quinta-feira, 17 de maio de 2018

17 DE MAIO - JOÃO DA BAIANA


EFEMÉRIDE - João Machado Guedes, conhecido como “João da Baiana, compositor popular, cantor, passista e instrumentista brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro no dia 17 de Maio de 1887. Morreu na mesma cidade em  12 de Janeiro de 1974.
Era o mais novo e único carioca de uma família baiana de 12 irmãos. O nome João da Baiana vinha do facto da mãe ser conhecida como a “Baiana”. Cresceu no bairro da Cidade Nova, no Rio de Janeiro.
Quando era criança, frequentou as rodas de samba e macumba que aconteciam clandestinamente nos terreiros cariocas. Participou em blocos carnavalescos e é tido como o introdutor do pandeiro no samba. Teve durante muito tempo um emprego fixo não relacionado com a música, tendo inclusivamente recusado, em 1922, viajar com Pixinguinha e os Oito Batutas para não perder o posto de fiscal da Marinha.
A partir de 1923, passou a compor músicas e a gravar em programas de rádio. Em 1928, foi contratado como ritmista. Além do pandeiro, a sua especialidade era o prato e faca, populares nas gravações da época.
Algumas das suas composições de então foram: “Pelo Amor da Mulata”, “Mulher Cruel”, “Pedindo Vingança” e “O Futuro É uma Caveira”.
Integrou alguns dos grupos pioneiros profissionais de samba, entre os quais: Conjunto dos Moles, Grupo do Louro, Grupo da Guarda Velha e Diabos do Céu.Participou na famosa gravação organizada por Heitor Villa-Lobos a bordo do navio Uruguai, em 1940, para o disco “Native Brazilian Music”, do maestro Leopold Stokowski, com a sua música “Ke-ke-re-ké”.
Na década de 1950, voltou a apresentar-se nos shows do Grupo da Velha Guarda organizados por Almirante e continuou a compor até aos anos 1970.
Em 1968, gravou com Pixinguinha e Clementina de Jesus o histórico LP “Gente da Antiga”, onde lançou - entre outras - as ancestrais “Cabide de Molambo” e “Batuque na Cozinha”, depois regravada por Martinho da Vila.
Actualmente, alguns dos seus pertences integram o acervo do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro. Entre eles, está o seu prato e faca, instrumento que o consagrou.

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