sexta-feira, 18 de maio de 2018

18 DE MAIO - WILLIAM SAROYAN


EFEMÉRIDE - William Saroyan, escritor norte-americano de ascendência arménia, morreu em Fresno, na Califórnia, no dia 18 de Maio de 1981. Nascera na mesma localidade em 31 de Agosto de 1908.
O pai, um arménio que era pastor presbiteriano e agricultor, morreu quando Saroyan tinha apenas dois anos de idade. Com a morte do pai, foi obrigado a viver num orfanato juntamente com os seus três irmãos. Aos doze anos, abandonou a escola e empregou-se como estafeta numa agência telegráfica. De emprego em emprego, chegou ao posto de gerente de uma agência postal e telegráfica.
Foi aos 16 anos que resolveu ser escritor. Na época, graças sobretudo à acção de algumas revistas, os contos tinham-se tornado uma verdadeira mania nos Estados Unidos. Assim, Saroyan decidiu escrever pequenas histórias. No início, tentou imitar o estilo das revistas sensacionalistas, mas os contos foram rejeitados. Passou então a escrever com espontaneidade, inspirando-se em acontecimentos pessoais, pequenas aventuras vividas no decorrer da sua infância e adolescência. A fórmula deu resultado e, em 1934, com a publicação do volume de contos “O Ousado Rapaz no Trapézio Volante”, recebeu entusiástico acolhimento da crítica.
Saroyan continuou a recorrer com frequência ao conto autobiográfico, de que escreveu uma longa série: “Inalar e Exalar” (1936), “Criancinhas” (1937), “Amor, Aqui Está Meu Chapéu” (1938), “A Confusão Com Os Tigres” (1938), “Meu Nome É Aram” (1941) e “Depois dos Trinta Anos” (1962), entre muitos outros.
Escreveu também para o teatro, tendo ganho o prémio Pulitzer - em 1939 - com a peça “O Tempo De Sua Vida”.
A Comédia Humana” (1942) é sem dúvida o seu romance mais famoso e constitui uma das mais tocantes páginas da moderna ficção norte-americana. A adaptação ao cinema rendeu-lhe o Prémio da Academia para a Melhor História Original. Escrito em plena Segunda Guerra Mundial, o romance apresenta uma sequência de quadros simples, quotidianos, que mostram as experiências humanas de um adolescente, Homero Macauley, estafeta (como o próprio autor) de uma agência postal.
Durante a Guerra, alistou-se no exército. Casou-se em 1945 com Carol Marcus, então com vinte anos, tendo tido dois filhos. No fim da década de 1940, problemas crescentes com o álcool levaram o casal ao divórcio. Voltou a casar-se e de novo se divorciou.
A partir de 1958, viveu em Paris e conseguiu equilibrar a sua vida económica. Faleceu aos 72 anos, na sua terra natal, vítima de cancro. «Toda a gente deve morrer» - dizia ele - «mas sempre pensei que seria uma excepção». Uma parte das suas cinzas repousa na Califórnia e outra na Arménia.

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