sábado, 26 de agosto de 2017

26 DE AGOSTO - CARLOS ZEFERINO PINTO COELHO


EFEMÉRIDE - Carlos Zeferino de Carvalho Pinto Coelho de Castro, político, tribuno e jurisconsulto português, nasceu em Beja no dia 26 de Agosto de 1819. Morreu em Lisboa, em 24 de Fevereiro de 1893. Foi um advogado famoso na Lisboa do século XIX.
Aos 19 anos, depois de estudar no Convento do Carmo, matriculou-se no curso de Direito, na Universidade de Coimbra, onde se formou com o grau de bacharel em 1843. Ascendeu a todos os cargos da magistratura, desde juiz de fora e corregedor em Beja até desembargador do Tribunal da Relação de Lisboa, e exerceu depois advocacia em Lisboa, onde participou em diversas causas célebres.
Em 1855, fundou a Companhia das Águas de Lisboa, da qual foi presidente da direcção, devendo-se à sua acção a construção do sifão do Alviela. Foi também presidente das assembleias gerais do Banco de Portugal e da Companhia do Crédito Predial.
Começou a sua actividade política logo desde a sua formatura em Direito, filiado no Partido Legitimista do qual foi sempre um elemento preponderante. Entre outros cargos, foi deputado, eleito em 1857 por Viana do Castelo, e nas legislaturas seguintes, por Póvoa do Lanhoso e Braga, até 1866.
Em 1862, aquando de uma exposição internacional em Londres, integrou a comissão de legitimistas que saudou o Rei D. Miguel I, que visitaria outras vezes durante o exílio. Depois de exercer vários cargos de dirigente do seu partido, foi eleito presidente da direcção em Janeiro de 1891, cargo que ocupou até à sua morte aos 73 anos.
Foi sempre um empenhado defensor dos direitos da Igreja e, em Junho de 1882, no II Congresso Católico de Lisboa, quando foi fundada a União Católica Portuguesa e a Associação Católica de Lisboa, com o apoio dos miguelistas, Carlos Zeferino ascendeu à sua direcção. Tomou parte ainda no Congresso Católico em Braga, em 1891.
Grande orador, foi um valioso colaborador do diário “A Nação”, órgão da causa legitimista. Colaborou também com a “Gazeta dos Tribunais”, “O Domingo” e “A Pátria”.
Foi proprietário da Quinta do Egypto, em Oeiras. Casado duas vezes, teve sete filhos do primeiro matrimónio.
A Avenida Defensores de Chaves, em Lisboa, chamava-se Avenida Pinto Coelho, em sua homenagem, tendo depois a República trocado o seu nome por aquele que tem actualmente.

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