quarta-feira, 31 de maio de 2017

31 DE MAIO - PAULINHO DA COSTA

EFEMÉRIDEPaulinho da Costa, de seu nome Paulo Roberto da Costa, percussionista brasileiro que se tornou um dos músicos mais requisitados nos estúdios de gravações em Los Angeles, nasceu no Rio de Janeiro em 31 de Maio de 1948.
Sendo um dos músicos que mais gravou e participou em discos nos tempos modernos, foi considerado pela revista “Down Beat” como um dos percussionistas mais talentosos do nosso tempo. Participou em vários álbuns galardoados com Grammy Awards, entre eles “Thriller” de Michael Jackson, “True Blue” de Madonna e “Let's Talk About Love” de Celine Dion.
Participou também em músicas e bandas sonoras de filmes de grande sucesso, entre eles “Os embalos de sábado à noite”, “Darty Dancy”, “Purple Rain” e “Jurassic Park”.
Paulinho, que toca mais de 200 instrumentos, também colaborou com Diana Krall. Recebeu da National Academy of Recording Arts and Sciences, durante três anos consecutivos, o Most Valuable Player Award.
Nascido no bairro do Irajá, começou a tocar pandeiro ainda na infância. Mais tarde, integrou a ala jovem da bateria da escola de samba Portela. Ainda adolescente, aos 15 anos, viajou para a Rússia numa trupe organizada pelo empresário Carlos Machado e liderada pelos cantores Jorge Goulart e Nora Ney. Ao voltar ao Brasil, Paulinho começou a estudar e a desenvolver técnicas para diversos instrumentos de percussão.
Em 1972, a convite do pianista Sérgio Mendes, viajou pela primeira vez para Los Angeles, onde vive agora há mais de 40 anos. A sua primeira gravação foi em 1976 – “Love Machine” do grupo The Miracles, com a lenda do soul Smokey Robinson.
Na mesma época, o trompetista e jazzista Dizzy Gillespie apresentou Paulinho da Costa ao fundador das etiquetas Verve e Pablo, Norman Granz, que o apadrinhou e possibilitou que ele ficasse de vez nos Estados Unidos. Desde então, Paulinho da Costa colaborou com centenas de artistas de todo o mundo, na gravação de mais de 900 músicas dos mais variados géneros.
Reconhecido pela sua versatilidade musical, contribuiu com bandas sonoras para mais de 150 filmes e programas de televisão. Trabalhou numa variedade de projectos, incluindo comédias, desenhos animados, filmes de acção e de aventuras. Paulinho da Costa também apareceu no filme “A Cor Púrpura” de Steven Spielberg, fazendo o papel de um músico africano.

terça-feira, 30 de maio de 2017

30 DE MAIO - JUAN CARLOS ONETTI

EFEMÉRIDEJuan Carlos Onetti, romancista uruguaio, morreu em Madrid no dia 30 de Maio de 1994. Nascera em Montevideu, em 1 de Julho de 1909. Foi considerado não só o escritor mais importante do seu país, mas também um dos maiores ficcionistas de língua espanhola no século XX.
O pai era funcionário da alfândega, descendente de emigrantes Irlandeses (apelido original O’Nety), e a mãe pertencia a uma família aristocrata luso-brasileira do estado do Rio Grande do Sul.
Em 1930, casou-se com Maria Amalia Onetti, sua prima, com quem teve um filho, tendo vivido em Buenos Aires. Em 1933, divorciaram-se. Voltou a Montevideu e, um ano depois, casou-se com Maria Julia Onetti, também sua prima, com quem ficou até 1945. Consorciou-se ainda mais duas vezes, tendo tido mais uma filha.
O seu primeiro livro, “A Batalha” (1939), contem sérios ataques a William Faulkner e ao existencialismo, sendo considerado o primeiro romance moderno da América do Sul.
De 1941 a 1955, voltou a viver em Buenos Aires. Em 1955, publicou “A Vida Breve”, obra sobre a fundação de Santa María, uma cidade fictícia, que viria a perpassar por outras das suas obras. Em 1962, recebeu o Prémio Nacional de Literatura do Uruguai.
Era vigiado pela ditadura do seu país desde 1964 e, em 1975, exilou-se em Madrid, depois de ter sido preso durante seis meses, por fazer parte de um júri literário que premiara um livro contra o regime. Ficou em Espanha até ao fim dos seus dias, falecendo numa clínica da capital espanhola. No começo do exílio, exerceu profissões como porteiro, empregado de mesa e vendedor.
Embora não tenha chegado a completar o ensino secundário, Onetti apresenta em toda sua obra uma estrutura original e inovadora, que lhe rendeu o Prémio Cervantes de Literatura em 1980.
Em 1985, voltou a receber o Prémio Nacional de Literatura do Uruguai e, em 1990, conquistou o Prémio da União Latina de Literatura.
Além do reconhecimento institucional, Onetti gozava de largo prestígio entre os escritores latino-americanos, como Gabriel García Márquez (de quem herdou boa parte da estrutura narrativa) e Juan José Saer. Julio Cortázar, escritor e seu amigo, costumava dizer que Onetti «era o maior romancista latino-americano».
Desempenhou várias funções ao longo da sua vida, entre as quais: publicitário, director da Biblioteca Municipal de Montevideu (desde 1957) e editor do jornal “Marcha”.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

29 DE MAIO - LEAH GOLDBERG

EFEMÉRIDELeah Goldberg, escritora e tradutora israelita, nasceu em Königsberg no dia 29 de Maio de 1911. Morreu em Jerusalém, em 15 de Janeiro de 1970.
Oriunda de uma família de judeus lituanos de Königsberg (actual Kaliningrado, Rússia, então Prússia Oriental), estudou na Universidade de Kaunas (Lituânia), em Berlim e na Universidade de Bona, especializando-se em Filosofia e Línguas Semíticas, disciplina em que se doutorou em 1933, com uma tese sobre o dialecto samaritano. Terminados os estudos, voltou à Lituânia e ensinou Literatura em Raseiniai.
Emigrou para a Palestina em 1935, onde foi membro do grupo Yahdav, dos poetas Abraão Shlonsky e Nathan Alterman. No ano seguinte, a mãe juntou-se a ela e fixaram-se em Telavive.
Leah Goldberg trabalhou como consultora literária de Habima, o teatro nacional, e como editora de publicações para a Hapoalim Sifriat (Biblioteca dos Trabalhadores). Em 1954, começou a ministrar cursos de Literatura na Universidade Hebraica de Jerusalém e, a partir de 1963, dirigiu o departamento de Literatura Comparada.
Escritora prolífica, escreveu quase sempre em hebraico. Foi poetisa, autora de livros em prosa para crianças e adultos, e dramaturga. É considerada uma clássica da literatura israelita. Falava sete idiomas e traduziu numerosas obras, sobretudo russas e italianas.
Faleceu no Inverno de 1970, vítima de cancro, aos 58 anos de idade. Foi sepultada em Jerusalém. Acabara de ganhar o Prémio Israel de Literatura, que foi entregue a sua mãe, que ainda lhe sobreviveria treze anos.

domingo, 28 de maio de 2017

MANUEL FREIRE - "Pedra Filosofal"

