segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

23 DE JANEIRO - CAMILLA COLLETT

EFEMÉRIDECamilla (Wergeland) Collett, romancista norueguesa, geralmente descrita como a primeira feminista da Noruega, nasceu em Kristiansand no dia 23 de Janeiro de 1813. Morreu em Kristiania, actual cidade de Oslo, em 6 de Março de 1895. Era a irmã mais nova do poeta Henrik Wergeland e é reconhecida como das primeiras autoras a contribuir para o Realismo na literatura norueguesa.
Camilla, pertencente à grande burguesia de Kristiania, defendeu a emancipação das mulheres, deixando alguns escritos que constituem uma bíblia do feminismo burguês.
Filha de um pastor, Camilla começou por ser uma rapariga bem educada que observava e seguia os irmãos mais velhos. O pai tinha sido chamado a desempenhar – em 1814 – um papel importante no turbilhão da política norueguesa causado pelo tratado de Kiel e pela rivalidade entre a Suécia e a Dinamarca.
Para melhorar uma educação já bastante esmerada, Camilla foi enviada em 1827 para uma instituição interna de raparigas em Christianfeldt, onde estudou alemão e literatura europeia. Em 1830, regressou a Kristiania.
Com 17 anos, Camilla assistiu ao início da carreira literária do irmão Henrik, viu o casamento infeliz da irmã e apaixonou-se por um jovem poeta (Johan Sebastian Welhaven) originário de uma família burguesa arruinada. Johan preferiu, no entanto, dedicar-se apenas à vida literária. O pai de Camilla incitou-a, então, a viajar pela Europa. A jovem habituou-se a viajar desde 1834 e, nos anos 1860, passaria mesmo mais tempo nas capitais europeias do que na Escandinávia.
Livre na sua vida, mas sentindo-se revoltada constantemente pela dominação masculina, viveu dos recursos familiares e habitou a casa do pai até ao casamento com o jurista Jonas Collett em 1841. O casal teve quatro filhos e Jonas faleceu em 1851.
Camilla, que escrevia um diário desde a adolescência e tinha os meios de se dedicar à literatura, lançou-se na elaboração de pequenas novelas, sublimando a sua vida pessoal e inspirando-se na vida sentimental descrita nos seus diários íntimos. Uma recolha destas primeiras novelas foi publicada em 1860.
Em 1854/55, escreveu o seu primeiro romance psicológico, “As filhas do prefeito”, onde aborda o papel do amor e disseca o direito das mulheres a disporem das suas vidas e dos seus sentimentos.
Escreveu mais novelas e romances entre 1861 e 1885. Postumamente, em 1912/13, foram publicadas todas as suas obras (“Samlede voerker”).

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