domingo, 26 de novembro de 2017

26 DE NOVEMBRO - ARLINDO DE CARVALHO


EFEMÉRIDE - Arlindo Duarte de Carvalho, cantor, autor e compositor musical português, morreu na Amadora em 26 de Novembro de 2016. Nascera na Soalheira, Fundão, em 27 de Abril de 1930.
Era familiar do conhecido advogado Daniel Proença de Carvalho. Foi professor na sua terra natal, no Porto, em Lisboa e ainda na Alemanha e em França, onde esteve exilado voluntariamente. Foi Leitor de Português, a partir de 1965, no Liceu Henrique IV de Poitiers.
Teve como primeiro “mestre musical” um acordeonista de Castelo Branco, que lhe deu as primeiras noções de solfejo. Muito mais tarde, quando veio para Lisboa como professor, frequentou a Academia de Amadores de Música de Lisboa.
Maria Amélia Marques foi a primeira intérprete profissional a cantar uma canção de sua autoria: “Ó Morena”, ainda no início dos anos 1950. Em poucos anos, várias das suas músicas foram gravadas por diversos artistas. Até 1961, Gina Maria já tinha gravado as canções “Chapéu preto”, “Mulher da Beira”, “Salta o muro do quintal”, “Já namoro o meu Zé”, “Portas do Sol”, “Vira de Sesimbra” e “Verde Gaio”.
Oh! Morena” e “Fandango do Cartaxo” foram cantadas por Luís Piçarra. “O meu adufe”, “Fandango da Beira” e “Canção da azeitona” foram dadas a conhecer pela voz de Maria de Lurdes Resende. “Arraiano da Beira” e “Canção do pastor” foram cantadas por Guilherme Kjolner.  Ana Maria cantou “Arre burrinho”, “Aninhas da Beira” e “Melopeia do arado”.
Saiu de Portugal em Janeiro de 1965, na carrinha de Amália Rodrigues, que ia cantar em Bruxelas. Estreou-se como cantor profissional em Paris (1966). Participou em programas de rádio e de televisão em Paris, Hamburgo, Berlim e Munique. Foi convidado de Olof Palme, na campanha eleitoral do Partido Social Democrata da Suécia em 1976 e 1979.
Foi autor de canções ligeiras, de raiz folclórica, de intervenção e fados de Coimbra. Em 2011, foi agraciado com a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores.
Morreu aos 86 anos, no Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, vítima de doença súbita, tendo sido sepultado na sua terra natal.
Composições suas foram interpretadas também por Cândida Branca Flor, Amália Rodrigues, Tristão da Silva, António Mourão, Maria de Fátima Bravo, Madalena Iglésias, Lenita Gentil, Rão Kyao, Júlio Pereira e Tonicha, entre outros artistas.

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