28 DE MAIO - LIA GAMA

EFEMÉRIDELia Gama, de seu verdadeiro nome Maria Isilda da Gama Gil, actriz portuguesa, nasceu no Fundão, Barroca, em 28 de Maio de 1944.
Veio ainda criança para Lisboa, onde iniciou os estudos secundários. Depois, foi aprender o ofício de cabeleireira, ao mesmo tempo que se iniciava no mundo do espectáculo.
Chegou ao teatro em 1960, como ajudante de promoção da peça “A Margarida da Rua”, em que Vasco Morgado lhe atribuiu a tarefa de vender margaridas no foyer do Teatro Monumental. Em 1963, deu-se a sua estreia efectiva como actriz, em “Vamos contar mentiras”, peça dirigida por Manuel Santos Carvalho.
Surgiu entretanto a oportunidade de ir para Paris estudar representação e, em 1965, foi frequentar a Escola de Teatro René Simon. Ao fim de um ano, quando regressou a Portugal, veio integrar o elenco do Teatro Estúdio de Lisboa, onde foi dirigida por Luzia Maria Martins em várias peças, até 1968. Ao mesmo tempo, iniciou-se no cinema, com António de Macedo, em “Sete Balas para Selma” (1967). No ano seguinte, mudou-se para o Teatro Experimental de Cascais, de Carlos Avilez.
Em 1970, fez um interregno na carreira, ocupada pelo seu casamento com Frederico Maria Oom Moniz Galvão, pai do seu filho João Carlos Gil de Moniz Galvão, nascido em Lisboa, em 1972.
Quando regressou aos palcos, fez parte de diferentes companhias teatrais: Casa da Comédia, Teatro da Cornucópia, Os Cómicos, Teatro da Graça, Grupo 4, Comuna – Teatro de Pesquisa e Companhia Teatral do Chiado, dirigida por nomes tão importantes como João Lourenço, Jorge Silva Melo, Luís Miguel Cintra, Ricardo Pais, Jorge Listopad, Fernando Gusmão, João Mota e Juvenal Garcês.
Nos tempos livres, fez incursões no teatro televisivo e, a partir de 1974, iniciou uma carreira regular no cinema. Protagonizou 22 filmes (1967/2006) e fez mais de 20 trabalhos para televisão (1979/2016).
Lia Gama terá feito, ao todo, mais de 30 peça teatrais. Protagonizou também o recital de canções portuguesas “Remix deLuxe”, com Jeff Cohen ao piano e encenado por Cândida Vieira, e integrou o elenco de “Conferência de Imprensa e Outras Aldrabices” (a partir de Harold Pinter, Antonio Tarantino, Arne Sierens, Irmãos Presniakov, Jon Fosse e Miguel Castro Caldas entre outros), com encenação de Silva Melo.
Em 2005 e 2006, integrou o elenco da peça de Paula Vogel, com encenação de Fernanda Lapa, “A Mais Velha Profissão” (Globo de Ouro para Melhor Produção), no Teatro Nacional D. Maria II. A sua mais recente interpretação foi no musical “O Assobio da Cobra”, dirigido por Adriano Luz no Teatro São Luiz, em 2006.
Entre outros galardões, recebeu o Prémio da Casa da Imprensa pela sua interpretação no filme “Kilas, o Mau da Fita”, a Medalha 25 de Abril da Associação Portuguesa dos Críticos de Teatro e a Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura em 2006.

sábado, 27 de maio de 2017

27 DE MAIO - ANA BELÉN

EFEMÉRIDEAna Belén, de seu verdadeiro nome María del Pilar Cuesta Acosta, cantora, actriz e realizadora espanhola, nasceu em Madrid no dia 27 de Maio de 1951. Está casada há 45 anos com o cantor Víctor Manuel, com quem colabora musicalmente. Os dois constituem também um dos símbolos da transição democrática em Espanha.
Ana Belén estudou Artes Dramáticas durante a sua juventude e começou a trabalhar em produções teatrais e cinematográficas, em meados dos anos 1960. Foi durante as filmagens de “Morbo”, de Gonzalo Suárez, que conheceu Víctor Manuel com quem se casou em Gibraltar (1972). Nessa época, começou também a sua carreira de cantora, lançando álbuns como “Tierra”, em 1973, e “Calle del Oso”, com canções compostas por Víctor Manuel, algumas delas com claro conteúdo político e social.
Em 1991, gravou “Como una novia” com canções de Gloria Varona, Pancho Varona e Antonio García de Diego, sendo este o primeiro álbum que não incluiu qualquer canção composta ou adaptada por Víctor Manuel.
Em 1997, publicou um novo álbum, “Mírame”, com as suas próprias canções, que se tornou o disco mais vendido da sua carreira a solo. Para o seu lançamento, fez uma tournée por toda a Espanha e, no Outono do mesmo ano, passou pela América, onde foi recebida com o mesmo entusiasmo.
Em 1998, quando do centenário de Federico García Lorca, lançou dois álbuns em sua homenagem sob o título “Lorquiana”, uma colecção de poemas e canções populares de Lorca.
Em 1991, realizou o filme “Como ser mujer y no morir en el intento”. Em 2006, recebeu a Medalha de Ouro do Mérito nas Belas Artes, outorgada pelo Ministério da Educação, da Cultura e dos Desportos espanhol.
Ao longo da sua longa carreira, para além da música, já protagonizou cerca de 40 filmes (1965/2004), mais de 10 telefilmes (1970/1999)) e 22 peças de teatro (1965/2007). 

sexta-feira, 26 de maio de 2017

26 DE MAIO - ALAN HOLLINGHURST

EFEMÉRIDEAlan Hollinghurst, escritor e tradutor britânico, nasceu em Stroud, no Gloucestershire (Inglaterra), em 26 de Maio de 1954.
Filho de um banqueiro, começou os estudos na Canford School, em Dorset, prosseguindo-os depois no Magdalen College da Universidade de Oxford, onde obteve um bacharelato em 1975 e o mestrado em Literatura (1979).
No fim dos anos 1970, foi mestre de conferências, sucessivamente, nos colégios Magdalen, Somerville e Corpus Christi, este na Universidade de Oxford. Em 1981, tornou-se professor no University College de Londres. Colaborou de modo regular no “Times Literary Supplement”, entre 1982 e 1995.
Com o seu primeiro romance, “The Swimming Pool Library” (1988), conquistou o Prémio Somerset-Maugham (1989). “The Line of Beauty” (2004) recebeu o Prémio Man Booker.
Em França, o Prémio de Melhor Livro Estrangeiro (2013) foi atribuído a “The Stranger's Child”, publicado dois anos antes. Tradução de Bernard Turle.
Entre outras obras, Alan Hollinghurst traduziu para inglês as tragédias “Bajazet” e “Bérénice” de Jean Racine.
The Line of Beauty” foi adaptado à televisão em 2006 e transmitido como mini-série, em três episódios.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

