quinta-feira, 13 de outubro de 2016

13 DE OUTUBRO - CHRISTOPHE

EFEMÉRTIDEChristophe, de seu verdadeiro nome Daniel Georges Jacques Bevilacqua, cantor francês, nasceu em Juvisy-sur-Orge no dia 13 de Outubro de 1945.
Édith Piaf e Gilbert Bécaud foram os seis primeiros ídolos, em breve suplantados pelos blues, uma verdadeira revelação na sua adolescência. Rebelde na vida escolar, durante a qual se aborrecia, passou por diversos pensionatos e liceus, até aos 16 anos de idade.
No fim dos anos 1950, como acontecia a muitos jovens da sua geração, os seus “heróis” eram Elvis Presley e James Dean. Apaixonou-se então pelo rock e aprendeu a tocar guitarra e harmónica.
Em 1961, fundou um grupo amador chamado Danny Baby et les Hooligans, sendo ‘Danny’ uma referência ao seu primeiro nome.
Depois de cumprir o serviço militar, começou uma carreira a solo. Em 1963, gravou o primeiro single – “Reviens Sophie”.
Em 1965, a sua balada “Aline” atingiu o milhão de exemplares vendidos e trouxe-lhe grande sucesso. Outros êxitos se seguiram, como “Les Marionnettes” e “J'ai entendu la mer”.
Entontecido com a glória, passou a viver a 100 à hora, na verdadeira acepção da palavra. Os excessos de velocidade, ao volante dos seus Ferrari e Lamborghini, passaram a fazer parte da sua vida. Em 1968, chegou mesmo a participar numa corrida, como piloto. Interessava-se também pelas grandes viaturas americanas, como os Cadillac.
Manteve uma relação amorosa com a cantora Michèle Torr, da qual nasceu um filho (1967). Quatro anos depois, casou-se com Véronique Kan, com quem teve uma filha.
No princípio dos anos 1970, a sua popularidade fraquejou durante um curto período de tempo. Em 1971, Francis Dreyfus criou a etiqueta Les Disques Motors, onde foram editados muitos dos álbuns de Christophe. Recuperou a popularidade logo em 1972, com várias canções. Passou a beneficiar da colaboração do então jovem letrista Jean Michel Jarre, com o qual gravou o álbum “Les Paradis perdus” (1973) que se colocou nos Tops de vendas, ao lado ou à frente de cantores como Serge Gainsbourg, Michel Polnareff e Jacques Dutronc.
Actuou no emblemático Olympia em dois espectáculos, com bilhetes esgotados, já bastante diferente do seu estilo dos anos 1960. Num momento de depressão, mergulhou na droga, mas durante pouco tempo.
Em 1978, publicou o álbum “Le Beau Bizarre” que foi aplaudido pela crítica. Este foi verdadeiramente o seu primeiro disco de rock. O jornal “Libération” colocou-o mesmo entre os 100 Melhores Álbuns da História do Rock 'n' roll.
Em 1980, a pedido da esposa Véronique, reeditou o singleAline” que, para surpresa geral, atingiu os três milhões e meio de vendas. 
Nos anos 1980, dedicou-se a debater, em programas de televisão, o flagelo da fome no mundo, mostrando outra faceta da sua personalidade.
O seu ritmo de trabalho diminuiu. Passou a consagrar-se, essencialmente, às suas colecções de juke-boxes, de discos raros e de filmes famosos. O seu lado de cinéfilo era conhecido de Henri Langlois, da Cinemateca Francesa, a quem Christophe emprestou uma cópia original de “La Strada” de Federico Fellini.
Mudou de editora em 1995, passando para a Epic, uma subsidiária da Sony.
No fim dos anos 1990, começou a interessar-se sobremaneira pelas novas tecnologias e pelos sintetizadores, Passou longos meses a trabalhar vozes, sons e músicas, num estúdio que instalou em sua casa. Anunciou então o seu regresso aos palcos, o que não acontecia há cerca de 26 anos. Deu uma série de concertos magníficos no Olympia, contando com a colaboração de especialistas de iluminação teatral e de dança. Cantava sentado num pequeno banco, com os holofotes focados sobre ele, enquanto actuavam dançarinos e várias imagens de rock eram projectadas. O disco “Christophe Live à l'Olympia”, publicado no ano seguinte, e um DVD testemunham a magia reencontrada.
Com artistas convidados, actuou em 2004 no Élysée Montmartre e, no ano seguinte, na Opéra-Comique. Até ao fim de 2009, Christophe tinha já vendido perto de seis milhões de álbuns unicamente em França.
Já nos anos 2010, fez longas tournées que o levaram a várias cidades francesas, à Suíça, Bélgica e Líbano. Em Julho de 2011, actuou na sua terra natal, onde cantou durante cerca de 4 horas. Em Outubro, voltou ao Olympia.
Em Dezembro de 2014, foi feito cavaleiro da Legião de Honra francesa. Christophe lançou, em Abril de 2016, o álbum “Les Vestiges du chaos”, que foi recebido com entusiasmo tanto pela crítica como pelo público. Completa hoje 71 anos de idade.

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