quinta-feira, 5 de maio de 2016

5 DE MAIO - DALVA DE OLIVEIRA

EFEMÉRIDEDalva de Oliveira, de seu verdadeiro nome Vicentina de Paula Oliveira, cantora brasileira, nasceu em Rio Claro no dia 5 de Maio de 1917. Morreu no Rio de Janeiro em 31 de Agosto de 1972. Segundo a revista “Rolling Stone”, foi considerada a 32ª melhor voz da música brasileira de todos os tempos.
Era filha de um carpinteiro, Mário de Paula Oliveira, e da portuguesa Alice do Espírito Santo Oliveira.
Em 1937, gravou com a Dupla Preto e Branco, o batuque “Itaquari” e a marcha “Ceci e Peri”. O disco foi um sucesso, rendendo várias apresentações na rádio. Os três passaram a formar o Trio de Ouro.
Em 1949, deixou o trio, quando faziam uma tournée pela Venezuela com a companhia de Dercy Gonçalves. No ano seguinte, retomou a carreira a solo, lançando os sambas “Tudo acabado” e “Olhos verdes” e o samba canção “Ave Maria”, que foram grandes sucessos. Em 1951, actuou nos filmes “Maria da praia” e “Milagre de amor”.
Em 1952, ganhou o título de Rainha do Rádio e viajou até à Argentina para conhecer o país e cantar em Buenos Aires.
Apesar de ter sido casada duas vezes e de ter três filhos, vivia sozinha na sua mansão e habituara-se à solidão. Viajava e fazia tournées musicais. Estava concentrada na sua carreira plena de sucessos, quando conheceu Manuel Nuno Carpinteiro, um homem vinte anos mais jovem do que ela, por quem se apaixonou e com quem redescobriu o amor. Ao assumir o namoro, foi alvo de preconceitos, pela grande diferença de idades, mas Dalva não ligou e escutou apenas a voz do coração. Foram viver juntos e Dalva reencontrou a alegria de viver acompanhada.
Em Agosto de 1965, Dalva e Manuel Nuno sofreram um grave acidente. Ele conduzia o veículo, depois de mais um show da cantora. Perdeu o controlo do carro. O casal não ficou ferido, mas o sinistro causou morte de quatro pessoas. Manuel foi preso e Dalva ficou desesperada com a situação. Pagou a um advogado e, após alguns meses, a pena foi revertida em prestação de serviços a comunidades carentes. No fim dos anos 1960, após todos estes processos, Dalva e Manuel casaram-se oficialmente.
De voz afinada e bela, Dalva era considerada a Rainha da Voz e o Rouxinol Brasileiro. A sua extensão vocal ia do contralto ao soprano.
Três dias antes de morrer, pressentindo o fim, pela primeira vez – na sua agonia de quase três meses – falou da morte. Tinha um recado para a sua melhor amiga, Dora Lopes, que a acompanhou ao hospital: «- Quero ser vestida e maquilhada como o povo se acostumou a ver-me. Todos vão parar para me ver passar!». Morreu vítima de hemorragia interna, causada por cancro no esófago. Foi sepultada no Cemitério Jardim da Saudade no Rio de Janeiro.
Durante a sua carreira, realizou mais de 400 gravações. Na primeira versão do filme “Branca de Neve e os Sete Anões”, produzida em 1938 pelos estúdios da Disney, Dalva de Oliveira fez a dobragem dos diálogos da Branca de Neve, na versão brasileira. Na cidade de Rio Claro, onde nasceu, existe uma praça com o seu nome.

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