25 DE MAIO - JOAQUIM PEDRO DE ANDRADE

EFEMÉRIDE Joaquim Pedro de Andrade, cineasta brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro em 25 de Maio de 1932. Morreu na mesma cidade em 10 de Setembro de 1988.
O pai foi o fundador do Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional. Joaquim passou a infância no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, entre os mais importantes intelectuais brasileiros da época. Manuel Bandeira era tão amigo da família que acabou por ser seu padrinho de crisma.
Em 1950, iniciou a sua licenciatura em Física, no Rio, onde frequentava o cineclube do Centro de Estudos Cinematográficos. Recebeu a influência de Plínio Sussekind Rocha, professor de mecânica analítica, teórico do cinema mudo e fundador do Chaplin Club.
Joaquim Pedro escrevia sobre cinema no jornal da faculdade e chegou a fazer experiências como cineasta amador. Namorou Sarah de Castro Barbosa, com quem se casaria mais tarde. Entre as experiências cinematográficas da época, actuou no filme “Les Thibault”, de Saulo Pereira de Melo, e trabalhou como assistente de realização na curta-metragem “Caminhos”, de Paulo César Saraceni.
A troca definitiva da Física pelo Cinema viria em 1957, mas – antes da sua primeira experiência profissional como assistente de realização do filme “Rebelião em Vila Rica” – foi obrigado pelo pai a fazer um estágio em Congonhas, na restauração da obra “Os Passos da Paixão”, do artista Aleijadinho.
O seu primeiro filme como realizador foi a curta-metragem “O Poeta do Castelo e o Mestre de Apipucos”, financiada pelo Instituto Nacional do Livro. O filme regista a intimidade do poeta Manuel Bandeira e a do escritor e sociólogo Gilberto Freyre.
Em 1960, produziu a curta-metragem “Couro de Gato”, filmado no morro do Cantagalo, no Rio de Janeiro, com actores amadores. Contemplado pelo governo francês com uma bolsa de estudos, foi depois estudar cinema em França.
Em 1963, foi convidado para dirigir o documentário “Garrincha, Alegria do Povo”, ideia de Luís Carlos Barreto, que o produziu e fez o guião, ao lado de Armando Nogueira. Em 1965, fundou a produtora Filmes do Serro e iniciou as filmagens de “O Padre e a Moça”.
Preso pela ditadura militar em 1969 e libertado alguns dias depois, começou a filmar “Macunaíma”, o seu maior sucesso segundo a crítica.
No Festival de Veneza de 1972, o seu filme “Os Conspiradores” recebeu o Prémio do Comité Internacional de Difusão da Arte e das Letras.
Casou-se pela segunda vez, em 1976, com a actriz Cristina Ache, com quem teve um casal de filhos e que dirigiu em “Guerra Conjugal” e “Contos Eróticos”.
Vítima de cancro num pulmão, morreu aos 56 anos, antes de realizar o seu projecto de adaptar ao cinema “Casa-Grande e Senzala” de Gilberto Freyre.
Em 2006, durante o Festival Internacional de Cinema de Veneza, foi feita uma retrospectiva da sua obra. Foram exibidas seis longas-metragens restauradas em formato digital pela sua filha, a também cineasta Alice de Andrade.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

24 DE MAIO - EDUARDO DE FILIPPO

EFEMÉRIDEEduardo De Filippo, dramaturgo, actor, realizador e cenarista italiano, nasceu em Nápoles em 24 de Maio de 1900. Morreu em Roma, em 31 de Outubro de 1984.
Filho do actor e dramaturgo Eduardo Scarpetta e da costureira de teatro Luisa De Filippo, iniciou a sua carreira sob a orientação do pai. Começou pela escrita dramática, com “Farmácia de serviço” (1920). 
Em 1929, juntamente com a irmã e o irmão, estreou-se como actor no Teatro Nuovo de Nápoles. Dois anos mais tarde, fundaram a Compagnia Umoristica i De Filippo.
A partir de 1937, representaram sobretudo peças de Eduardo, cuja audiência se estendeu por toda a Itália. Em 1944, os irmãos separam-se e, em 1946, a companhia passou a chamar-se Il Teatro di Eduardo.
Pelo conjunto das suas contribuições para a Arte, De Filippo foi nomeado senador vitalício pelo presidente italiano Sandro Pertini. Foi igualmente aventada a hipótese do seu nome ser indicado para o Prémio Nobel da Literatura, o que não veio a concretizar-se.  
Escreveu cerca de sessenta peças, realizou vários filmes e protagonizou muitas peças teatrais, a maioria das quais de sua autoria.
Morreu aos 84 anos, sendo sepultado no cemitério de Campo Verano, em Roma.

terça-feira, 23 de maio de 2017

23 DE MAIO - MARGARET FULLER

EFEMÉRIDE – Sarah Margaret Fuller Ossoli, jornalista, escritora, crítica literária e militante feminista norte-americana, nasceu em Cambridge, Massachusetts, no dia 23 de Maio de 1810. Morreu em Fire Island, em 19 de Julho de 1850.
Foi a primeira crítica literária nos Estados Unidos, a tempo inteiro. O seu livro “Woman in the Nineteenth Century” é considerado também o primeiro trabalho literário feminista escrito na América.
Teve uma educação prematura e substancial dada pelo pai, que era advogado. Seguiu depois estudos mais formais e tornou-se professora (1836/39). Antes, começou a assistir ao que ela chamava «conversas», debates entre mulheres com o objectivo de compensarem o seu não acesso ao ensino superior.
Em 1840, tornou-se a primeira editora do jornal transcendentalista “The Dial”, antes de se juntar à equipa do “New York Tribune”, como crítica literária (1844).
Aos 30 anos, Fuller tinha ganho a reputação de ser a «pessoa mais culta de Nova Inglaterra» e foi a primeira mulher autorizada a utilizar a biblioteca de Harvard. O seu trabalho “Woman in the Nineteenth Century” foi publicado em 1845. Um ano depois, Margaret foi enviada à Europa pelo “NY Tribune”, como sua primeira correspondente do sexo feminino. Entrevistou então grandes personalidades mundiais.
Cedo se começou a envolver com a Revolução Italiana e aliou-se com o revolucionário Giuseppe Mazzini. Teve uma relação com Giovanni Ossoli, também revolucionário, com o qual se casou em 1847 e teve um filho.
Os três membros da família morreram num naufrágio perto de Fire Island, quando viajavam de Itália para Nova Iorque em 1850. O corpo de Margaret Fuller nunca foi encontrado. Entre os escritos perdidos havia o manuscrito da “História da República Romana”. Parte do espólio literário de Fuller acabaria por ser reunido pelo seu irmão, nos volumes “At Home and Abroad” (1856) e “Life Without and Life Within” (1858).
Um memorial foi-lhe consagrado no cemitério de Mount Auburn. O seu nome está inscrito no National Women's Hall of Fame.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

22 DE MAIO - ZÉ RODRIX

EFEMÉRIDEZé Rodrix, de seu verdadeiro nome José Rodrigues Trindade, compositor, multi-instrumentista, cantor, publicitário e escritor brasileiro, morreu em São Paulo no dia 22 de Maio de 2009. Nascera no Rio de Janeiro em 25 de Novembro de 1947.  
Iniciou a sua carreira musical, integrando – com colegas do Colégio de Aplicação da UFRJ – o grupo vocal Momentoquatro. O grupo acompanhou Marília Medalha, Edu Lobo e o Quarteto Novo na apresentação de “Ponteio”, vencedor do Festival da Record em 1967, além de ter gravado um compacto duplo e um LP pela gravadora Philips.
Estudou depois no Conservatório Brasileiro de Música, desenvolvendo a sua actividade multifacetada – tocava piano, violão, acordeão, flauta, bateria, saxofone e trompete.
Na década de 1970, participou na banda Som Imaginário, grupo criado para acompanhar Milton Nascimento.
Desligou-se da banda em 1971 e venceu o Festival da Canção de Juiz de Fora, com a canção “Casa no campo”, uma das suas composições mais famosas, que se tornaria um grande sucesso na voz de Elis Regina.
Por essa época, compôs várias músicas em parceria com Luiz Carelos Sá e Guttemberg Guarabyra. Saiu deste trio em 1973, para seguir a carreira a solo e ter participações especiais em gravações de diversos artistas, como o disco de estreia dos Secos & Molhados.
Na década de 1980, passou a dedicar-se mais à publicidade do que à musica. Em 1983, integrou o grupo Joelho de Porco, com o qual gravou um LP. Participou no Festival dos Festivais em 1985, ganhando o prémio de Melhor Letra, com a canção “A Última Voz do Brasil”.
Entre 1989 e 1996, assinou a direcção musical dos espectáculos “Não fuja da Raia” e “Nas Raias da loucura” e do programa “Não fuja da Raia”, protagonizado pela actriz Cláudia Raia.
Em 1993, foi galardoado com o Prémio Kikito, no Festival de Cinema de Brasília, com a banda sonora do filme “Batman e Robin”.
Em 2001, reuniu-se novamente a Sá e Guarabyra, tendo o show de estreia ocorrido no Rock in Rio. Logo após o lançamento de “Outra Vez Na Estrada”, com o trio em 2001, Zé Rodrix conheceu o Clube Caiubi de Compositores, em São Paulo, e passou a desenvolver parcerias com novos autores da música brasileira.
Em Dezembro de 2008, Zé Rodrix lançou um single ao lado de Sá e Guarabyra, chamado “Amanhece um outro dia”. A canção foi tema de abertura da telenovela “Revelação”.
No início da década de 2000, revelou que era maçom, chegando a lançar uma obra sobre a maçonaria, intitulada “Trilogia do Templo”. Sobre a trilogia, o escritor Luís Eduardo Matta afirmou no prefácio do terceiro volume: «Nunca, em toda a trajectória literária brasileira, um escritor se aventurou com tamanha obstinação por uma saga épica monumental como é o caso desta trilogia, que se debruça sobre os primórdios da maçonaria, uma das fraternidades iniciáticas mais antigas do mundo, mesclando erudição e fluência, onde realidade e ficção se confundem num incrível mosaico narrativo». Ainda de acordo com Matta, a “Trilogia do Templo” foi uma das mais fantásticas obras literárias produzidas no Brasil na primeira década do século XXI.
Zé Rodrix morreu, após sentir-se mal e ter sido transportado para o Hospital das Clínicas, em São Paulo, cidade onde vivia. Tinha 61 anos. 

