terça-feira, 3 de janeiro de 2017

3 DE JANEIRO - CHICO DE ASSIS

EFEMÉRIDEChico de Assis, de seu nome completo Francisco de Assis Pereira, dramaturgo brasileiro, morreu em São Paulo no dia 3 de Janeiro de 2015. Nascera na mesma cidade em 10 de Dezembro de 1933.
Começou os seus estudos no Colégio São Paulo. Depois, foi aluno interno do Colégio Diocesano São Luiz em Bragança Paulista. Iniciou as suas actividades em artes cénicas em 1953, como actor de rádio.
Ao terminar o segundo grau de ensino, foi trabalhar na TV Tupi de São Paulo como camera-man. Ali conheceu o ambiente televisivo, onde permaneceu até 1957, trabalhando nas mais variadas funções. Na Tupi, teve a sua primeira peça montada, uma adaptação de “Os óculos de Pedro Antão” de Machado de Assis. Para o mesmo canal, escreveu o seu primeiro original – “Na Beira da Várzea”.
Em 1958, ingressou no grupo Teatro de Arena de São Paulo, onde trabalhou como actor e fez parte da fundação do 1º Seminário de Dramaturgia do Arena e do Laboratório de Interpretação.
Em 1960, mudou-se para o Rio de Janeiro com o Teatro de Arena, onde fez a sua segunda assistência de direcção. A primeira tinha sido para Antunes Filho em “Plantão 21”. Desta vez, trabalhou com Zé Renato Pecora na peça “A revolução na América do Sul” de Augusto Boal.
No Rio, desvinculou-se do Arena e foi dirigir o Grupo do Teatro Jovem na Faculdade de Arquitectura. Dirigiu uma peça de Oduvaldo Vianna Filho – “A Mais Valia vai Acabar, Seu Edgard”. Foi um dos fundadores do Centro Popular de Cultura da UNE de São Paulo, Santo André e Bahia, que revelou inúmeros artistas.
Chico de Assis dedicou-se ao estudo da literatura de cordel, nascendo deste trabalho uma trilogia experimental que consta das peças “O testamento do Cangaceiro”, “As aventuras de Ripió Lacraia” e “Farsa com Cangaceiro Truco e Padre” (agora intitulada “Xandú Quaresma”).
A sua peça “Missa Leiga” foi montada com sucesso no Brasil e em Portugal; sendo levada também a Angola e Moçambique, com elenco brasileiro.
Chico de Assis deixou um repertório de teatro de mais de 30 peças. Venceu a primeira edição do Prémio Gastão Tojeiro em 1999. Foi professor do curso de dramaturgia e de preparação de atores Acção Dramática.
Em 2002, ingressou na Companhia Ocamorana, como dramaturgo. Foi mestre de dramaturgia do projecto de cidadania “Este País é Meu”, da Sociedade Gastão Tojeiro, patrocinado pela Secretaria da Cultura do Município de São Paulo.
Em 2014, recebeu a Ordem do Mérito Cultural, pelo seu trabalho no teatro e no ensino da dramaturgia.
Aos 81 anos, foi encontrado morto no seu apartamento, no bairro dos Jardins, em São Paulo. O seu corpo foi velado no Teatro Arena e sepultado no cemitério da Vila Alpina.

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