se com o capitão Lucas Ibarbourou, aos vinte anos de idade. O pai era espanhol, de origem galega, nascido em Lourenzá, província de Lugo (cuja biblioteca municipal foi baptizada com o nome da poetisa) e a mãe pertencia a uma das famílias mais antigas do Uruguai.
Notabilizou-se desde logo com as suas primeiras recolhas de poesia, sendo comparada a escritoras igualmente importantes, como Gabriela Mistral e Alfonsina Storni. Foi eleita membro da Academia de Letras do Uruguai, desde a sua fundação em 1947. Em 1959, foi-lhe atribuído o Prémio Nacional de Literatura. Marcadas pelo modernismo, as suas obras exaltam a maternidade, a beleza física, o erotismo e a natureza.
Os seus três primeiros livros, de estilo modernista, foram “Las lenguas de diamante” (1919), “El cántaro fresco” (1920) e “Raíz salvaje” (1922). Tiveram repercussão internacional e foram traduzidos para diversas línguas. Em 1937, viveu em Tacuarembó, no norte do país, durante cerca de seis meses, a convite da população local.
A originalidade do seu estilo consistia em ligar um rico cromatismo com imagens modernistas, dando-lhe um sentido optimista da vida, com uma linguagem sensível, sem complexidades conceptuais, o que redundava numa expressividade fresca e natural. Publicou mais de trinta livros, a maioria dos quais de poesia e de prosa poética, embora tenha escrito também memórias da sua infância e obras para crianças.
A sua enorme popularidade fez com que tivesse sido apelidada de “Juana de América”, numa homenagem oficial em 1929. Pela sua parte, ela denominava-se, muito simplesmente, “filha da natureza”.
Entre muitas honrarias recebida, salienta-se: Ordre Universel du Mérite Humain (Genebra, 1931); Medalha de Ouro Francisco Pizarro do Peru (1936); Orden del Cóndor de los Ándes da Bolívia (1937); Orden del Sol do Peru (1938); Ordem do Cruzeiro do Sul do Brasil (1945); Croix du Commandant du Grand Prix Humanitaire da Bélgica (1946); Orden Carlos Manuel de Céspedes de Cuba (1951); Mulher das Américas (1953); e Orden de Eloy Alfaro do Equador (1953). 

segunda-feira, 7 de março de 2016

7 DE MARÇO - MANUEL CURROS ENRÍQUEZ

EFEMÉRIDEManuel Curros Enríquez, jornalista e escritor espanhol, morreu em Havana no dia 7 de Março de 1908. Nascera em Celanova, na Galiza, em 15 de Setembro de 1851. É um dos principais representantes do Ressurgimento da literatura galega, juntamente com Rosalia de Castro e Eduardo Pondal.
Estudou na escola de D. Manoel Rebollo e, quando ficou preparado, teve que ir ajudar o pai nas suas tarefas de escrivão. Viajou mais tarde para Madrid, onde vivia o seu irmão Ricardo. Fez então o 2º grau e começou a estudar Direito. Ingressou depois no Concelho de Madrid e frequentava diversos círculos literários.
Em 1877, ganhou um certame poético em Ourense com o poema “A Virge do Cristal”. Esta vitória foi determinante para a sua carreira de poeta. Fixou-se em Ourense e trabalhou na Intervenção da Administração Económica. Em 1880, escreveu o livro “Aires da miña terra”. Perante esta obra, o bispo de Ourense publicou um édito condenando o livro «por conter proposições heréticas, blasfemas e escandalosas». O tribunal ordenou a apreensão dos exemplares ainda em poder do editor e Curros foi processado por «delito contra o livre exercício dos cultos». Foi condenado em Ourense e absolvido na Corunha. Perdido o posto de trabalho, voltou a Madrid e ingressou na redacção de “El Porvenir”, um jornal republicano.
Em 1894, emigrou para a América. Em Havana, dirigiu o jornal “La Tierra Gallega” e, quando a sua publicação foi suspensa, ingressou na redacção de “El diario de las Famílias” e, depois, na do “Diario de la Marina”. Encontra-se também colaboração sua na revista “A leitura” (1894/96).
Em 1904, visitou à Corunha, onde foi bem recebido pelos regionalistas. De volta a Havana, retomou as suas actividades no “Diario de la Marina”. Faleceu em Cuba, tendo os seus restos mortais sido trazidos para a Galiza. Manuel Curros Enríquez pertenceu a uma loja maçónica. 