domingo, 21 de maio de 2017

21 DE MAIO - HILTON VALENTINE

EFEMÉRIDEHilton Valentine, músico britânico que foi guitarrista da banda inglesa The Animals, nasceu em North Shields, Northumberland, no dia 21 de Maio de 1943.
Entrou no mundo da música tocando em bandas de skiffle, antes de se juntar – em 1962 – ao grupo do organista Alan Price, que se tornará então na banda The Animals. Em Março de 1964, foi lançado o primeiro singleBaby Let me Take You Home”. Valentine é sobretudo lembrado pela sua introdução de guitarra na canção “The House of the Rising Sun” (Junho de 1964), que esteve nos Tops de vendas ingleses e norte-americanos e tem inspirado muitos guitarristas. A banda foi dissolvida em Setembro de 1966.
A sua actividade nas décadas 1970/80 é pouco conhecida, mesmo consultando o seu site oficial.  
Em 1994, juntamente com os antigos membros dos The Animals, Eric Burdon, Alan Price, John Steel e Chas Chandler, entrou para o Rock and Roll Hall of Fame. Seriam também “entronizados” no Passeio da Fama de Hollywood em Março de 2001.
Tempos mais tarde, mudou-se para a Califórnia e gravou um álbum a solo intitulado “All In Your Head”. Regressou a Inglaterra e, em 2004, lançou o álbum “It's 'n' Folk Skiffle, Mate!”.
Entre Fevereiro de 2007 e Novembro de 2008, fez uma tournée com Eric Burdon. Em 2009, actuou em toda a Inglaterra, Nova Iorque e Carolina do Sul, com o seu projecto a solo “Skiffledog”. No início de 2009, lançou duas gravações na sua página no MySpace.

sábado, 20 de maio de 2017

HILTON VALENTINE (The Animals) - "House Of The Rising Sun"


20 DE MAIO - ANNA NERY

EFEMÉRIDEAnna Justina Ferreira Nery, mais conhecida como Anna Nery ou Ana Néri, enfermeira brasileira, pioneira da enfermagem no Brasil, morreu no Rio de Janeiro em 20 de Maio de 1880. Nascera em Cachoeira, Bahia, no dia 13 de Dezembro de 1814.  
Casou-se com o capitão-de-fragata Isidoro Antônio Nery em 1837, com quem teve três filhos. O marido morreu em 1843.
Dois filhos de Anna Nery eram oficiais do Exército e, ao deflagrar a Guerra do Paraguai, em Dezembro de 1864, seguiram para o campo de batalha, acompanhados do tio, o major Maurício Ferreira, irmão de Anna.
Anna requereu, então, ao presidente da província da Bahia, que lhe fosse facultado acompanhar os filhos e o irmão durante os combates ou que, pelo menos, pudesse prestar serviço nos hospitais do Rio Grande do Sul. Deferido o pedido, Anna partiu de Salvador, em Agosto de 1865, incorporada no 10º batalhão de voluntários, na qualidade de enfermeira.
Durante toda a campanha, prestou serviços ininterruptos nos hospitais militares de Salto, Corrientes, Humaitá e Assunção, bem como nos hospitais da frente de operações. Viu morrer na luta um dos seus filhos.
Terminada a guerra, regressou à sua cidade natal, onde lhe foram prestadas grandes homenagens. O governo imperial concedeu-lhe a Medalha Geral de Campanha e a Medalha Humanitária de 1ª classe.
Anna morreu aos 65 anos. Em sua homenagem, foi lançado um selo postal e foi dado o seu nome à primeira escola oficial brasileira de enfermagem.
Em 1938, Getúlio Vargas assinou um decreto que instituiu o “Dia do Enfermeiro”, em que anualmente devem ser prestadas homenagens especiais à memória de Anna Nery, nos hospitais e escolas de enfermagem do Brasil. Em 2009, Anna Justina Ferreira Nery entrou para o livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

19 DE MAIO - FERNANDA SENO

EFEMÉRIDEFernanda Seno Cardeira Alves Valente, poetisa, jornalista e professora portuguesa, morreu em Lisboa no dia 19 de Maio de 1996. Nascera em Canha, Montijo, em 23 de Fevereiro de 1942.
Deixou o lar aos dez anos, para continuar os estudos fora da localidade onde nasceu. Viveu em casa de pessoas próximas e amigas dos pais, em Portugal, na Alemanha e em Inglaterra. Concluiu o ensino secundário em Évora, licenciando-se em Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Abraçou a carreira do ensino, que exerceu em escolas de Almada, Reguengos de Monsaraz e Évora.
Começou a escrever poesia ainda muito jovem. Como jornalista, colaborou na imprensa regional e local, escrevendo nos jornais “Mouranense”, “Palavra” e “A Defesa”. Foi chefe de redacção no “Jornal de S. Brás” e redactora principal do boletim “Igreja Eborense”. Escreveu ainda na revista “Ao Largo” (Lisboa).
Em 1998, a Câmara Municipal de Évora homenageou-a atribuindo o seu nome a uma rua do Bairro da Horta das Figueiras.
Fernanda Seno escreveu “As Palavras Às Vezes” (1984), “Trilho de Pó” (1991) e “Cântico Vertical” (1992). Postumamente, foi publicado “Na Fronteira da Luz” (1997). Faleceu aos 54 anos. Não conseguimos encontrar uma fotografia sua.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

18 DE MAIO - GEORGE STRAIT

EFEMÉRIDEGeorge Harvey Strait, cantor, compositor e produtor musical norte-americano, nasceu em Pearsall, no Texas, no dia 18 de Maio de 1952. Conhecido como o “King of Country” (“Rei do Country”), é considerado um dos artistas mais populares dos Estados Unidos. Trouxe o country de volta às suas raízes, longe do estilo pop da década de 1980.
George cresceu na terra natal, onde o pai era professor de matemática. Passou a infância num rancho, onde a família trabalhava durante os fins-de-semana e as férias. Quando tinha nove anos, os pais divorciaram-se. A mãe foi viver com uma filha, enquanto ele e um irmão foram educados pelo pai. Começou a interessar-se pela música quando estava no liceu, onde tocou num grupo de rock.
O sucesso começou com o singleUnwound”, em 1981. Durante a década de 1980, cerca de sete dos seus álbuns ficaram no top dos mais vendidos de música country. Nos anos 2000, George Strait foi nomeado Artista da Década pela Academy of Country Music e eleito para o Hall da Fama da Música Country, tendo ainda ganho o seu primeiro Grammy com o álbum “Troubadour”.
Strait foi nomeado Artista do Ano pela CMA em 1989, 1990 e 2013. Ganhou também o mesmo prémio, outorgado pela ACM, em 1990 e 2014. Ganhou mais galardões destas duas organizações do que qualquer outro músico. Em 2009, bateu o recorde de Conway Twitty de maior número de canções seguidas a atingirem o primeiro lugar das mais tocadas nas listas Hot Country Songs da Billboard. No total, cerca de 60 das suas músicas atingiram os tops nos Estados Unidos.
Ao todo, George vendeu mais de 100 milhões de cópias dos seus discos em todo o mundo, o que faz dele um dos artistas mais bem sucedidos da história. Já recebeu 33 discos de platina e 38 de ouro. Está entre os vinte músicos que mais álbuns venderam nos Estados Unidos.
Casado, teve dois filhos. A filha, Jenifer, morreu aos 13 anos num acidente de automóvel. A família criou uma fundação (The Jenifer Lynn Strait Foundation) em sua memória. É avô desde Fevereiro de 2012 e ao neto foi dado o seu nome (George H. Strait).
Nos seus tempos livres, George gosta de caçar, pescar, esquiar, jogar golfe e andar de moto. 

