terça-feira, 30 de maio de 2017

30 DE MAIO - JUAN CARLOS ONETTI

EFEMÉRIDEJuan Carlos Onetti, romancista uruguaio, morreu em Madrid no dia 30 de Maio de 1994. Nascera em Montevideu, em 1 de Julho de 1909. Foi considerado não só o escritor mais importante do seu país, mas também um dos maiores ficcionistas de língua espanhola no século XX.
O pai era funcionário da alfândega, descendente de emigrantes Irlandeses (apelido original O’Nety), e a mãe pertencia a uma família aristocrata luso-brasileira do estado do Rio Grande do Sul.
Em 1930, casou-se com Maria Amalia Onetti, sua prima, com quem teve um filho, tendo vivido em Buenos Aires. Em 1933, divorciaram-se. Voltou a Montevideu e, um ano depois, casou-se com Maria Julia Onetti, também sua prima, com quem ficou até 1945. Consorciou-se ainda mais duas vezes, tendo tido mais uma filha.
O seu primeiro livro, “A Batalha” (1939), contem sérios ataques a William Faulkner e ao existencialismo, sendo considerado o primeiro romance moderno da América do Sul.
De 1941 a 1955, voltou a viver em Buenos Aires. Em 1955, publicou “A Vida Breve”, obra sobre a fundação de Santa María, uma cidade fictícia, que viria a perpassar por outras das suas obras. Em 1962, recebeu o Prémio Nacional de Literatura do Uruguai.
Era vigiado pela ditadura do seu país desde 1964 e, em 1975, exilou-se em Madrid, depois de ter sido preso durante seis meses, por fazer parte de um júri literário que premiara um livro contra o regime. Ficou em Espanha até ao fim dos seus dias, falecendo numa clínica da capital espanhola. No começo do exílio, exerceu profissões como porteiro, empregado de mesa e vendedor.
Embora não tenha chegado a completar o ensino secundário, Onetti apresenta em toda sua obra uma estrutura original e inovadora, que lhe rendeu o Prémio Cervantes de Literatura em 1980.
Em 1985, voltou a receber o Prémio Nacional de Literatura do Uruguai e, em 1990, conquistou o Prémio da União Latina de Literatura.
Além do reconhecimento institucional, Onetti gozava de largo prestígio entre os escritores latino-americanos, como Gabriel García Márquez (de quem herdou boa parte da estrutura narrativa) e Juan José Saer. Julio Cortázar, escritor e seu amigo, costumava dizer que Onetti «era o maior romancista latino-americano».
Desempenhou várias funções ao longo da sua vida, entre as quais: publicitário, director da Biblioteca Municipal de Montevideu (desde 1957) e editor do jornal “Marcha”.

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