domingo, 6 de março de 2016

PEDRO MOUTINHO - "Fado da Contradição"


6 DE MARÇO - STANISLAW JERZY LEC

EFEMÉRIDEStanisław Jerzy Lec, de seu nome original Stanisław Jerzy de Tusch-Letz, escritor polaco, nasceu em Lviv, na Ucrânia, em 6 de Março de 1909. Morreu em Varsóvia no dia 7 de Maio de 1966.
Foi um dos maiores escritores polacos do período pós-guerra, notável pelos seus aforismos, pela sua poesia e pelos seus versos satíricos. Os seus aforismos tinham - a maior parte das vezes - subentendidos políticos.
Nascido numa família rica judia, fez os estudos em Lviv e depois em Viena, onde se licenciou em Direito (1933). Oito anos depois, foi aprisionado num campo de concentração, de onde conseguiu fugir, vestido com um uniforme alemão.
Veio a publicar os seus aforismos na Polónia, em 1957. Também utilizou, para assinar vários dos seus poemas, o pseudónimo “Stach”. 

sábado, 5 de março de 2016

5 DE MARÇO - DELFINA CRUZ

EFEMÉRIDE – Maria Delfina da Cruz Neto Pinto do Amaral, actriz portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 5 de Março de 1946. Morreu em Paris, em 8 de Setembro de 2015.
Delfina Cruz começou a representar aos 13 anos de idade, num grupo de amadores da escola que frequentava, no Algarve. Pela mão do empresário Vasco Morgado, estreou-se aos 16 anos, no Teatro Monumental, na revista “Férias de Lisboa”. Participou depois na comédia musical “Paris Hotel”.
Em 1968, protagonizou o filme “O Amor desceu em Pára-quedas”, a que se seguiram as películas “Nem Amantes nem Amigos” (1970) e “Derrapagem” (1974).
Produziu as peças “O meu amor é traiçoeiro” de Vasco de Mendonça e “A Idiota” de Marcel Rochard, que foram representadas em Portugal e na África lusófona.
Na RTP, gravou várias peças clássicas do teatro português – “Tá-mar” de Alfredo Cortez e “Roberta” de Romeu Correia, entre outras. Colaborou em vários programas de televisão, como “Ora Viva”, “Sabadabadu”, “Quem casa quer casa” e “Eu Show Nico”. Também integrou o popular programa de humor “Malucos do Riso”.
Participou em várias telenovelas: “Todo o Tempo do Mundo” (1999), “Olhos de Água” (2001), “Nunca Digas Adeus” (2001) e “Sonhos Traídos” (2002), entre outras. Em 2005, integrou o elenco da peça “Vida Breve” de Bernardo Santareno, encenada por João Loy no Teatro Há-de Ver. Em 2012, participou em "Remédio Santo" na TVI.
Fez vários espectáculos nos teatros do Parque Mayer e efectuou diversas digressões pelo país e pelos Estados Unidos. Entre 1964 e 2014, participou em cerca de 30 trabalhos na televisão, nos vários canais.
Delfina Cruz foi casada com José Pinto do Amaral, piloto da Força Aérea Portuguesa, de quem teve uma filha. Separou-se aos 32 anos. Três anos depois, resolveram retomar o casamento e estiveram juntos mais 17 anos. Faleceu em Paris, vítima de doença oncológica. Trasladada para Lisboa, foi sepultada em 16 de Setembro de 2015.

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