quarta-feira, 17 de maio de 2017

GEORGE STRAIT - "Troubadour"


17 DE MAIO - SUGAR RAY LEONARD

EFEMÉRIDESugar Ray Leonard, de seu verdadeiro nome Ray Charles Leonard, ex-pugilista norte-americano, nasceu em Wilmington, Carolina do Norte, no dia 17 de Maio de 1956. É considerado um dos maiores boxeurs da história da modalidade.
Foi Campeão Olímpico em Montreal (1976) e depois profissional. Esteve três anos afastado em razão do deslocamento da retina esquerda, após ter conquistado dois títulos mundiais, nas categorias de meios/médios e de médios/ligeiros. Operado com êxito, regressou em 1987 e conquistou os títulos em três categorias: médios, super/médios e meios/pesados. Anunciou depois a sua retirada dos ringues, mas ainda fez dois combates, em 1991 e 1997 (aqui, já com 41 anos de idade).
Fez 40 combates: 36 vitórias (25 por KO), três derrotas e um empate. Dextro e muito móbil, dotado duma prodigiosa rapidez de reacção e de um golpe de vista “supersónico”, estava sempre muito seguro de si e possuía um sentido táctico bastante agudizado.
Foi Pugilista do Ano (“King Magazine”) em 1979 e 1981. É membro do International Boxing Hall of Fame desde 1997. Colaborou em alguns filmes e programas de televisão.

terça-feira, 16 de maio de 2017

16 DE MAIO - FELICIA HEMANS

EFEMÉRIDEFelicia Dorothea Browne Hemans, poetisa inglesa, morreu em Dublin no dia 16 de Maio de 1835. Nascera em Liverpool, em 25 de Setembro de 1793.
Era neta do cônsul veneziano em Liverpool. Os negócios do pai levaram a família para Denbighshire, no norte do País de Gales, onde passou a juventude. Construíram uma casa perto de Abergele e St Asaph. Felicia veio a considerar-se galesa por adopção.
Os seus primeiros poemas, dedicados ao príncipe de Gales, foram publicados em Liverpool (1808), quando tinha apenas catorze anos, despertando o interesse do poeta Percy Bysshe Shelley, que chegou a corresponder-se com ela. Escreveu seguidamente “England and Spain” (1808) e “The domestic affections”, publicado em 1812, ano do seu casamento com o capitão Alfred Hemans, um oficial do exército irlandês, alguns anos mais velho do que ela. O casamento fez com que tivesse de deixar o País de Gales, para ir viver em Daventry, até 1814.
Durante os primeiros seis anos de matrimónio, Felicia deu à luz cinco filhos, separando-se em seguida. O casamento, contudo, não a impediu de continuar a sua carreira literária, com a publicação de vários volumes de poesia, como “The Restoration of the works of art to Italy” (1816) e “Modern Greece” (1817). “Tales and historic scenes” foi uma recolha lançada em 1819.
As suas principais recolhas de poemas, entre elas “The Forest Sanctuary” (1825), “Records of Woman” (1828) e “Songs of the Affections” (1830), foram muito populares, especialmente entre os leitores do sexo feminino. De 1831 em diante, morou em Dublin, onde o irmão mais novo se tinha estabelecido. Os seus últimos livros foram: “Scenes and Hymns of Life” e “National Lyrics and Songs for Music”.
Era então já uma figura literária bem conhecida, altamente considerada pelos seus contemporâneos e igualmente com grande adesão popular nos Estados Unidos. Quando morreu, vítima de edema, os poetas Wordsworth e Walter Savage Landor escreveram versos memoriais em sua homenagem.
Para as poetisas da sua época, britânicas, norte-americanas e europeias, ela foi um valioso modelo. Para muitos leitores, Hemans foi uma voz de mulher confidenciando um julgamento das mulheres. Entre as obras que ela mais valorizou, estão o inacabado “Superstition and Revelation” e o panfleto “The Sceptic”, que buscou um anglicanismo mais sintonizado com as religiões do mundo e as experiências das mulheres. No seu livro de maior sucesso, “Records of Woman”, Felicia narra a vida de mulheres, famosas e anónimas.
Alguns dos seus poemas foram considerados moralmente exemplares e, mais tarde, aconselhados às crianças em idade escolar, mesmo nos Estados Unidos. Como consequência, em certos meios, ela passou a ser vista como uma poetisa para crianças, ao invés de ser considerada na totalidade dos seus trabalhos literários.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

15 DE MAIO - ARTHUR SCHNITZLER

EFEMÉRIDEArthur Schnitzler, médico e escritor austríaco, nasceu em Viena no dia 15 de Maio de 1862. Morreu na mesma cidade em 21 de Outubro de 1931. É um dos autores mais importantes da “modernidade vienense” do fim do século XIX e começo do século XX.
O pai pertencia a uma família judaica que se mudou de Budapeste para Viena, tornando-se um respeitado médico e director da Allgemeine Poliklinik.
Arthur frequentou o liceu entre 1871 e 1879, tendo depois completado o curso de Medicina na Universidade de Viena. Viria a doutorar-se em 1885. Colaborou na revista médica “Allgemeine Klinische Rundschau” e cedo começou a interessar pela psicologia. Trabalhando com o psiquiatra Theodor Meynert, fazia experiências com a hipnose e a sugestão, como técnicas terapêuticas.
Foi assistente e médico no Hospital Wiener Allgemeines Krankenhaus e, mais tarde, assistente do seu pai no Hospital Poliklinik. Em 1893, abriu uma clínica privada, à qual se começou a dedicar cada vez menos devido à sua crescente actividade literária.
Schnitzler é frequentemente comparado com Sigmund Freud. Nas suas peças de teatro, novelas e romances, usava a técnica do “fluxo de consciência”, onde mostrava drasticamente a actividade subconsciente dos seus protagonistas. Em consequência da sua representação intransigente do pensamento, foi inúmeras vezes criticado. Alguns dos seus livros tiveram também problemas com a censura por abordarem temas sexuais, anti-semitas e anti-militaristas.
As semelhanças entre Sigmund Freud (1856/1939) e Arthur Schnitzler (1862/1931) são indiscutíveis. Ambos viveram a psicanálise, cada um a seu modo, mas intensamente.
Numa carta para Schnitzler, datada de Maio de 1922, Freud fez algumas observações acerca da obra do escritor e confessa ter evitado, durante muito tempo, ser apresentado a ele, pois – ao ler os seus textos – parecia-lhe que se tratava de um seu «duplo». Alguém que, como ele, era «explorador das profundezas» e mostrava «as verdades do inconsciente». Freud afirmava ainda: «Sempre que me deixo absorver profundamente pelas suas belas criações, parece-me encontrar, sob a superfície poética, as mesmas suposições antecipadas, conclusões e interesses que reconheço como meus próprios. Fica-me a impressão de que o senhor sabe por intuição – realmente, a partir de uma fina auto-observação – tudo o que tenho descoberto noutras pessoas por meio de um trabalho meticuloso.».
Arthur Schnitzler morreu aos 69 anos, vítima de hemorragia cerebral, sendo sepultado no Cemitério Central de Viena.

