quarta-feira, 29 de junho de 2016

29 DE JUNHO - STOKELY CARMICHAEL

EFEMÉRIDEStokely Standiford Churchill Carmichael, activista negro do Movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos nas décadas 1960/70, nasceu em Port of Spain no dia 29 de Junho de 1941. Morreu em Conacri, em 15 de Novembro de 1998.
Nascido na república de Trindade e Tobago, a sua família mudou-se para o bairro Bronx, em Nova Iorque, quando ele tinha onze anos. Tomou então contacto com a realidade da vida e dos direitos dos negros nas escolas secundárias. Frequentou depois a Universidade de Howard.
Tornou-se proeminente na vida política e social norte-americana, como líder do SNCC, movimento estudantil que pugnava pela não-violência na luta contra o racismo e pela igualdade de direitos. Foi detido e esteve preso inúmeras vezes. Mais tarde (1968), foi “primeiro-ministro honorário” dos Panteras Negras, partido político formado por negros actuantes e combativos contra a discriminação racial.
Inicialmente, foi um integralista, dedicando-se à criação de um sistema de vida americano, que fosse capaz de integrar brancos e negros numa mesma sociedade de cidadãos iguais perante a lei e com oportunidades iguais, na mesma linha ideológica de Martin Luther King. Depois, passou a fazer parte de movimentos nacionalistas negros e pan/africanos.
Em 1967, deixou a direcção do SNCC e tornou-se um grande crítico da Guerra do Vietname, num período em que fez várias viagens e palestras pelo mundo, aprimorando os seus conhecimentos e visitando países insubmissos aos EUA, como a República Popular da China, Cuba, Vietname do Norte e Guiné.
Em 1969, começou a distanciar-se das ideias radicais dos Panteras Negras e, com a sua mulher, a cantora sul-africana Miriam Makeba, foi viver para a Guiné, onde se tornou assessor do presidente Sékou Touré.
Nos anos 1970, continuou com as suas viagens, escrevendo e discursando em apoio de movimentos mundiais de esquerda e escreveu o livro “Stokely Speaks: Black Power Back to Pan-Africanism”, onde expôs uma explícita visão socialista do mundo, que o acompanharia pelo resto da vida.
Em 1978, decidiu ficar definitivamente na Guiné e mudou o seu nome para Kwame Ture, em homenagem aos líderes africanos Kwame Nkrumah e Sékou Touré. Vítima de cancro na próstata, morreu na Guiné-Conacri aos 57 anos de idade.

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