sexta-feira, 11 de agosto de 2017

11 DE AGOSTO - LYDIA KOIDULA

EFEMÉRIDELydia Koidula, de seu verdadeiro nome Lydia Emilie Florentine Jannsen, poetisa estoniana, morreu em Kronstadt no dia 11 de Agosto 1886. Nascera em Vändra, em 24 de Dezembro 1843.
No meio do século XIX, na Estónia, a vida literária não era considerada uma carreira conveniente para uma rapariga. Por esta razão, Lydia escrevia no jornal do pai de forma anónima. Apesar disso, conseguiu ser considerada pelos seus pares como uma das maiores figuras literárias estonianas.
Por volta de 1850, a família mudara-se para a cidade vizinha de Pärnu, onde o pai fundou o primeiro jornal local em língua estoniana, enquanto a pequena Lydia frequentava uma escola alemã.
Em 1864, instalaram-se na cidade universitária de Tartu, a cidade mais progressista da Estónia de então. O nacionalismo russo estava a aumentar e a publicação em língua local era um assunto tabu no Império Russo, apesar da política relativamente liberal do czar Alexandre II. O pai de Lydia conseguiu publicar, mesmo assim, também aqui, o primeiro jornal em língua estoniana – o “Postimees” (“O Correio”).
Lydia Koidula colaborava nos jornais do pai e passou depois a publicar as suas próprias obras. Em 1873, casou-se com um médico e foi viver para Kronstadt, perto de São Petersburgo. Ali viveram durante 13 anos, passando os Verões na Estónia. Tiveram três filhos. Lydia faleceu em 1886, após uma longa doença. Tinha apenas 42 anos.  
A sua obra mais importante, “Emajöe Ööbik”, foi publicada em 1867, numa época em que o povo estoniano começava a mostrar o orgulho nacionalista, aspirando pela autodeterminação, sendo Koidula uma das vozes mais eloquentes nessas aspirações. 
Lydia é igualmente considerada como a «fundadora do teatro estoniano», através das suas actividades teatrais na Sociedade Vanemuise, fundada pelos Jannsen em 1865 para promover a cultura local.
Em 1869, dois poemas de Lydia Koidula foram musicados. Um deles (“Meu País é o meu Amor”) viria a ser o hino oficioso da Estónia entre 1921 e 1940. Um monumento dedicado à escritora foi erigido no centro de Pärnu em 1929.

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