domingo, 14 de maio de 2017

BOBBY DARIN - "Dream Lover/Splish Splash"


14 DE MAIO - BOBBY DARIN

EFEMÉRIDEBobby Darin, de seu verdadeiro nome Walden Robert Cassotto, autor-compositor-cantor e actor norte-americano, nasceu em Nova Iorque no dia 14 de Maio de 1936. Morreu em Los Angeles, em 20 de Dezembro de 1973. Foi um dos artistas norte-americanos mais populares nas décadas 1950/60.
Teve uma existência dramática, vindo do nada até atingir o estrelato. Bobby Darin, desde o seu nascimento, enfrentou diversas dificuldades. Ainda na infância, um médico constatou que ele sofria de doença grave, com implicações cardíacas, e previu-lhe pouco tempo de vida. Esta a razão porque, já adulto, decidiu fazer tudo de maneira muito intensa e viver cada dia como se fosse o último.
Bobby é um exemplo de superação, encontrando força nas lembranças de infância, que nunca esqueceu, e enfrentando a vida com alegria e acima de tudo com muito talento.
Para começar, venceu uma infância extremamente difícil, porque além de ficar recluso por causa da doença, sem poder brincar como as outras crianças, não conheceu o pai, que morreu antes dele nascer.
Bobby cresceu num bairro pobre e, mesmo contra as recomendações do médico no sentido de não fazer muitos esforços, veio a tornar-se uma das maiores estrelas da América de então.
Os seus maiores sucessos foram as canções “Dream lover” e “Splish splash”. A mãe, ao pensar que o filho talvez não chegasse aos 15 anos, incentivara-o a aprender a tocar vários instrumentos, para se distrair.
Quando foi à Itália gravar “Quando Setembro Vier”, conheceu aquela que viria a ser a sua esposa, a também actriz Sandra Dee. Fez tudo para a conquistar e acabou por o conseguir. Casaram-se em 1960, no dia seguinte ao fim das gravações. Bobby começou depois a brilhar mais do que a sua companheira no cinema, sendo mesmo nomeado para um Oscar. O seu brilho apagava o da mulher. Este talvez tenha sido o maior problema no relacionamento. Em 1961, nasceu o único filho, mas acabariam por se divorciar em 1967.
Lutando muito, dia após dia, percorreu um caminho que o levou dos duvidosos clubes nocturnos até ao seu destino de sonho, o Copacabana, onde levou multidões ao delírio com as suas interpretações. Ele era o máximo, tanto a cantar como a escrever ou a tocar, apesar da doença que o continuava a minar.
Isolado e confuso, confiou nos amigos, na família e no seu extraordinário talento, para “acalmar os demónios” e aceitar quem era e o que a sua vida significava. Ganhou um Grammy em 1960.
No cinema, em 1962, conquistou um Golden Globe Award. No ano seguinte, recebeu o prémio de Melhor Actor no Festival de Cannes.
Por causa de Sandra, Bobby interrompera a sua carreira para se dedicar mais à vida particular e isso fez com que a sua fama se esfumasse.
Em tempos de guerra, tentando dar uma volta por cima, Bobby começou a apoiar o presidente Kennedy e a escrever músicas sobre a guerra do Vietname. Conseguiu ainda recuperar o antigo esplendor ao voltar aos palcos. Foi operado uma primeira vez ao coração em 1971.
Em 1972, chegou a ter um programa televisivo (na NBC). Meses depois, teve de parar, vindo a falecer na sequência de nova cirurgia, em Dezembro de 1973.
Em 2004, foi lançado um filme sobre a sua história, “Beyond the Sea, realizado, produzido e interpretado pelo cineasta e seu admirador Kevin Spacey.

sábado, 13 de maio de 2017

13 DE MAIO - JEAN AICARD

EFEMÉRIDEJean François Victor Aicard, poeta, romancista e dramaturgo francês, morreu em Paris no dia 13 de Maio de 1921. Nascera em Toulon, em 4 de Fevereiro de 1848.
O pai era republicano e redactor de jornais da oposição à monarquia. Faleceu quando ele tinha apenas cinco anos. Jean François fez os seus estudos em Macon e no liceu de Nîmes, cursando depois Direito em Aix-en-Provence.
Foi para Paris em 1867, onde publicou o primeiro livro, “Jeunes Croyances”, no qual prestou homenagem ao escritor Lamartine. O sucesso obtido abriu-lhe as portas dos meios parnasianos. Em 1869 e 1876, colaborou respectivamente, na segunda e terceira recolha do “Parnaso Contemporâneo”.
Aicard escreveu sobre as crianças, a bondade, o amor e, sobretudo, acerca da Provença, evocada na sua beleza e luminosidade nos “Poèmes de Provence” (1864/1878). Tornou-se muito popular o seu pitoresco romance “Maurin des Maures” (1908). Como dramaturgo, merece destaque a peça “Le Père Lebonnard” (1889), escrita em verso, que teve notável êxito em França e Itália.
Deixou muitos livros publicados: 25 de poesia, 19 romances e novelas, 14 peças de teatro e 4 ensaios.
Em 1894, tornou-se presidente da Société des Gens de Lettres. Em 1909, entrou para a Academia Francesa. Em 1920, foi presidente da Câmara Municipal de Solliès-ville. Faleceu aos 73 anos. O seu espólio literário está conservado nos arquivos municipais de Toulon. Foi dado o seu nome a várias ruas e escolas em França.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

12 DE MAIO - RUTH DE SOUZA

EFEMÉRIDE Ruth Pinto de Souza, primeira actriz negra do teatro, do cinema e da televisão brasileira, nasceu no Rio de Janeiro em 12 de Maio de 1921. Foi a primeira brasileira nomeada para o Prémio de Melhor Actriz num festival internacional de cinema (filme “Sinhá Moça”, no Festival de Veneza em 1954).
Até aos 9 anos de idade, Ruth viveu numa fazenda em Minas Gerais. Com a morte do pai, ela e a mãe voltaram a morar no Rio, numa vila no bairro de Copacabana.
Interessou-se pelo teatro e, em 1945, ingressou no Teatro Experimental do Negro, grupo liderado por Abdias do Nascimento. Estreou-se no palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro com a peça “O Imperador Jones”, de Eugénio O'Neill. Em 1959, viveu outro momento especial no teatro, quando protagonizou “Oração para uma Negra”, de William Faulkner, com Nydia Lícia e Sérgio Cardoso, no Teatro Bela Vista, em São Paulo.
Recebeu uma bolsa de estudo da Fundação Rockefeller e passou um ano nos Estados Unidos, estudando na Universidade de Harvard e na Academia Nacional do Teatro.
Estreou-se no cinema em 1948, com o filme “Terra Violenta”, baseado no romance “Terras do Sem-Fim” de Jorge Amado. Participou em inúmeras produções, tais como “Falta Alguém no Manicómio” (1948), “Também Somos Irmãos” (1950), “Ângela” (1951) e “Terra É Sempre Terra” (1952). Em 1953, a sua participação em “Sinhá Moça”, impulsionou ainda mais a sua carreira cinematográfica.
Na década de 1950, participou em radionovelas e começou a actuar nos teleteatros da TV Tupi. Em 1968, integrou o elenco da TV Globo, onde se tornou a primeira negra a protagonizar uma telenovela – “A Cabana do Pai Tomás”.
Actuou depois em mais de 30 telenovelas, séries e mini-séries televisivas, em 13 filmes e em quatro peças de teatro. Em 2013, fez ainda parte do elenco da película “O Vendedor de Passados”. Agora, considera-se aposentada, mas está lúcida e bem de saúde. Completa hoje 96 anos de idade.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

