sexta-feira, 23 de junho de 2017

23 DE JUNHO - MAGALI NOËL

EFEMÉRIDEMagali Nöel, de seu verdadeiro nome Magali Noëlle Guiffray, actriz e cantora francesa, filha de pais franceses oriundos da Provença e que trabalhavam nos serviços diplomáticos, morreu em Châteauneuf-Grasse no dia 23 de Junho de 2015. Nascera em Esmirna, na Turquia, em 27 de Junho de 1931.
Após ter estudado canto, música e dança, Magali iniciou-se – aos 16 anos – como cantora de cabaret, tornando-se depois actriz de teatro de revista.
Mudou-se para França em 1951 e continuou a estudar arte dramática com Catherine Fontenay, obtendo os seus primeiros papéis em peças teatrais.
Iniciou depois a sua carreira cinematográfica e tornou-se notada, em 1955, no filme de Jules Dassin “Du Rififi chez les hommes”. Nos anos seguintes, Magali impôs progressivamente os seus talentos de comediante com temperamento picante, como no filme de René Clair, “Les Grandes Manœuvres”, e em “Elena et les hommes” de Jean Renoir.
A partir dos anos 1960, a sua carreira tomou uma nova dimensão ao encarnar um dos símbolos dos fantasmas sexuais de Federico Fellini, em “La dolce vita” (1960), “Satiricon” (1969) e “Amarcord” (1973).
Apesar de ter tido o papel principal em “Z” de Costa-Gavras, filme que ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cannes em 1968, e de grandes êxitos no teatro, Magali recebia cada vez menos atenção dos produtores e por isso voltou ao género que a viu nascer – o Music hall.
No início da década de 1980, uma nova geração de realizadores, como Chantal Akerman, Jonathan Demme, Andrzej Zulawski e outros, ofereceram-lhe finalmente papéis à medida da sua sensibilidade.
A sua carreira de cantora foi marcada pela interpretação do célebre e audacioso “Fais-moi mal, Johnny” com letra de Boris Vian e música de Alain Goraguer em 1956. Esta canção é considerada um dos primeiros temas de rock and roll cantados em francês. Foi proibido na rádio da época, pois a sua letra (sadomasoquista) foi considerada demasiado ousada.
Magali teve uma filha de um primeiro casamento com o actor Jean-Pierre Bernard e dois filhos que adoptou quando de um segundo casamento. Faleceu a quatro dias de completar 84 anos.

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