terça-feira, 8 de maio de 2018

8 DE MAIO - JAIR RODRIGUES


EFEMÉRIDE - Jair Rodrigues de Oliveira, cantor brasileiro, morreu em Cotia no dia 8 de Maio de 2014.  Nascera em Igarapava, em 6 de Fevereiro de 1939. É considerado por muitos, como o primeiro rapper brasileiro. Conseguiu o status de precursor do género por ter lançado, ainda nos anos 1960, “Deixa isso pra lá”. Com versos mais declamados (ou falados) do que cantados, a música tornou-se um dos seus principais sucessos. A faixa ganhou popularidade também graças à sua coreografia com as mãos.
Jair foi criado no município de Nova Europa, também no interior paulista. Durante a juventude, teve várias profissões, entre as quais as de engraxador, mecânico e pedreiro, até participar num programa de calouros da Rádio Cultura e se classificar em primeiro lugar.
A sua carreira musical começou quando se tornou crooner, no meio dos anos 1950, na cidade de São Carlos. Tendo ali chegado em 1954, participou na Noite são-carlense, que era intensa na época. Também se apresentou na Rádio São Carlos como calouro e noutras realizações, vivendo intensamente nessa cidade até ao fim da década.
Em 1958, prestou o serviço militar no Tiro de Guerra de São Carlos, como soldado atirador.
No início da década de 1960, foi tentar o sucesso na capital do estado e acabou por participar em programas de calouros também na televisão. No lançamento do seu primeiro LP, “O samba como ele é”, em 1964, fez sucesso com o samba “O morro não tem vez”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Foi a cantar em boîtes o samba “Deixa isso pra lá”, de Alberto Paz e Edson Menezes, que conseguiu o seu maior sucesso e gravou o segundo LP, ainda em 1964.
No ano seguinte, Elis Regina e Jair Rodrigues tiveram muito êxito com a sua parceria em “O Fino da Bossa”, um programa da TV Record.
Em 1966, o cantor participou e venceu o II Festival da Música Popular Brasileira, com a canção “Disparada”, de Geraldo Vandré e Théo de Barros, empatando com a música “A Banda”, de Chico Buarque. A partir daquele momento, a sua carreira descolou e o seu talento assegurou-lhe anos de sucesso. Nesse período, realizou tournées pela Europa, Estados Unidos e Japão.
Em 1971, gravou o samba-enredo “Festa para um Rei Negro”. Jair interpretou ainda sucessos sertanejos como “O Menino da Porteira”, “Boi da Cara Preta” e “Majestade o Sabiá”. Nas décadas seguintes, a sua produção diminuiu de volume.
Morreu repentinamente, na sauna de sua casa, na decorrência de um infarto agudo do miocárdio.

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