11 DE MAIO - PEDRO DA SILVA MARTINS

EFEMÉRIDEPedro da Silva Martins, compositor, letrista e guitarrista português, nasceu em Lisboa no dia 11 de Maio de 1976. Tornou-se muito popular através do grupo Deolinda e pela autoria de canções para outros artistas e interpretes como Mariza, Ana Moura, António Zambujo, Cristina Branco, Hélder Moutinho, Melech Mechaya, Anabela, Marafona e Rita Redshoes.
Foi autor de vários textos e argumentos para a televisão portuguesa. Como músico, foi membro fundador do grupo Bicho de 7 cabeças, onde se destacou como letrista.
O grupo Deolinda surgiu em 2006, a partir de quatro canções que ele compôs. É autor de todas as músicas e letras do grupo. Alguns dos principais sucessos musicais da banda são: “Movimento Perpétuo Associativo”, “Fon Fon Fon”, “Fado Toninho”, “Clandestino”, “Mal por Mal”, “Um Contra o Outro” e “Passou por Mim e Sorriu”. É ainda autor da letra e da música “Parva que Sou”, que rapidamente se tornou quase um hino da juventude.
Venceu o prémio Melhor Canção do Ano de 2012, com o tema “Desfado”, escrito para o disco homónimo de Ana Moura, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores. A mesma canção ganhou, em Maio de 2013, o Globo de Ouro para Melhor Canção.
Em 2014, o álbum “Desfado” recebeu o Prémio Amália para Melhor Disco, com a seguinte menção: «O júri decidiu atribuir o prémio a este álbum pelo que ele encerra de qualidade poética, musical e interpretativa. Mas, sobretudo, brindar a originalidade do tema que lhe dá título e que em nada belisca a tradição, na inovação para a evolução».
Em Outubro de 2014, a convite do ilustrador João Fazenda, estreou-se na escrita para teatro com a peça infantil “Retrato Falado”, que esteve em cena no Teatro Maria Matos. Em Novembro, foi uma das 30 figuras da música portuguesa escolhidas para a edição especial dos 30 anos da revista “Blitz”.
Em Julho de 2015, editou o livro infantil “Porque Chora o Rei?”, do qual é co-autor com Leonor Tenreiro. O livro tem ilustrações de João Fazenda.
Em 2016, o álbum “Mundo” de Mariza, que inclui o tema “Saudade Solta”, foi nomeado para os Grammy Latinos, na categoria de Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa. Em Março de 2016, tinha seis álbuns e 23 canções no top 30 nacional de vendas. Em Dezembro, foi um dos 16 autores convidados pela RTP para compor um tema para o Festival da Canção 2017.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

10 DE MAIO - HTIN AUNG

EFEMÉRIDEMaung Htin Aung, importante escritor e erudito da história e cultura de Myanmar, morreu em Rangoon no dia 10 de Maio de 1978. Nascera na mesma cidade em 18 de Maio de 1909.
Educado nas Universidades de Oxford e Cambridge, Htin Aung escreveu vários livros sobre história e cultura birmanesa, em birmanês e em inglês. Os seus trabalhos em inglês trouxeram uma perspectiva birmanesa para o estudo internacional da história da Birmânia, até então escrita por historiadores britânicos da era colonial. Entre as suas obras mais importantes incluem-se “A History of Burma” (1967), “Folk Elements in Burmese Buddhism” (1962) e “Burmese Drama” (1937).
Htin Aung, como reitor da Universidade de Rangoon de 1946 a 1958, ocupou o mais alto cargo académico do sistema de ensino birmanês, na época.
Nascido numa família aristocrática da Birmânia, era trineto de um oficial que lutou na Primeira Guerra Anglo-Birmanesa (1824/26). Tinha três irmãos, um dos quais viria a ser ministro das Finanças, sendo assassinado em 1947. Frequentou a escola da elite de Yangon, a St. Paul's English High School. Recebeu o título de bachelor of Laws da Universidade de Cambridge, de bacharel em Direito Civil da Universidade de Oxford e foi doutorado em Antropologia e Literatura.
Foi nomeado embaixador do seu país no Sri Lanka, de 1959 a 1962. Mais tarde, tornou-se professor visitante da Universidade de Columbia e, em seguida, da Universidade de Wake Forest.
As suas obras continuam a ser muito utilizadas para o estudo da história e da cultura de Myanmar (ex Birmânia).

terça-feira, 9 de maio de 2017

9 DE MAIO - CAPELA

EFEMÉRIDE – Manuel Maria Nogueira Capela, um dos melhores guarda-redes de futebol portugueses na década de 1940, nasceu em Angeja no dia 9 de Maio de 1922.
Tendo iniciado a carreira em clubes da sua região (SC Beira Mar e AD Ovarense), foi no CF “Os Belenenses” (1943/48) que começou a destacar-se. Foi peça fundamental no único título de Campeão Nacional conquistado pelo Belenenses até hoje (1945/46).
Capela, Vasco e Feliciano (os três defesas) eram então conhecidos como as “Torres de Belém”, quer pela sua estatura (deveras impressionante a de Capela) quer pela quase inexpugnável muralha defensiva que formavam em campo.
Estreou-se na Selecção Nacional em Maio de 1947, contra a Selecção da Suíça (2-2) e foi titular na primeira vitória contra a Selecção de Espanha (4-1).
Transferiu-se para a Associação Académica de Coimbra (1949/56), a fim de prosseguir os estudos, um seu velho sonho. A única contrapartida que o Belenenses conseguiu foi a de que «se saísse da Académica, regressaria ao seu antigo clube».
Foi finalista da Taça de Portugal em 1951, em representação da Académica de Coimbra.
Segundo ele próprio, os seus êxitos ficavam a dever-se às duras sessões de treinos semanais, umas de ginástica e outras de futebol. Completa hoje 95 anos.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

