domingo, 26 de fevereiro de 2017

26 DE FEVEREIRO - ANTÓNIO DA CUNHA TELLES

EFEMÉRIDEAntónio Alexandre Cohen da Cunha Telles, realizador, produtor e distribuidor de cinema português, nasceu no Funchal em 26 de Fevereiro de 1935. Foi um dos iniciadores do Cinema Novo português, como realizador e como produtor.
Estuda Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, acabando por se dedicar ao Cinema. Instalou-se em Paris, por volta de 1956, e estudou Realização no Institut des Hautes Études Cinématographiques, de onde saiu diplomado em 1961.
Regressado a Portugal, dirigiu o jornal de actualidades “Imagens de Portugal”, assumindo funções directivas nos Serviços de Cinema da Direcção de Geral do Ensino Primário.
Estreou-se como realizador, com o documentário “Os Transportes” (1962), encomendado pela Direcção-Geral do Ensino Primário, e deu início a uma actividade de produtor que o tornaria indissociável do movimento do Novo Cinema português. Produziu “Os Verdes Anos” (1963) de Paulo Rocha e “Belarmino” (1964) de Fernando Lopes. Em 1967, por falta de êxito comercial dos filmes daquele novo movimento, abandonou por curto período a produção e realizou “Cine-Almanaque”, jornal de actualidades cinematográficas de que foram exibidas doze edições.
Em 1969, começou verdadeiramente a carreira de realizador. A sua primeira longa-metragem é de 1970, “O Cerco”. Fundou, entretanto, uma distribuidora (Animatógrafo) que seria responsável por uma quase revolução no tipo de cinema visto em Portugal na primeira metade dos anos 1970 (Bertolucci, Oshima, Eisenstein e Glauber Rocha foram alguns dos realizadores que entraram em contacto com o público português através desta distribuidora).
Na década de 1970, realizou três filmes: “Meus Amigos” (1974) e “Continuar a Viver” (1976), em nome próprio, e “As Armas e o Povo” (1975), um filme realizado colectivamente. No final da mesma década, encontramos Cunha Telles em lugares tão ilustres como o topo da administração do Instituto Português de Cinema e da Tobis Portuguesa.
Em 1983, voltou à produção, depois de cindir a firma Animatógrafo entre um sector de distribuição (que ainda hoje mantém actividade sob a direcção de Renée Gagnon – a actual Marfilmes) e um de produção, que Cunha Telles encabeça (juntamente com a sua filha Pandora da Cunha Telles – a actual Filmes de Fundo), onde se vem dedicando a produções próprias e a assegurar produções executivas de filmes estrangeiros parcialmente rodados em Portugal. Conta desde então com um número impressionante de películas produzidas, de realizadores como Fonseca e Costa, Eduardo Geada, Joaquim Leitão, Edgar Pêra, António de Macedo e António Pedro Vasconcelos, vários telefilmes e inúmeras produções executivas internacionais.
Realizou ainda “Vidas” (1984), “Pandora” (1996) e, mais recentemente, “Kiss Me” (2004), primeira e única experiência cinematográfica da manequim Marisa Cruz.

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