8 DE MAIO - JOÃO HAVELANGE

EFEMÉRIDEJoão Havelange, de seu verdadeiro nome Jean-Marie Faustin Goedefroid Havelange, advogado, empresário, atleta e dirigente desportivo brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro em 8 de Maio de 1916. Morreu na mesma cidade em 16 de Agosto de 2016.
Havelange praticou natação e pólo aquático, obtendo uma medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de 1955. Como dirigente, destacou-se por ser o sétimo presidente da FIFA, de 1974 a 1998, precedido no cargo por Sir Stanley Rous e sucedido por Joseph Blatter. De 1963 a 2011, foi membro do Comité Olímpico Internacional. Em 1998, foi eleito presidente de honra da FIFA. Era também adepto e presidente de honra do Fluminense FC.
Filho de um belga, comerciante de armas radicado no Rio de Janeiro, onde possuía uma grande propriedade que se estendia pelos actuais bairros de Laranjeiras, Cosme Velho e Santa Teresa, dedicou-se desde a infância às práticas desportivas.
No Fluminense, foi escoteiro e atleta, infantil, juvenil e adulto, destacando-se em várias modalidades, inclusivamente no futebol, sendo campeão carioca juvenil em 1931. Ainda nesta década, licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense e competiu como nadador nas Olimpíadas de Berlim, em 1936. Brilhou como jogador de pólo aquático nos JO de Helsínquia (1952), além de chefiar a delegação brasileira em Melbourne 1956.
Posteriormente, foi dirigente desportivo, inicialmente na Federação Paulista de Natação, já que residia em São Paulo desde 1948. Quando voltou ao Rio de Janeiro em 1952, tornou-se presidente da Federação Metropolitana de Natação e vice-presidente da Confederação Brasileira de Desportos. Nesta época, além de accionista, ocupava o cargo de director executivo da Viação Cometa, tradicional empresa de transporte rodoviário de passageiros que opera nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.
De 1958 a 1975, presidiu a Confederação Brasileira de Desportos, que congregava, então, 24 modalidades e não somente o futebol. Durante este período, o futebol brasileiro atingiu o auge da sua história, sagrando-se Tricampeão Mundial com a conquista dos Mundiais de 1958 na Suécia, de 1962 no Chile e de 1970 no México.
João Havelange, após a morte do pai, recebeu convite para dar continuidade aos negócios do comércio de armamento, mas não aceitou por ter verdadeira aversão a armas.
Em Setembro de 1960, foi feito comendador da Ordem da Instrução Pública. Em Novembro de 1963, foi elevado a grande-oficial da mesma Ordem.
Foi eleito para o Comité Olímpico Internacional (COI) em 1963, com quase 40 anos de mandato ininterrupto.
Eleito para a FIFA em 1974, permaneceu à sua frente até 1998. Organizou seis Mundiais, visitou 186 países e trouxe a China (afastada durante mais de 25 anos por razões políticas), de regresso à FIFA. Criou também os Campeonatos Mundiais de Futebol nas categorias infanto-juvenil, juvenil, juniores e feminina.
Em Junho de 1991, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito. Quando deixou a presidência da FIFA em 1998, já eleito presidente de honra, passou a dedicar-se ao trabalho filantrópico junto das Aldeias Internacionais SOS.
Pesquisa realizada pelo COI, em 1999, apontou Havelange como um dos três maiores “Dirigentes do Século”, juntamente com o barão Pierre de Coubertin, fundador do COI e idealizador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, e o ех-presidente do COI, Juan Antonio Samaranch.
Havelange recebeu várias condecorações, como a Légion d'Honneur (França), a Ordem de Mérito Especial em Desportos (Brasil), a comenda da Ordem do Infante Dom Henrique (1961, Portugal), e foi feito cavaleiro da Ordem de Vasa (Suécia). Em 2002, a Universidade Federal do Rio de Janeiro outorgou-lhe o doutoramento honores causa. Foi dado o seu nome a vários estádios brasileiros.
Em Março e Abril de 2012, foi hospitalizado no Rio para se tratar de uma infecção no tornozelo direito, o que exigiu um período nos cuidados intensivos. Em Abril de 2013, renunciou ao cargo de presidente honorário da FIFA por «questões de saúde e razões pessoais». Havelange foi novamente internado em Junho de 2014, para se tratar de uma infecção pulmonar e, em Novembro de 2015, com problemas respiratórios. Morreu aos 100 anos, no seguimento de uma pneumonia.

domingo, 7 de maio de 2017

7 DE MAIO - VASCO DANTAS

EFEMÉRIDEVasco Silva Dantas Rocha, pianista português, nasceu no Porto em 7 de Maio de 1992. Encontra-se actualmente no 4.º ano de licenciatura no Royal College of Music, tendo como professores Dmitri Alexeev e Niel Immelman.
Iniciou os seus estudos de piano aos 4 anos de idade, tendo como professores Margarida Marinho e Ricardo Fráguas. Com 6 anos, fez a sua primeira apresentação em público, no Museu do Carro Eléctrico do Porto.
Em 2000, foi admitido no Conservatório de Música do Porto, sob a orientação da professora Rosgard Lingardsson, da qual foi aluno até terminar o Curso Complementar de Piano em 2010, com a nota máxima. Nesse mesmo ano, ingressou no Royal College of Music, em Londres. Além do piano, concilia paralelamente o estudo de violino.
Vasco Dantas já obteve inúmeros prémios, destacando-se: o Esther Fisher Prize (2013), o Prémio Henry Wood Trust (2011 e 2012) e o Prémio Casa da Música (2009).
Ganhou ainda, entre outros: o Concurso Internacional de Piano do Fundão (2007); o Concurso Internacional de Piano do Alto Minho (2007), o Prémio Real Clube Náutico de Vigo (2006 e 2010), o Concurso Internacional de Piano Florinda Santos (2010), o Concurso de Piano Marília Rocha (2006), o Concurso de Piano Elisa Pedroso (2009), o Concurso de Música de Câmara Maestro Ivo Cruz (2004 e 2008) e o Concurso de Piano de Paços Premium (2007).
Iniciou os seus estudos de violino em 1999, na Academia de Música A PAUTA, onde foi aluno dos professores Joana Seybert Jesus e José Paulo Jesus, até 2010.
Destacou-se ainda como concertino, na Orquestra Metropolitana de Lisboa Júnior. Integrou, como 1º violino, a Orquestra Momentum Perpetuum, dirigida pelo maestro inglês Martin André, e a Orquestra de Jovens dos Conservatórios Oficiais de Música, como 2º violino.
Já participou em muitos cursos de aperfeiçoamento de piano e violino, com vários professores conceituados. Foi diversas vezes aconselhado também pelos maestros Ivo Cruz e Martin André.
Em 2011, deu um recital de piano a solo, na famosa Sala Suggia da Casa da Música. Tocou também a solo com várias orquestras, entre elas a Orquestra Sinfónica do Porto.
Além de actuações em Portugal, já tocou no Brasil, Espanha, Grécia, França, Alemanha e Reino Unido. Foi entrevistado pela RDP, Antena 2 e Porto Canal. Gravou diversos CD, um deles a convite da Rádio Galega

sábado, 6 de maio de 2017

6 DE MAIO - YASUSHI INOUE

EFEMÉRIDEYasushi Inoue, escritor japonês, nasceu em Asahikawa (Hokkaido) no dia 6 de Maio de 1907. Morreu em Tóquio, em 29 de Janeiro de 1991. Recebeu numerosos prémios durante a sua carreira literária.
Filho de um cirurgião militar, que era frequentemente mudado de local de trabalho, Yusushi foi educado durante algum tempo pela companheira do seu bisavô, uma antiga geisha a quem ele chamava avó. Praticou assiduamente judo, chegando a cinturão negro.
Começou a escrever poemas em 1929. Depois dos estudos de Filosofia em Quioto e de uma tese sobre Paul Valéry, lançou-se na literatura, publicando poemas e novelas em diversas revistas. Foi depois jornalista, carreira interrompida pelo serviço militar (1937/38).
Ficou bastante conhecido quando uma das suas novelas foi galardoada com o prestigioso Prémio Akutagawa (1949). Nos anos seguintes, publicou um grande número de romances e novelas, muitas das vezes com temas históricos minuciosamente documentados, como “A Telha de Tenpyō (1957) e “O Mestre de Chá” (1981).
Eleito para a Academia das Artes, presidiu também a Associação Literária Japonesa, de 1969 a 1972. Recebeu a Ordem Nacional do Mérito em 1976 e foi vice-presidente do PEN Clube Internacional em 1984.
Algumas das suas obras foram adaptadas ao cinema, como “Furin kazan” (1953), “Asunarô” (1955) e “Honkakubō Ibun” (1981).

sexta-feira, 5 de maio de 2017

5 DE MAIO - RAÚL JIMÉNEZ

EFEMÉRIDERaúl Alonso Jiménez Rodríguez, futebolista mexicano que joga actualmente no SL Benfica, nasceu em Tepeji no dia 5 de Maio de 1991.
Depois de várias dúvidas e incertezas quanto à vinda do jogador para o Benfica, o avançado mexicano foi apresentado oficialmente em Agosto de 2015, contratado por 5 épocas.
Estreou-se na Selecção Mexicana principal em Janeiro de 2013, frente à Dinamarca. No mesmo ano, foi Campeão do México pelo CF América. Em representação do C. Atlético de Madrid, venceu a Super Taça de Espanha (2014).
Já com a camisola do Benfica, foi Campeão de Portugal e venceu a Taça da Liga em 2015/16. Conquistou igualmente a Super Taça Cândido de Oliveira em 2016. 
Consta ainda no seu palmarés, em representação do México (Sub-23), os Jogos Pan-americanos (2011), o Torneio de Toulon (2012) e o Torneio dos Jogos Olímpicos do mesmo ano. 

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